agosto 2019 - Dicas da Lu

sábado, 31 de agosto de 2019

SEGREDOS DO PASSADO, DE DEBORAH SMITH, PELA PORTO EDITORA


Estes últimos tempos não me têm permitido ler, mas tenho muitas leituras que já fiz e que tenho que colocar em dia por aqui.
Desta vez deixo o registo da leitura de uma edição de Abril de 2011, da Porto Editora, da autora Deborah Smith, o seu segundo romance editado em Portugal, Segredos do Passado.
Tratou-se da minha primeira leitura desta autora, sendo que fiquei curiosa por outras obras uma vez que já terão sido editados em Portugal mais seis livros.
A narrativa encontra-se contada na primeira pessoa da personagem principal da história, Claire Mahoney e encontra-se dividida em duas partes ao longo de 425 páginas.
A primeira parte desenrola-se ao longo de 16 capítulos descrevendo a vivência de Claire dos seus 5 aos 10 anos de idade e a forma como uma menina irreverente (mas muito querida por um clã privilegiado económica e socialmente de uma pequena povoação Dunderry no estado da Georgia, fundada pelos seus antepassados irlandeses), começa a sentir uma grande afinidade e fascínio por um rapaz Roannie, 5 anos mais velho, que vivia em péssimas condições económicas e sociais. O pai de Ronnie, um ferido de guerra entrou num abismo psicológico, nunca lhe tendo proporcionado condições de crescimento adequadas.
Mas Ronnie, determinado e um verdadeiro sobrevivente, nunca abandonou os estudos, apesar de ser fortemente ostracizado e vítima de bullying por parte dos outros rapazes.
Claire sentida que a sua missão era auxiliar Ronnie apesar do receio que ao mesmo tempo este lhe incutia.
Um sentimento de mútua proteção.
Trata-se de uma história aparentemente simples mas dotada de contornos psicológicos densos, por isso muito interessante.
A determinada altura ocorreu um acontecimento particularmente trágico para Ronnie e Claire que determinou o afastamento forçado de Ronnie e que acaba por abrir uma ferida oculta entre Claire e os seus pais.
A 2ª parte desenrola-se ao longo de 21 capítulos onde encontramos a Claire já na casa dos 30 anos, jornalista bem sucedida e independente que ainda se sente intrigada pelo afastamento de Ronnie, procurando no seu íntimo ter notícias suas.
Circunstâncias adversas na vida de Claire aproximam-na dos pais, bem como de Ronnie que reaparece.
Mas a reaproximação a ambos não será fácil uma vez que existem muitas situações que carecem de resposta.
Apesar do desfecho da história poder parecer relativamente previsível, é a densidade emocional e psicológica que a torna muito interessante.
Uma história sobre diferenças , ostracização, oportunidades ou a falta de, respeito, confiança, família, amizade, perdas, crítica social, resiliência, laços e redenção.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 978-972-0-04540-9
Edição ou reimpressão: 11-2018
Editor: Porto Editora
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 235 x 28 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 416
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Filha de uma respeitada família de Dunderry, na Georgia, Claire Maloney era uma menina caprichosa e mimada, mas isso não a impediu de travar amizade com Roan Sullivan, um rapaz feroz, órfão de mãe, que vivia numa caravana com o pai alcoólico.
Nunca ninguém conseguiu compreender o laço que unia as duas crianças rebeldes. Mas Roan e Claire pertenciam um ao outro… até à violenta tarde em que o terror tomou conta das suas vidas e Roan desapareceu.
Durante vinte anos, Claire procurou o rosto do seu amor de infância por entre a multidão. Durante vinte anos, esperou ansiosamente uma carta e sobressaltou-se a cada toque do telefone. No entanto, quando Roan surge novamente na sua vida, a alegria de Claire não é completa, pois ao contrário do que se afirma o tempo não apaga todas as feridas. Algumas permanecem ocultas, prestes a reabrir-se ao mais pequeno incidente. Que segredos do passado envenenam o presente e minam o futuro?
Pela consagrada autora de A Doçura da Chuva, um romance comovente e original que relata um amor inocente capaz de sobreviver a todas as adversidades.


SOBRE A AUTORA:
Deborah Smith é uma das autoras americanas mais lidas em todo o mundo: a sua obra já vendeu mais de três milhões de exemplares. Nomeada para diversos prémios importantes, como o RITA Award da Romance Writers of America e o Best Contemporary Fiction daRomance Reviews Today, foi distinguida com o Prémio de Carreira atribuído pela Romantic Times Magazine. No catálogo da Porto Editora figuram os seus romances A Doçura da Chuva,Segredos do Passado, O Café do Amor, Milagre, Doces Silêncios e Regresso a Casa, que obtiveram assinalável êxito junto dos leitores portugueses.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

ESCRITOR ITALIANO, ORACIO GNERRE, LANÇOU EM PORTUGAL O LIVRO: ANTES QUE O MUNDO FOSSE, COM O SELO DA CHIADO BOOKS

Mais uma novidade editorial bem fresquinha deste mês de Agosto: o lançamento do livro técnico 'Antes que o mundo fosse' do autor Oracio Gnerre, com o selo da Chiado Books!

A genealogia do decisionismo no início do século XX é o tema central da obra do escritor italiano Orazio Maria Gnerre, recém lançada em Portugal com o selo Chiado Books. 



Antes que omundo fosse” é um ensaio elaborado ao estilo de uma análise filológica. 

O texto tem raízes nas ideias "decisionísticas", que são limitadas à pesquisa de “um novo tipo de soberania”, a partir da sistematização teórica de Carl Schmitt de certas tendências filosófico-políticas que punham os conceitos de "vontade", "decisão" e "exceção" como centro da prática política.

Conforme Gnerre, a hipótese dos autores do início do século XX foi de que o liberalismo erradicou todo tipo de soberania, desde a popular, a de classe, nacional ou a aristocrática/monárquica, dando todos os poderes a forças impessoais, como os mercados, a tecnologia ou os aparatos burocráticos.

Este tema é muito contemporâneo, porque:

- as questões levantadas por esses intelectuais ainda são válidas em nossos tempos, especialmente diante de novas formas de capitalismo e questões tecnológicas (embora as soluções devam ser repensadas);
- uma discussão na questão da soberania deveria partir de uma análise filológica e filosófica do conceito e poderia ser muito útil nesta época de mudanças políticas na Europa e em todo o mundo.


ISBN: 9789895263653
Edição ou reimpressão: 08-2019
Editor: Chiado Books
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 25 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 208
Tipo de Produto: Livro
Coleção: Viagem Filosófica
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Outras Formas Literárias

SINOPSE:
O objetivo deste ensaio é traçar, ao estilo de uma análise filológica, a genealogia do decisionismo do século XX como sistematização teórica de Schmitt de certas tendências filosófico-políticas que punham os conceitos de "vontade", "decisão" e "exceção" como centro da prática política.

SOBRE O AUTOR
Orazio Maria Gnerre, Doutor em Ciências Políticas, formou-se na Universidade Católica do Sacro Cuore de Milão. 
Interessa-se por Filosofia, história do pensamento político e política internacional. 
Atualmente, dedica-se ao desenvolvimento e à sistematização da teoria comunitarista.

ANA VILELA, PRA NÃO TE ACORDAR


Sorte é ver você sorrindo
Enquanto você tá dormindo amor
Será que sonha comigo
E pra não te acordar eu nem respiro
Não sei mas não ligo
Tava só me divertindo mas você me ganhou
Eu já tinha desistido dessa coisa de amor Eu e você fechou
Se pensa que junto se perde as asas
Tá de bobeira aquele que dispensa um amor assim E a liberdade chega ao fim Não, não A gente voa junto sim
E pra não te acordar eu nem respiro
Sorte é ver você sorrindo Enquanto você tá dormindo amor Será que sonha comigo Não sei mas não ligo
Tá de bobeira aquele que dispensa um amor assim
Eu já tinha desistido dessa coisa de amor Tava só me divertindo mas você me ganhou Eu e você fechou Se pensa que junto se perde as asas
Não sei mas não ligo
E a liberdade chega ao fim Não, não A gente voa junto sim Sorte é ver você sorrindo Enquanto você tá dormindo amor Será que sonha comigo
E eu nem sei se eu mereço tanto assim
E pra não te acordar eu nem respiro Só você sabe o que o meu olho tá dizendo Descanso meu corpo no teu que é todo um universo inteiro Mas agradeço sim Sorte é ver você sorrindo Enquanto você tá dormindo amor Será que sonha comigo Não sei mas não ligo E pra não te acordar eu nem respiro
Autores: Juliano Cortuah e Gisele De Santi

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

A ÚNICA MULHER NA SALA, DE MARIE BENEDICT, PELA TOPSELLER

Mais um tempo passado à volta de um livro, desta vez a obra 'A única mulher na sala' de Marie Benedict, uma edição de Abril de 2019 pela Editora Topseller.
Trata-se de um romance biográfico ficcionado acerca da atriz e inventora Hedy Lamarr e da sua história de vida, que foi extraordinária, na época do auge dos tempos da ocupação europeia pelos Nazis e subsequente tragédia humanitária provocada pelo antisemitismo.
Este livro realça o contexto dos anos 30 do século passado em que a mulher era relegada para segundo plano, não se reconhecendo o seu papel na sociedade, em particular, se uma descoberta científica capaz de colocar os Aliados um passo à frente do inimigo fosse patenteada por uma mulher, não seria aceite de forma consensual.
Percebemos que a invenção de Hedy está na base do sistema de comunicações atual de wifi e celulares, sendo desconhecida da grande maioria das pessoas.
Contudo, esta invenção foi ignorada durante décadas e só em 1990, sim nos anos 90, Hedy recebeu o reconhecimento da sua invenção, embora a patente já tivesse expirado há largos anos.
Esta omissão deveu-se sem dúvida ao preconceito quanto às capacidades das mulheres.
Este livro é muito interessante pois dá-nos a conhecer o legado de Hedy, a par de ficcionar as circunstâncias invulgares e marcantes da sua vida.
A história, com 296 páginas está contada na primeira pessoa de Hedy Kiesler, a personagem principal e encontra-se dividida em duas partes.
A primeira parte desenvolve-se ao longo de 25 capítulos e decorre na Áustria de Maio de 1933 a Agosto de 1937. 
A segunda parte apresenta 18 capítulos e desenrola-se de Setembro de 1937 em Inglaterra e fecha em Setembro de 1942 na Pensilvânia.
Hedy não se resumiu apenas a uma cara bonita do mundo do cinema Norte-Americano, desempenhou inúmeros papéis, sendo o principal a de uma pessoa muito curiosa, aspirante, inventora, resiliente, mantendo sempre a sua identidade judia.
Hedy perante a marginalização do mérito feminino terá usado com inteligência os seus papéis como distração, enquanto tentava alcançar os seus objetivos agarrando todas as oportunidades para a sua redenção perante a opressão antisemita.
Na primeira parte conhecemos o percurso de Hedy que aos 19 anos já representava o papel de Sissi em Viena, acabando por atrair as atenções de um industrial de armamento Friedrich Mandl que apresentava ligações a Mussolini e às facções partidárias que pretendiam instalar um regime autoritário na Áustria.
Com ascendência judia e perante a crescente ameaça de uma ocupação alemã, o casamento com Friedrich Mandl parece garantir a segurança de Hedy e da sua família.
Contudo, face a uma nova aliança de Mussolini com o partido nacionalista Alemão e a crescente ameaça de uma invasão alemã da Áustria, Friedrich começa a transferir de forma dissimulada parte do seu património para a América do Sul e decide a dada altura tomar partido e fornecer armamento ao lado mais forte e antisemita.
Neste contexto, onde Hedy se vê relegada ao papel de mulher troféu, com os movimentos controlados, testemunha inúmeros encontros políticos, começando então a interessar-se pelo armamento, recolhendo informação privilegiada e relevante, apercebendo-se de todas as movimentações políticas eminentes.
Um peso instala-se na sua consciência quando revela informações ao marido, da quais resultaram o cerco de alguns bairros judeus em Viena.
Quando se apercebe do apoio de Friedrich à causa nazi, decide fugir rumo a Paris, Inglaterra e finalmente para a América, omitindo sempre a sua ascendência judia, iniciando uma carreira cinematográfica em Hollywood.
A dada altura, abalada pelos acontecimentos da ocupação da Ásutria pelos nazis, o drama dos refugiados em que muitos navios chegaram a ser bombardeados por torpedos de submarinos alemães fornecidos por Friedrich, decide adoptar um menino judeu refugiado e começa a investigar uma forma dos torpedos dos aliados não serem detectados pelos alemães, através do recurso à multifrequência.
Uma história sobre a vida pessoal de Hedy, que se cruzou fortemente com a geopolítica, sobre coragem, audácia, capacidade de resiliência e adaptação, o desempenho de inúmeros papéis, sobre o papel da mulher na sociedade, e em última análise sobre redenção, a verdadeira liberdade e o sentido da vida.
Uma extraordinária história de vida, com um legado assombroso para a humanidade, reconhecido tardiamente, refletindo a marginalização contínua do mérito das mulheres.
Hedy nasceu a 9-11-1914 e faleceu a 19-1-2000.
Terá sido a inspiração para Walt Disney desenhar a Branca de Neve.
A invenção foi desenvolvida com o trabalho conjunto do compositor George Antheil e foi inspirada num dueto ao piano.
Só na década de 60 a invenção foi utilizada pelo exército Norte-Americano, impedindo que um terceiro bloqueasse o sinal entre o míssil e o emissor.
Só três anos antes da sua morte Hedy recebeu uma menção honrosa do governo dos EUA por ter aberto novos e determinantes caminhos nas telecomunicações.
A primeira parte do livro retrata muito bem o contexto político e militar Austríaco e as alianças de poder.
Na segunda parte após a fuga de Hedy, conhecemos o percurso rumo aos EUA que só muitos privilegiados envidaram, o início da carreira artística em Hollywood, bem como os motivos para Hedy dedicar grande parte da sua energia perseguindo uma invenção com eventual aproveitamento militar.
Um livro muito bom!
Esta autora também escreveu outra obra muito boa, 'A mulher de Einstein', sobre a qual também já deixei aqui o registo.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789898917799

Edição ou reimpressão: 04-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 228 x 19 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 304
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Um romance poderoso baseado na incrível história da atriz Hedy Lamarr, uma mulher brilhante cuja inovadora invenção revolucionou a comunicação moderna.
Hedy Kiesler é uma atriz austríaca com ascendência judaica que, em 1933, se casa com um poderoso fabricante de armas, o que lhe permite escapar à perseguição nazi. Além de bela, Hedy é também muito inteligente. Nos extravagantes jantares em que participa com o marido, ouve os planos do Terceiro Reich, e percebe que a sua segurança não está garantida e que algo muito grave está a ser planeado. Em 1937, desesperada por escapar ao marido controlador e à ascensão dos nazis, Hedy disfarça-se e foge.
Viaja, então, para Hollywood, onde se torna a estrela de cinema Hedy Lamarr. Mas Hedy esconde um segredo mais forte do que o facto de ser judia: ela tem uma mente científica brilhante. Durante o seu casamento, Hedy ouviu segredos do regime nazi, e agora tem uma ideia que pode ajudar os Aliados, permitindo-lhe igualmente aliviar a culpa que sente por ter fugido. Tudo o que precisa é que não a subestimem devido à sua beleza, e que a ouçam.

SOBRE A AUTORA:
Marie Benedict é uma advogada norte-americana com mais de dez anos de experiência.
Além de tirar a licenciatura em Direito, formou-se também no Boston College em História e História da Arte.
Marie sempre sonhou em desenvolver trabalhos que pudessem dar a conhecer a vida e os feitos de grandes mulheres da História.
Quando começou a escrever, teve finalmente essa oportunidade.
É também a autora dos romances históricos The Chrysalis, The Map Thief e Brigid of Kildare, assinando com o nome Heather Terrell.
Atualmente, vive em Pittsburgh com a família.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

ALTA MAR, SÉRIE DA SEMANA

De volta a este espaço para registar uma série fantástica do meu ponto de vista, que aprecio histórias com muito suspense e mistério associadas a recriações históricas e muitas surpresas ou reviravoltas.
Esta série reúne todos esses ingredientes com romance à mistura.
A série passa-se nos anos 40 do século passado (1947) a bordo de um dos cruzeiros que efetuavam na época a ligação entre Espanha e a América do Sul.
Considero que só pelo figurino que é absolutamente fabuloso e pela fotografia, vale muito a pena assistir.
Além disso, a história é muito rica, cheia de suspense e sucessivas surpresas, do gênero das histórias de Agatha Cristhie.
Foi mesmo desafiante assistir pois a partir de determinada altura todas as personagens parecem susceptíveis de serem suspeitas.
A primeira temporada tem oito episódios com cerca de 40 minutos cada, a que se assiste com o maior interesse para tentar perceber o curso dos acontecimentos.
Duas irmãs, herdeiras de um império por morte do seu pai, acolhem na bagagem uma jovem que pede proteção para evitar ser assassinada por não querer casar contra a vontade. Passado algum tempo, um passageiro clandestino cai ao mar e apartir daí tudo se despoleta numa vertigem de acontecimentos a cada episódio.
Uma série sobre os dias do holocausto, o contexto que Espanha vivenciava nessa época, sobre relações familiares e servis, sobre lealdade, sonhos, expetativas, paixões, desilusões, perdas, recomeços e redenção.
Assistam ao trailer e digam lá se não promete.
Já assistiram à série?
Apreciam este tipo de série?
Que outras recomendam?
Eu fiquei agradavelmente surpreendida com a primeira temporada.
O último episódio é tão surpreendente que perspectiva uma segunda temporada com mais meistérios por resolver!

SINOPSE:
Duas irmãs descobrem segredos familiares perturbadores depois de uma série de mortes misteriosas em uma viagem do navio Bárbara de Braganza entre a Espanha e o Brasil nos anos 40.
Alta Mar (em
português, Alto Mar) é uma série de televisão hispânica do gênero mistério-drama.
É a quarta série em espanhol original Netflix e a sua estreia ocorreu no dia 24 de maio de 2019.
No dia 28 de maio de 2019 a série foi renovada pela Netflix para uma segunda temporada. Nela serão incluídos mais quatro personagens que serão interpretados por Claudia Traisac, Chiqui Delgado, Antonio Reyes e Pepe Barroso.