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domingo, 14 de fevereiro de 2021

O REGRESSO, DE NICHOLAS SPARKS, PELA ASA

A minha última leitura, uma narrativa leve, contada na primeira pessoa, do personagem principal no masculino.
Trevor vai viver uns tempos na casa herdada do seu avô apaixonado por apicultura, que entretanto faleceu, para organizar tudo no sentido de a colocar à venda, ao mesmo tempo que progride com a sua recuperação dos ferimentos graves e dos traumas pós traumáticos (transtorno de stress pós traumático) após ser vítima de uma explosão à porta do hospital onde trabalhava no Afeganistão.
A leitura é fluida pois a história é contada de uma forma leve e bem humorada, o que facilitou a leitura mesmo em momentos em que me sentia muito cansada.
O que nos prende a leitura é percebermos a evolução do personagem à medida que o tempo passa, a par da resolução do mistério associado às palavras, um pouco desconexas, que o avô disse a Trevor pouco antes de falecer de avc, longe da sua casa, na Geórgia, numa viagem cujo móbil se desconhece.
A par, ficamos também a perceber a história de Callie, a rapariga adolescente que vive no parque de caravanas vizinho e que nada quer revelar sobre a sua história. Callie conhecia o avô de Trevor mas tem reações estranhas quando Trevor procura saber mais coisas sobre o avô.
Acompanhamos a evolução pessoal do personagem principal Trevor que conhece Natalie, delegada do Xerife local da pequena terra New Bern na Carolina do Norte, pela qual sente forte atração, mas cuja história se desconhece. Mas Natalie não quer ser vista junto de Trevor e recusa o relacionamento sem se perceber bem porquê.
Irá Trevor recuperar do TST, vender a casa do seu avô para iniciar nova carreia na medicina e descobrir o que se passou?
Um livro com algum romance e um pouco de mistério, sobre resiliência, auxílio ao próximo, perdão, redenção e sobre o processo da vida, que toma novos e inesperados rumos que transformam a própria personalidade e a postura de cada um perante a vida.
O livro transporta-nos para New Bern e inicia-se com um prólogo, sendo que depois iniciamos uma viagem no tempo desde 2014 ao longo dos 21 capitulos até chegarmos a esse momento. No epílogo, vislumbramos novamente os destinos de Callie, Trevor e Natalie.
Já leram?
Qual foi a vossa opinião?




ISBN: 9789892349206
Edição: 09-2020
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 157 x 233 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 352
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:

Trevor Benson não planeava voltar a New Bern, na Carolina do Norte. Mas quando uma explosão perto do hospital onde trabalha no Afeganistão o deixa com ferimentos devastadores, a velha casa que herdou do avô parece um bom lugar para recuperar.

Decidido a regressar à faculdade de Medicina, Trevor não está minimamente disponível para amar… mas o primeiro encontro com Natalie abala as suas convicções. A ligação entre ambos é impossível de ignorar, mesmo que Natalie se esforce por manter uma distância inexplicável.

Igualmente difícil de compreender é Callie, a adolescente solitária que mantinha com o avô de Trevor uma profunda relação de amizade. Trevor espera que a jovem o ajude a desvendar o mistério que paira sobre a misteriosa morte do avô, mas com pouco sucesso… até que a verdadeira natureza do passado de Callie ameaça ser revelada, deixando Trevor perante um segredo que nunca poderia ter antecipado.

Na sua missão para decifrar os segredos de Natalie e de Callie, Trevor irá descobrir o verdadeiro significado do amor e do perdão… e que na vida, para seguir em frente, temos muitas vezes de voltar atrás.

SOBRE O AUTOR:

Nicholas Sparks nasceu em Omaha, no estado do Nebraska, Estados Unidos. Escreveu o livro que deu início à sua carreira meteórica e um dos seus títulos mais famosos – O Diário da Nossa Paixão – com apenas vinte e oito anos.
E, para alegria dos seus inúmeros fãs, nunca mais parou de contar as histórias que o consolidaram como um dos mais aclamados escritores da atualidade.
Todos os seus livros integram de imediato a lista de bestsellers do New York Times e estão traduzidos para mais de quarenta e cinco línguas, tendo vendido cerca de cento e oito milhões de exemplares até à data.


segunda-feira, 15 de julho de 2019

UMA AMERICANA EM PEQUIM, DE ANN MAH, DAS EDIÇÕES ASA

A minha última leitura foi muito divertida e interessante: Uma Americana em Pequim, de Ann Mah, pelas Edições Asa, de Fevereiro de 2011.
O livro está dividido em três partes: O Norte, O Sul e o Ocidente, sendo que a cada capítulo temos uma breve introdução contextualiza e descreve a gastronomia típica das inúmeras regiões da China, o que por si só já é curioso e muito interessante.
A história é narrada na voz da personagem principal Isabelle Lee de ascendência Chinesa, já nascida na América, tendo a sua família materna, apesar de pertencer a uma classe privilegiada, se exilado de Xangai nos anos 60, por motivos políticos.
Uma das lutas interiores de Isabelle é precisamente sentir-se Americana, apesar da sua aparência condicionar de algum modo as suas relações sociais na América. Na China, apesar de pela aparência parecer naturalizada, comporta-se e pensa de forma ocidental. Vive a sensação de se sentir sempre como uma estranha onde quer que se encontre e um pouco condicionada por essa realidade.
Trabalhando no mundo editorial em Nova Iorque com algum sucesso, vê-se inesperadamente despedida e toma a decisão de ir ao encontro da sua irmã Claire Lee, muito independente e que trabalha como advogada.
Vamos percebendo ao longo da história as motivações de Isabelle e de Claire, a forma como gerem as relações familiares com os pais ao nível das expetativas destes a nível profissional e de casamento.
Vamos também percebendo a forma como gerem também o relacionamento enquanto irmãs.
O dia a dia de Isabelle vai sendo descrito de forma muito fluida e divertida com uma pontada de humor face às circunstâncias com que se depara no dia a dia.
Em Pequim arranja emprego num jornal para expatriados Americanos a residir na China, onde inesperadamente se vê a braços com a rúbrica de crítica gastronómica das iguarias chinesas.
O chefe de Isabelle, Ed dotado de uma personalidade vibrante, torna a história também muito divertida.
Por isso o livro, a par da aventura do dia a dia de Isabelle e da forma como esta se integra socialmente, vai-nos descrevendo também muitos pratos chineses.
A forma como Isabelle gere as suas atrações é muito curiosa e reflete a diferença cultural entre ocidentais e orientais, dando-nos a conhecer comportamentos diferentes.
Isabelle sente-se atraída por Charlie que reside no mesmo prédio, até que descobre que este é o embaixador da América na China. Encontros, desencontros vão pontuando a sua história.
Por outro lado, Jeff um cantor com alguma visibilidade aproxima-se de Isabelle, sendo a sua história pontuada de cenas muito curiosas e divertidas.
Uma história muito interessante, sobre o autoconhecimento, encontros, desencontros, sonhos, oportunidades, com algum romance à mistura, pontuada com bom humor e gastronomia oriental.
A descrição dos lugares está muito bem feita, transportando-nos literalmente para os espaços.
Gostei muito deste livro, foi sem dúvida uma agradável surpresa.
Já leram?
O que acharam?
Um dos livros que fica para a lista das 'releituras'.


ISBN: 9789892312828
Edição ou reimpressão: 02-2011
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 235 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 352
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Todas as pessoas se alimentam de vivências e lugares inesperados…
Um romance sobre comida, amor e autodescoberta. Depois de ver a sua carreira ruir e o namorado pedir "um tempo", Isabelle Lee toma a primeira decisão drástica da sua vida e troca o mundo das revistas de moda de Manhattan pelo mundo das revistas generalistas de Pequim. Um mundo consideravelmente mais limitado dado que o seu conhecimento de mandarim é quase nulo. É que, apesar de ter ascendência chinesa, ela só conhece a linguagem falada na cozinha, pela mãe…
Felizmente, a linguagem da comida é suficiente para a iniciar na crítica gastronómica. Por entre o pato à Pequim ou o huoguo mongol, alguns choques culturais e outras tantas peripécias amorosas, Liz enfrenta os desafios de começar de novo do outro lado do mundo. Anos antes, também a sua irmã, Claire, trocou Manhattan por Pequim. É agora uma advogada de sucesso com um ritmo de vida tão alucinante quanto o da própria cidade. As irmãs nunca tiveram uma relação de cumplicidade. Na verdade, mal se conhecem. A milhares de quilómetros de casa e mais solitária do que nunca, Isabelle começa a interrogar-se se a frenética e vibrante cidade do futuro não será um lugar demasiado estranho para si…

SOBRE A AUTORA:
Ann Mah trabalhou no mundo editorial antes de se mudar para Pequim durante quatro anos, onde foi editora de restaurantes para a That’s Beijung, uma revista mensal de língua inglesa. Escreve regularmente para o South China Morning Post, a Condé Nast Traveller e o International Herald Tribune. Em 2005, foi-lhe atribuída uma bolsa de estudo em Cozinha Italiana em Bolonha. Nascida no Orange County, reside actualmente em Paris.

domingo, 31 de março de 2019

O MISTÉRIO DOS TRÊS QUARTOS, POR SOPHIE HANNAH, DAS EDIÇÕES ASA II

A minha última leitura foi 'O mistério dos três quartos' de Sophie Hannah, das Edições Asa, um novo mistério de Poirot, editado em Agosto de 2018.
Sem dúvida um livro que relerei.
Sou fã dos mistérios de Poirot e este livro não é excepção.
Sophie Hannah foi a escritora escolhida pelos herdeiros de Agatha Christie para dar nova vida a Poirot.
A história passa-se no início do século XX em Londres e inicia-se quando o belga Hercule Poirot é confrontado com 4 pessoas aparentemente sem ligação entre si, que referem que receberam uma carta de Poirot que os acusa do assassínio de Pandy, com 94 anos, proprietário de Combingham Hall.
As cartas parecem querer despertar em Poirot um interesse para desvendar um caso já encerrado pois Pandy havia sido declarado ter falecido por causas naturais.
Somos transportados para a investigação que Poirot conduz auxiliado pelo inspetor da Scotland Yard, onde as pistas vão surgindo e somos levados a tentar descobrir o que se terá passado, os perfis psicológicos das personagens e quais as possíveis ligações entre si.
As surpresas e reviravoltas da história vão conduzido para um desfecho surpreendente.
Uma história que retrata desejos de vigança, redenção e também a problemática de quem se defende e quem se opõe à pena de morte.
Estou muito curiosa para ler o outro livro onde Sophie deu vida a Poirot: Herança Fatal, editado em Agosto de 2016 pela Asa.



ISBN: 9789892342894
Edição ou reimpressão: 08-2018
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 233 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 328
Tipo de Produto: Livro
Coleção:
Hercule Poirot
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller 

SINOPSE:
Ao regressar a casa após um almoço, Hercule Poirot depara-se com uma mulher à sua porta. Sylvia Rule está transtornada e exige saber por que motivo Poirot lhe enviou uma carta em que a acusa de ter assassinado Barnabas Pandy, quando nem sequer o conhece. Intrigado, pois também ele nunca ouviu falar de Pandy, Poirot entra em casa e constata que tem mais um visitante à sua espera: John McCrodden, que o acusa igualmente de difamação, pois recebeu uma carta semelhante.
E a lista não termina aí…
Quem terá enviado as cartas, e porquê?
Mais importante ainda, quem será Barnabas Pandy?
Estará, de facto, morto?
Terá sido assassinado?
E conseguirão as celulazinhas cinzentas de Poirot decifrar este mistério sem colocar mais vidas em perigo?
Um novo enigma protagonizado pelo detetive mais querido do mundo.
Com a ajuda de Edward Catchpool, da Scotland Yard, Hercule Poirot envolve-se numa complexa teia de relações, segredos escandalosos e delitos do passado.


SOBRE A AUTORA:
Natural de Manchester, Sophie Hannah é uma poetisa galardoada de enorme sucesso. A sua última coletânea, First of the Last Chances, foi escolhida pela Poetry Book Society como uma das obras de referência da nova geração de poetas, em Junho de 2004. Foi finalista do prémio TS Eliot.
Declama regularmente a sua poesia para grandes plateias, tanto no seu país como no estrangeiro, e obteve o primeiro lugar no concurso de contos do Daphne Du Maurier Festival, com «The Octopus Net», uma obra de suspense extraída do livro The Fantastic Book of Everybody’s Secrets.
O Pesadelo de Alice é a sua primeira incursão pelo thriller, escrito pouco tempo depois de dar à luz o seu primeiro filho, e um desafio que lhe tem valido os mais entusiastas elogios de toda a crítica literária.
Foi a escritora escolhida para dar nova vida ao incomparável Hercule Poirot.
Vive em Cambridge, onde é professora honorária.

domingo, 23 de dezembro de 2018

UMA CARTA INESPERADA DE BARBARA TAYLOR BRADFORD, DA ASA

De volta a este cantinho para deixar o registo da leitura da última semana: Uma carta inesperada de Barbara Taylor Bradford, das edições ASA publicado em 2012.
Trata-se de um romance em estilo de thriller, uma vez que nos prende até à última página para a obtenção das respostas às questões com que nos vamos deparando ao longo da história, que são também as respostas que a personagem principal Justine procura.
A história desenrola-se entre Abril de 2004 e Julho de 2004 e descreve uma saga familiar, transportando-nos para a América e Istambul contemporâneos, bem como para Berlim do tempo da segunda Grande Guerra.
A escrita da autora consegue descrever muito bem os lugares, os cheiros e os sons de Istambul.
Um mistério: uma carta endereçada à mãe de Justine que, na sua ausência, é aberta pela filha e revela um segredo inesperado: afinal a sua avó está viva.
O que terá levado a mãe de Justine a mentir aos seus dois filhos dizendo que a avó teria morrido?
O que estará por detrás do comportamento distante da mãe de Justine?
Justine, com 32 anos e uma carreira próspera no setor audiovisual viaja sozinha para Istambul à procura da sua avó, sem conhecer o endereço onde a mesma se encontra.
A carta que fora escrita por uma amiga da sua avó, não possui remetente.
Inicia uma busca inteligente e fruto do acaso, visualiza na sua câmara de filmar o rosto da sua avó.
O reencontro.
Uma parte da história e das razões da separação são reveladas.
Mas só quando a sua avó olhe revela um diário sobre o seu passado sobre o qual não consegue falar, Justine compreende tudo o que se encontra por detrás da história e relacionamentos da sua família.
No entretanto, a história é pontuada também por um pouco de romance: Justine, encontra um amor à primeira vista, afinal tão próximo, que se revela um companheiro excepcional.
O livro transporta-nos também, com uma descrição tão real, para a vivência dos Judeus e seus protetores durante a segunda guerra mundial em Berlim, bem como para o papel que um país neutro como a Turquia teve nessa época ao nível do fluxo de refugiados.
A autora consegue descrever-nos de uma forma extraordinariamente vívida os lugares, sons, cheiros, emoções e carácter das personagens, de tal forma que conseguimos visualizar todo o cenário, como se de um filme se tratasse.
Um história envolta em mistério, um pouco de romance e muito drama à mistura.
Apreciei esta leitura e releria.
Já leram este livro ou outros da autora?



ISBN: 9789892319780
Edição ou reimpressão: 07-2012
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 233 x 29 mm                        
Encadernação: Capa mole Páginas: 432
Tipo de Produto: Livro                                                   
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Justine Nolan é uma mulher de sucesso com uma carreira artística fulgurante. Mas as memórias que guarda com mais carinho remontam à sua infância, um tempo que recorda como mágico. De visita a casa da mãe, Justine abre inadvertidamente uma carta que vai mudar tudo o que ela julgava saber sobre a sua família e até sobre si própria.
As revelações são tão chocantes que a jovem pede a ajuda e o conforto de Richard, o seu irmão gémeo. Juntos, resolvem descobrir a verdade custe o que custar. Mas para o fazer, ela terá de viajar até Istambul - a vibrante e sedutora cidade onde se cruzam Ocidente e Oriente. É um lugar com os seus próprios segredos e cujo magnetismo aproxima Justine de um homem fascinante que parece saber mais do que aquilo que está disposto a revelar.
E quando os enigmas ocultos durante décadas pareciam finalmente deslindados, Justine recebe um revelador livro de memórias. No coração deste diário reside a sua verdadeira identidade. Esta é a sua grande oportunidade de sarar as feridas de traições do passado e de abraçar um novo amor e uma nova vida.


SOBRE A AUTORA:
Barbara Taylor Bradford nasceu e cresceu em Inglaterra. Começou a sua carreira no Yorkshire Evening Post e trabalhou depois como jornalista em Londres. O seu primeiro romance, Uma Mulher, foi um bestseller instantâneo e, desde então, já escreveu mais vinte e seis romances. Os seus livros venderam já mais de 82 milhões de exemplares em mais de noventa países e quarenta línguas, tendo sido por diversas vezes adaptados para o cinema e a televisão. Em 2007 foi agraciada pela rainha Isabel II com a Ordem do Império Britânico pelos seus serviços à literatura. Vive atualmente em Nova Iorque com o marido, o produtor televisivo Robert Bradford. Uma Carta Inesperada é o seu primeiro romance a ser publicado na ASA.

sábado, 10 de novembro de 2018

PARA SEMPRE, DE JUDITH MCNAUGHT, ASA

De regresso a este cantinho para deixar o registo da leitura da última semana.
Este romance foi o primeiro livro que li da autora.
Foi editado em 2004 e é o primeiro romance da autora editado em Portugal.
Considero a capa desta edição muito bonita.
A autora prende-nos à história através de algum suspense que cria em torno da personagem principal, a jovem Americana Victoria, que por circunstâncias da vida se vê a braços com a família de sangue que nunca conheceu e nem sequer ouvira falar.
Conseguimos perceber, através do livro, algumas das diferenças do quotidiano e convenções sociais que separavam a vivência na América da vivência na Inglaterra, nos primeiros anos do século XIX. 
A história transporta-nos, juntamente com Victoria, para a Inglaterra Burguesa da alta sociedade. Conseguimos vislumbrar através da descrição das atividades dos personagens e de toda a envolvente, como o quotidiano decorreria naquele tempo e naquele contexto.
Onde não se conseguia esconder quase nada pois, inevitavelmente, a criadagem percebia todos os pormenores, acabando mais tarde ou mais cedo por comentar e revelar o que se passava.
Sobre o casamento e o papel da mulher.
O livro centra-se como referi anteriormente, numa personagem feminina dotada de uma personalidade forte e irreverente, que procura muito bem disfarçar as suas fraquezas e que inteligentemente vai gerindo tudo o que lhe  sucede.
Tratando-se de um romance, claro que estamos sempre à espera de um final de alguma forma previsível.
Contudo, vemo-nos envolvidos, tal como Victoria, a tentar compreender o que leva o outro personagem principal, Jason, a ter determinadas atitudes. Jason acaba por se revelar um personagem um pouco desconcertante e frio.
Ao longo da história vamos descobrindo detalhes do seu passado e que terão moldado a sua personalidade.
A história vai sendo pontilhada com diálogos desafiantes e com algum sentido de humor.
Um acontecimento a meio da história é inevitavelmente marcante para Victoria.
O leitor acaba também por ficar preso àquele acontecimento que desperta uma enorme curiosidade para se perceber o desenrolar da história.
Uma personagem do passado ressurge e tudo fica em aberto.
Que opções serão tomadas?
A razão ou o coração?
A leitura é fluida e prende-nos até à última página.
Algum drama, romance, alguma pitada de humor e também algumas cenas um pouco mais apimentadas.
Já leram este livro?
Gostaram?
Recomendam outros livros da autora?


             

ISBN: 9789892328317                    
Edição ou reimpressão: 09-2014
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 232 x 30 mm
Páginas: 448
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Victoria Seaton cruzou um oceano. Para trás, deixou tudo o que amava. A sua cidade, Nova Iorque. Andrew, o homem dos seus sonhos. E a casa onde nasceu, agora tristemente vazia após a morte súbita dos pais.
Desamparada, Victoria não tem outra solução que não rumar ao desconhecido. A Inglaterra, um país que que nunca visitou. Aos aristocráticos Fielding, uma família que nunca viu e à qual pertence apenas no papel. A uma herança que não sabia existir. O seu único conforto é a sua irmã Dorothy, a quem protege fingindo ser a mulher corajosa que, intimamente, teme não ser. A alta sociedade britânica rapidamente a põe à prova com as suas regras rígidas, tão diferentes dos modos calorosos e simples do seu país natal. Igualmente impenetráveis são as reacções da família. Quando conhece a avó - a duquesa de Claremont - Victoria não percebe o porquê do seu olhar venenoso e a sua obstinação em acolher apenas Dorothy. As irmãs acabam por ser separadas e Victoria fica à mercê do jovem lorde Jason Fielding, seu primo afastado. Jason é um homem frio, sensual e implacável. Nos salões da moda, é o alvo de todas as atenções, a chama que atrai homens e mulheres, o "felino selvagem entre gatinhos domésticos". Ele permanece um mistério aos olhos de Victoria, que recusa submeter-se às suas ordens ríspidas. Por seu lado, Jason não sabe como reagir ao temperamento explosivo da jovem americana. A relação de ambos é tão excitante quanto impossível. Sobre ela paira - negra e omnipresente - a sombra do passado com os seus mistérios, segredos e crimes…


SOBRE A AUTORA:
Judith McNaught nasceu nos Estados Unidos. Antes de se dedicar inteiramente à escrita, teve uma carreira profissional muito diversificada, tendo sido a primeira mulher a trabalhar como produtora executiva na rádio da CBS. Atualmente, a sua obra é publicada um pouco por todo o mundo e já vendeu mais de 30 milhões de exemplares. Vive em Houston, Estados Unidos.

domingo, 14 de outubro de 2018

CRÓNICAS DA FAMILIA CAZALET DE ELIZABETH JANE HOWARD: OS ANOS DA INOCÊNCIA E TEMPO SUSPENSO, DA ASA

No início deste Outono descobri dois livros, romances históricos (de 5 dado que só foram editados em Portugal os 2 primeiros) de uma autora Inglesa, Elizabeth Jane Howard.
São livros que nos transportam para a saga de um família de classe média inglesa, na primeira metade do século XX, através de uma escrita leve mas extremamente pormenorizada e rica na descrição das personagens e dos ambientes.
Aquele tipo de história que nos prende do início ao fim do livro num suspense acerca do que sucederá a cada um dos personagens.
Uma saga histórica, o primeiro volume passa-se nos anos idílicos antes da guerra e o segundo volume retrata como a guerra interferiu com o quotidiano, os sonhos e o destino de cada um.
Estou na expetativa para que sejam publicados no nosso país os outros volumes desta saga, que terá sido adaptada pela BBC.
Já leram estes livros?

Conhecem outros livros da autora?


SOBRE A AUTORA:
Elizabeth Jane Howard nasceu em Londres em 1923. 
Foi atriz e modelo antes de se tornar romancista. 
Autora premiada, publicou catorze romances no total. 
Em 2002 foi-lhe concedido o título de CBE (Dama Comendadora da Ordem do Império Britânico). 
As Crónicas da Família Cazalet são já um clássico moderno, tendo sido adaptadas para a BBC. 
Elizabeth faleceu em 2014, aos noventa anos.
Elizabeth Jane Howard teve uma carreira subestimada em parte pelo modo como as mulheres da sua geração eram vistas no mundo literário, resultado de uma sociedade que encarava a educação feminina como uma excepção. 
Elizabeth Jane Howard manteve-se na sombra e na chamada literatura séria até morrer, aos 90 anos, em 2014. Hilary Mantel, outra escritora britânica, autora de um dos mais envolventes textos que incitam à leitura de Howard, publicado noGuardian em 2016, defende essa tese: os romances de Jane eram de uma mulher e a opinião geral era que mulheres escreviam para mulheres. E assim, no entender da autora, a crítica desprezou aquilo que fazia de Howard uma escritora singular: a elegância, a inteligência e o humor com que falava do desajuste, da frustração, da desobediência — objectiva ou inconsciente — à norma. Na sua vida pessoal havia material para alimentar esse filão literário do desacerto.
“Os romances são para mostrar às pessoas como são outras pessoas “, disse Howard numa entrevista ao Guardian em 2014, pouco antes de morrer, com 60 anos de carreira e 18 livros terminados. E continuava: “É a única maneira de escrever. Eu não seria boa em desconstrução. Não tive muita educação. Então tive eu que fazer isso, lendo para me educar. A minha família nunca pensou em me mandar para a universidade. Na minha geração, a maioria das meninas não foi”. Nesta passagem, no fim da sua vida, ela explicava um percurso acidentado feito da obstinação em não se acomodar ao que se esperava de uma mulher da sua condição: casar e cuidar da casa. Na adolescência podia ter sido ela a manifestar o medo verbalizado por uma das suas personagens, Louise Cazalet, de 14 anos: “somos obrigadas a viver vidas inúteis...”
Como quase todos os livros de Elizabeth Jane Howard, há neste muito de autobiografia e influência da que foi a sua maior inspiração: Jane Austen. A profundidade das personagens femininas, o modo de narrar ou aceder ao íntimo dos outros sem pretensão moralista, valorizando o detalhe quotidiano; ou mostrando o tédio, a angústia ou a nostalgia através da encenação de gestos, ambientes, usando o humor para desmontar a pretensão humana. Ao fazer isto, ilumina tanto a sua própria rebelião contra o papel da mulher, como denota a submissão a que por vezes cedeu. Sobretudo nos anos em que sendo mulher de alguém, como a própria disse, incapaz de estrelar um ovo, tinha de cuidar de uma grande casa sempre cheia de gente, a casa de Amis. Ela acabou assim num papel secundário que não quis mas que alimentou. Parte da contradição que a define, ou da insegurança, vontade de ser amada, volatilidade e uma coisa que para ela era maior do que a literatura: o amor romântico. Kingsley Amis terá sido a junção perfeita, à partida.
Quis ser actriz, casou cedo, deixou o primeiro marido e a filha de três anos, Nicole, nascida numa noite de bombardeamentos em Londres na II Guerra Mundial. Aí para se dedicar em exclusivo à literatura. Foi nessa altura, depois de um atitude que classifica como “egoísta”, mas necessária, que publicou o primeiro romance, The Beautiful Visit (1950). Enquanto isso, para se sustentar, foi secretária, fazia revisão de textos, era modelo da Vogue. Em 1956 publicou The Long View, o segundo romance e com ele veio o reconhecimento público. Hilary Mantel refere-se a esta fase criativa de Howard como “efervescente”, e de um talento que parecia “imparável”. Teria sido? Secretamente ou não ela perseguia ainda com mais afinco o amor romântico.
Voltou a casar, mas não conseguiu suportar mais de um ano um segundo casamento. No início dos anos 60 conheceu Kingsley Amis, um ano mais velho, e ele apareceu-lhe como uma espécie de salvador. Eram dois nomes bem sucedidos nas respectivas carreiras literárias e tinham outro aspecto em comum: um e outro usavam a autobiografia de forma clara na escrita. Mas entre eles, Elizabeth foi quem consumou melhor esse contágio directo da biografia na obra.
Depois de se separar de Kingsley precisava de arrancar com um projecto. Tinha duas hipóteses: fazer uma espécie de actualização deSensibilidade e Bom Senso — outra vez Jane Austen — ou escrever uma saga familiar, baseada na sua própria experiência, em vários tomos. E o que era para ser uma trilogia estendeu-se a um quarteto e finalmente a uma saga completada pouco tempo antes da morte de Howard. Começa com este Os Anos da Inocência, seguem-se Marking Time, Confusion, Casting Off e, quando o quadro parecia fechado, com outros livros pelo meio, entre elas as memórias, publica All Change em 2013. A intenção era falar de uma sociedade marcada pela guerra não através das batalhas, mas do modo como a guerra interfere com o quotidiano, o trauma e o medo privados e as suas repercussões.

SINOPSE DE 'OS ANOS DA INOCÊNCIA'
ISBN: 9789892340296
Edição ou reimpressão: 11-2017
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 233 x 34 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 520
É a narrativa de uma família da classe média alta a viver entre Londres e o campo inglês nos anos que precedem a II Guerra Mundial. Arranca no Verão de 1937 e com a aparente tranquilidade do Sussex a esconder o lado mais negro e íntimo de cada um dos seus habitantes. Nada mais do que a família da própria Jane aqui ficcionada. São os Cazalet.
Sussex, 1937.
O verão é sempre uma altura animada para os Cazalet. Os irmãos Hugh, Edward e Rupert levam as suas mulheres e filhos para a casa de campo da família, onde se juntam aos pais e à irmã Rachel. Os dias soalheiros são preenchidos com jogos, piqueniques na praia, passeios e banquetes. São dois meses repletos de alegre confusão para o clã.
Mas nem este idílico cenário consegue afastar medos, dor e solidão. Hugh vive atormentado pelas memórias dos campos de batalha em França, e teme que o mundo entre novamente em conflito. O charmoso Edward tem assuntos mais mundanos com que se preocupar - desde que a mulher, Villy, uma ex-bailarina entediada, não descubra. Rupert, artista talentoso, descobre que não consegue ser simultaneamente bom pintor e bom marido. E a lealdade feroz de Rachel para com a família parece arruinar quaisquer perspetivas amorosas que possa ter.
As três gerações da família Cazalet, os seus criados e amigos, sentem-se a salvo da tormenta que se avizinha na Europa. São verões inesquecíveis. Os derradeiros anos da inocência do mundo
CRÍTICAS
«Absolutamente maravilhoso, com rasgos de genialidade.»
Martin Amis
«Elegante, civilizado e cheio de estilo.»
Julian Barnes

SINOPSE DE 'TEMPO SUSPENSO'
ISBN: 9789892341446
Edição ou reimpressão: 04-2018
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 233 x 37 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 560
Sussex, 1939.
Na casa de campo dos Cazalet as janelas estão tapadas e os alimentos são racionados. Sobre a mansão outrora repleta de sol e de risos paira a negra sombra da guerra. As crianças despreocupadas da família deram lugar a adolescentes apreensivos, cada um com os seus desejos e temores. 
Louise, agora com dezasseis anos, acalenta o sonho de se tornar atriz. Clary dedica-se à escrita, e acredita fervorosamente que ainda voltará a ver o pai, desaparecido em combate. E Polly, de catorze anos, carrega um fardo que precisa de partilhar. Três jovens entre a infância e a idade adulta, desesperadas por dar um sentido às suas vidas mas dolorosamente conscientes dos perigos que se avizinham. 
No segundo volume da saga Cazalet, Elizabeth Jane Howard volta a pintar o retrato de uma época através dos olhos de uma família. 
Com uma autenticidade conseguida apenas por quem viveu nesses tempos, a autora mostra-nos a realidade de uma sociedade em profunda mutação.
 CRÍTICAS
«Requintado e subtil.»
Hilary Mantel
«Elegante, civilizado e cheio de estilo.»
Julian Barnes
«Absolutamente maravilhoso, com rasgos de genialidade»
Martin Amis