Dicas da Lu: Triller
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domingo, 21 de fevereiro de 2021

A ESCAVAÇÃO, THE DIG: ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DO LIVRO DE JOHN PRESTON


Ficha Técnica:
Direção: Simon Stone
Produção: Gabrielle Tana, Ellie Wood, Carolyn Marks Blackwood, Murray Ferguson
Roteiro: Moira Buffini
Baseado emThe Dig, de John Preston
Elenco: Carey Mulligan, Ralph Fiennes, Lily James, Johnny Flynn, Ben Chaplin, Ken Stott, Archie Barnes, Monica Dolan
Música:Stefan Gregory
Companhia(s) produtora(s): Magnolia Mae Films, Clerkenwell Films
Distribuição: Netflix
Lançamento:29 de janeiro de 2021
Idioma: inglês

Um filme de época que se passa na véspera da segunda guerra mundial, baseado em factos reais e no livro de John Preston, sobrinho da personagem principal a viúva Edith, que na altura contrata o arqueólogo Basil (autoditada com larga experiência em escavações e que aprendera a profissão pelo seu pai e avô não tendo tido no entanto oportunidade e condições para estudar), para escavar umas elevações artificiais que se encontram na sua propriedade. Edith que se encontrava adoentada, pretende descobrir que tipo de achados se encontrariam sob as elevações. Basil foi o escolhido porque parecia não haver grande interesse por parte do museu local naquela empreitada numa altura em que se viviam as semanas anteriores à declaração da Guerra entre Inglaterra e a Alemanha.
A fotografia e os figurinos merecem também a visualização do filme.
A fotografia principal terá sido efetuada em Shackleford, em Surrey, em outubro de 2019. 
Norney Grange terá sido usada como a casa de Edith Pretty em Sutton Hoo, com as filmagens ocorrendo em Suffolk, perto do local da descoberta original.
Os achados arqueológicos ali encontrados terão sido 'escondidos no metro de Londres durante a Guerra', tendo ficado expostos no Museu de Londres 9 anos após a morte de Edith que terá falecido em 1942, tendo o papel de Basil sido omitido da história. Só após a publicação do livro redigido pelo sobrinho de Edith é que o nome de Basil terá tido a mais que justa homenagem na inscrição do Museu de Londres.
Aqueles achados arqueológicos (um barco funerário do século VI) terão sido os mais importantes da história de Inglaterra, tendo trazido 'luz' à chamada Idade das Trevas.
Um filme que aborda a diferença de classes e como a mesma se sobrepõe ao mérito pela falta de oportunidades e de condições daqueles que têm menos rendimentos. 
Como a partir do momento em que foi conhecida a importância da descoberta a equipa de arqueólogos do museu tomou a liderança nas escavações menosprezando o trabalho e experiência de Basil.
Ou seja, Basil foi subvalorizado por não ter tido estudos apesar de ser um estudioso autodidata, com interesses também pela astronomia.
Aborda a discriminação no feminino no caso da arqueóloga que se destacou pelos estudos e investigações subvalorizada, estando presente por estar casada com um dos arqueólogos, tendo sido escolhida não pelo seu mérito mas pelo seu 'peso', ou seja, seria 'leve' não causando estragos.
Sobre o sentido de legado e o sentido da vida.
Sobre o sentido de urgência a diferentes níveis.
Uma história com muitas nuances subtis como a homossexualidade escondida.
Um drama com uma pitada de romance à mistura.
Apreciei este filme, embora tenha achado que a atriz que representa Edith parecia demasiado jovem para as circunstâncias da retratada.
Já assistiram?
Gostaram?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

REBECCA, ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DO LIVRO DE DAPHNE MAURIER


Trata-se de uma história romântica gótica com uma pontada de terror, que já havia sido foi adaptada ao cinema em 1941 por Alfred Hitchcock.

Um casamento de uma dama de companhia, com ascensão social. 

Uma mansão à beira mar.

Uma ex-mulher, Rebecca, que faleceu em circunstâncias misteriosas e que parece ainda estar muito presente na memória de todos e até na própria mansão.

À medida que a história avança começamos a perceber os contornos psicológicos das personagens e em que circunstâncias Rebecca morre.

Não deixa de surpreender um pouco.

Mais um filme com uma fotografia e figurinos que por si só merecem a visualização do filme, do meu ponto de vista.

Não li o livro mas fiquei curiosa pois muitas vezes existem outros pormenores nos livros, sendo que muitas vezes os livros ultrapassam as adaptações cinematográficas.

Alguém já leu o livro?

O que preferiu, o livro ou o filme?

Rebecca é um thriller romântico britânico editado em 2020 e dirigido por Ben Wheatley a partir de um roteiro de Jane Goldman , Joe Shrapnel e Anna Waterhouse.

As filmagens começaram em 3 de junho de 2019. Cranborne Manor em Dorset  e Hartland Quay em Devon foram usados ​​para as filmagens em julho de 2019. 

No total, Rebecca foi filmada em seis diferentes mansões ou propriedades . 

Para além de Cranborne, Hatfield House serviu de cenário para os corredores internos, Mapperton para o jardim dos fundos de Manderley (que às vezes é aberto ao público ao contrário da mansão real), Loseley Park para os quartos principais e escadas das alas leste e oeste de Manderley , Petworth House para um corredor cheio de estátuas de mármore e pinturas e, por último, Osterley Park para a cozinha de Manderley. 

Sobre o livro editado em 1938 de Daphne Maurier:

'Escrito em 1938, Rebecca é uma obra de fôlego, diversas vezes adaptada ao cinema. 
Porém, só em 1941, numa versão de Alfred Hitchcock, o filme ganharia protagonismo, chegando mesmo a vencer dois Óscares estando nomeado para nove categorias. 
Rebecca é um clássico onde os sentimentos adquirem um lugar de destaque. 
Sentimentos no feminino, já que se trata da história de duas mulheres que se envolvem com o mesmo homem, apenas com uma particularidade: Rebecca está morta. E é o fantasma, embora nunca visível, do seu passado que assombra a nova mulher, agora casada com o nobre britânico e apaixonado de Rebecca. 
A intriga é assombrosa e ao mesmo tempo envolvente deixando sempre a sensação de que Rebecca é omnipresente. 
E é com esta imagem antiga que a nova mulher do viúvo Maxim de Winter terá de enfrentar todos os que amavam Rebecca e que a encaram como alguém que veio para lhe roubar o lugar. 
Rebecca é o romance que celebrizou Daphne du Maurier e que conheceu 28 reedições em quatro anos só na Grã-Bretanha.'
Fonte: Wook

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

DESTINOS, DE JORGE MANUEL LUCAS ALVES, PELA CHIADO BOOKS

Deixo neste meu espaço o registo da leitura do Romance Histórico Destinos, de Jorge Manuel Lucas Alves, uma edição de Outubro de 2019 com a chancela da Chiado Books que me foi gentilmente cedido em ebook pela Editora Chiado Books.
Destinos é o primeiro livro que leio deste autor e o segundo romance histórico de Jorge Alves.
A Narrativa abrange cerca de 25 anos, desenrola-se ao longo de 27 capítulos em 392 páginas, é contada na terceira pessoa e está repleta de diálogos. 
As descrições possibilitam uma percepção, ainda que ficcionada, dos conturbados tempos da Guerra Peninsular e Invasões Francesas que os nossos antepassados vivenciaram no início do século XIX, de Norte a Sul do País, pelo que este romance histórico reveste-se do maior interesse para todos nós.

Nos primeiros capítulos que nos transportam para 1793, chegamos a Lisboa e Ouguela para conhecermos o enquadramento da casa burguesa de Dom Eduardo em Lisboa negociante com Inglaterra, bem como a infância humilde de Agusto e dos seus três irmãos, Augusto que é o personagem principal desta história.
Passados 7 anos, o médico Dr. Dinis, padrinho dos 4 irmãos, perante a eminência de uma invasão espanhola das zonas fronteiriças a partir de Badajoz, orienta o destino das crianças sugerindo aos pais que autorizem a partida de Aurélio para servir no Porto numa casa burguesa de negociantes de vinho com Inglaterra. Os irmãos Júlio e Maria partiriam para Évora. Já Augusto mais arisco, que desenvolvera pontaria na caça com o mosquete do avô, poderia ficar em Ouguela para defender a praça ou então alistar-se eventualmente no regimento de Campo Maior para defesa do território.
Até que em 1801 ocorre uma invasão espanhola do território e Augusto assiste à rendição da fortificação portuguesa de Ouguela e à entrega das suas gentes mediante um acordo de rendição e capitulação aos espanhóis.
6 anos depois somos transportados para o Porto onde perante o crescer da tensão e uma invasão eminente por parte das tropas francesas, a família de burgueses que acolheu Aurélio como empregado, parte para Londres, levando Aurélio.
Augusto já alistado no regimento de Campo Maior envolve-se com a mulher de um oficial e é preso.
Em 1808 a população sofreu um grande saque e violência com a primeira invasão francesa, tendo a família Real fugido para o Brasil.
Os regimentos alentejanos e algarvios são dissolvidos pelos franceses e incorporados num novo regimento e caminham em péssimas condições para Salamanca cumprindo ordens dos oficiais invasores. Ocorreram inúmeras deserções, incluindo a de Augusto, que nesse perigoso processo livra da morte um oficial com patente, também desertor, que afinal é o filho de Dom Eduardo. 
Após o regresso a Portugal, refugiam-se na casa burguesa de Dom Eduardo em Lisboa.
É aí que Augusto conhece a francesa Julliete, que havia sido auxiliada em Londres por Dom Eduardo.
Julliete e o seu pai Antoine conheceram a perseguição em França, tendo os seus conjuges sido assasinados pelos jacobinos, tendo-se refugiado em Portugal.
A atração entre Augusto e Julliete acontece e é a partir daí que toda a trama da história ganha mais força.
Em 1809 no contexto da segunda invasão francesa, vamos encontrar Aurélio no Batalhão da Leal Legião Lusitânia aquartelado em Almeida, desenvolvendo arriscadas missões de emboscada em Espanha, na região de Cuidad Rodrigo atacando os dragões franceses, interceptando e eliminando todas as patrulhas, correios ou destacamentos.
Nessa altura, Aurélio encontra inesperadamente a sua irmã Maria, que se havia tornado guerrilheira naquela zona, sendo o papel dos guerrilheiros crucial para o êxito das missões militares.
Aurélio vê-se também envolvido na batalha de Alcântara com o intuito de evitar a entrada do exército francês em Portugal.
Nessa altura, Augusto já havia sido incorporado na bateria de caçadores, força de elite que manobrava a artilharia pesada.
Em 1810 somos transportados para a preparação das linhas das torres que foram determinantes para a retirada do exército francês no âmbito da terceira invasão francesa.
Apercebemos-nos também do ambiente de espionagem que existiria através do envio de informação ao general Massena, até por parte de altas classes da sociedade portuguesa. Nessa altura, o barão Dom Almeida acusou injustamente o pai de Julliete, que foi rapidamente capitulado por um oficial português.
Augusto no batalhão de caçadores incorporou as forças portuguesas, inglesas e alemãs  que perseguiram o exército francês até o território gaulês.
Na batalha de Albuera Augusto é ferido mas consegue recuperar e integrar as forças que tomaram Baiona/Toulouse em 1814.
Já em 1815 acompanhamos Augusto, Aurélio e Julliete que se descolam a Paris, de cavalo, à procura do barão Dom Almeida para vingar Antoine.
Este livro retrata um tempo muito difícil vivido pelos nossos antepassados, que correram risco de vida e tudo perderam pelo saque ou pela terra queimada para não permitir alimento aos invasores.
As casas senhoriais, as casas burguesas, o património religioso foram também objeto de saque e destruição.
Os homens foram alistados dos 15 aos 70 anos e levaram mais de 15 anos em missões ativas, deixando as suas famílias e as vidas em suspenso.
Muitos nunca mais se tornaram a ver.
As vias de comunicação não existiam como hoje as conhecemos, com comunicações telefónicas  ou móveis. Os correios militares eram fortemente escoltados e só esses permitiam a circulação de escassa informação.
Uma aventura extraordinária sobre as agruras daqueles tempos, com suspense e uma pitada de romance à mistura.
O livro foi baseado numa ampla pesquisa bibliográfica que o autor efetuou sobre a guerra peninsular e as invasões francesas em Portugal.
Uma leitura fluída que nos envolve facilmente pelo suspense do desenrolar da história de cada personagem, com as reviravoltas que aquele contexto por si só originava.
Já leram?
Qual a vossa opinião?

SINOPSE:
“Desde que o Augusto deixara Lisboa nunca mais tivera noticias dele. Apenas a promessa do soldado em casar com ela, logo que a guerra acabasse, lhe mantinha a esperança. Amava o filho mais velho do Fernando e da Lurdes e este amava-a com loucura. Podia não ter dinheiro, podia não ter propriedades e podia ser um simples soldado, mas, a bela normanda amava aquele homem. Amava aquele homem mas o seu coração não a deixava dormir pela noite. Sabia que o homem que adorava estava de armas na mão e a guerra a qualquer momento podia afastá-lo dela para sempre. A morte aguardava cada soldado em cada esquina.Rara era a noite em que o seu coração dormia descansado. O facto de nada saber dele e, a sempre presente dúvida de que se estaria vivo ou morto, consumiam-na por dentro. E agora, de novo com uma invasão nas mãos, a terceira tentativa francesa, os medos da bonita normanda aumentavam de dia para dia.”
Um romance histórico que nos transporta para os inícios do século XIX e cujas personagens nos vão ajudar a entender melhor aquela época brutal e cruel onde a guerra estava sempre presente nas vidas das pessoas. Nesta obra vai surgir uma história de amor entre um soldado português e uma linda francesa e ambos vão conhecer a crueldade e a violência de uma guerra que nunca antes Portugal enfrentara, a Guerra Peninsular. Entre as páginas o leitor irá encontrar a amizade, a felicidade, o amor, o sexo, a paixão e os sonhos, mas, também surgirá a crueldade extrema, a violência e a morte. Uma guerra que arrasou todo o reino e marcou a História de Portugal, e de Espanha, para sempre.



SOBRE O AUTOR:
Nascido em 1977, natural de Campo Maior, licenciado em História pela Universidade Autónoma de Lisboa e com um Mestrado em História, Relações Internacionais e Cooperação pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É também autor do Romance histórico “Tempos Turbulentos”.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O SACRIFÍCIO DE UM HOMEM, DE SANDRA BROWN, PELA QUINTA ESSÊNCIA

Colocando em dia mais uma leitura de Julho, o livro o Sacrifício de um homem, de Sandra Brown, uma edição de Maio de 2019 pela Quinta Essência.
Nunca havia lido nada desta autora.
A história encontra-se narrada ao longo de 247 páginas, 1 prólogo, 18 capítulos, fechando com o epílogo.
Num antiquário no norte do Texas, um casal na casa dos 40, interessa-se por um relógio de ouro do proprietário da loja, que apresenta a seguinte gravação: Solly's 11 de Agosto de 1934, sendo que o idoso se recusa a vender o relógio.
Somos ao longo dos 18 capítulos transportados para o dia a dia de Ella, que desde os seus 18 anos gere sozinha nos anos 30 do século passado, a pensão que herdou dos pais.
Ella tem um menino, Solly, com cerca de 10 anos.
Ella Barron e o seu filho encontram-se indissociados do idoso, na casa dos 80, que gere agora a loja de antiguidades e que efetua um relato da época da recessão económica que assolou a América nos anos 30, bem como das dramáticas repercussões económicas e sociais.
A seca associada à escassez monetária arrastaram os proprietários das quintas de pecuária para a necessidade de contraírem empréstimos, que não conseguem honrar.
O Governo presidencial implementou então um programa em que adquiria o gado em melhores condições, sendo o gado muito magro enterrado em valas.
Os proprietários, a contragosto, viam-se obrigados a aceitarem essas condições para não perderem as terras.
A questão moral e social prende-se com a sobrevivência de inúmeras pessoas dos bairros pobres, desnutridas e sem trabalho e é a seguinte: havia grupos organizados que impediam que antes que as valas fossem fechadas, a carne do gado subnutrido fosse aproveitada pelos mais necessitados.
Temos de um lado os proprietários apoiados pelos pastores da igreja e pessoas ligadas ao comércio e por outro, o governo e os grupos organizados que se dedicavam a ameaçar, queimar, invadir.
Um clima de grande carência e muita tensão.
É neste contexto que encontramos os personagens desta história.
Ao longo da leitura percebemos a razão pela qual Ella vive sozinha com o filho Solly e como este é especial, sendo latente a preocupação com o futuro deste.
Margaret é a fiel empregada da pensão que reside no bairro pobre onde tudo escasseia e residem não só aqueles que são alvo de preconceito racial, bem como muitos brancos, na sua maioria, os que perderam as terras e o meio de subsistência.
O Dr. Kincaid é o médico que reside no centro da cidade Gilhead, com cerca de 2000 habitantes, e que indica a pensão de Ella ao senhor David Rainwater, revelando que este padece de uma doença incurável.
Ao longo da narrativa, contada na 3ª pessoa e repleta de diálogos, conhecemos a história pessoal do senhor David Rainwater.
Os outros hóspedes da pensão são as irmãs idosas Violet e Pearl que não têm mais família.
Chester Hastings é o outro hóspede da pensão que raramente está na cidade por ser vendedor ambulante de artigos de retrosaria.
O irmão Calvin Taylor é pastor negro na igreja da cidade, episcopal metodista africana.
Vamos acompanhando a passagem dos dias na vida da pensão, sendo que face ao contexto, pode considerar-se uma vida privilegiada, sem grandes carências.
Percebemos o envolvimento dos personagens com uma curiosidade crescente para perceber quem é o senhor David  e porque Ella se aflige com Solly. Também ficamos com curiosidade acerca da ligação das personagens com o idoso antiquário, que só se revela no epílogo.
Uma leitura fluída e agradável.
Trata-se de uma história de época com valores intemporais como a resiliência, a entreajuda, o altruísmo, a coragem, com uma pitada de romance à mistura e com algumas revelações surpresa.
Este livro terá sido inspirado na história pessoal familiar da autora.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789897801327

Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: Quinta Essência
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 233 x 17 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 256
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:

Ella Baron é uma mulher só embora viva rodeada de pessoas. Cuida do seu filho Solly, de dez anos, com dedicação extrema. Com o país mergulhado numa recessão profunda, ela gere a sua pensão com a eficiência de um militar e a gentileza de uma aristocrata. Aconteça o que acontecer, não pode pôr em risco o seu sustento. Mas quando o reputado médico da vila lhe pede para aceitar um novo hóspede e apresenta David Rainwater, algo dentro dela se retrai.
David é atraente e gentil, mas não passa de um desconhecido. Perante a hesitação de Ella, o médico comete uma inconfidência: o seu novo hóspede não vai ficar por muito tempo pois está a morrer.
Os ventos da mudança sopram fortes e Ella sente que algo indizível está a avolumar-se no horizonte.
Ao ver-se envolvida numa sucessão de estranhos acontecimentos, esta extraordinária mulher rapidamente percebe que a vida tal como a conhece vai mudar para sempre. E é neste clima de medo e tensão que David se vai revelar um pilar de tranquilidade, altruísmo e retidão. E, aos poucos, Ella aprende a confiar no misterioso homem… até à noite mais quente e mais sangrenta desse verão, em que os limites de todos eles serão postos à prova.
Inspirado por uma história da família de Sandra Brown, O Sacrifício de um Homem decorre em 1934, em plena Grande Depressão, e é o livro mais pessoal da autora.

SOBRE A AUTORA:
Sandra Brown é uma das vozes mais proeminentes da ficção policial americana contemporânea. Entre os vários prémios com que tem vindo a ser galardoada ao longo da carreira, destacam-se o Romance Writers of America’s Lifetime Achievement Award, o Texas Medal of Arts Awards for Literature e o Thriller Master de 2008, a distinção máxima atribuída pela International Thriller Writer’s Association. Já foi presidente da reputada associaçãoMystery Writers of America. Nascida em Waco, no Texas, Sandra Brown trabalhou como modelo e em programas de televisão antes de se dedicar à escrita. Publicou o seu primeiro romance em 1981 e, desde então, já vendeu cerca de oitenta milhões de exemplares em todo o mundo, estando a sua obra traduzida em trinta e quatro idiomas. Vive com o marido em Arlington, no Texas.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A PRINCESA DO ÍNDICO, DE PEDRO INOCÊNCIO, PELA CHIADO BOOKS

Mais um tempo passado à volta dos livros, desta vez do ebook gentilmente cedido pela Chiado Books, A princesa do Índico, de Pedro Inocêncio, uma edição de Agosto de 2019 com a chancela da Chiado Books.
A história encontra-se narrada na terceira pessoa  e está repleta de diálogos ao longo das 660 páginas e 82 capítulos. A itálico vamos encontrando os pensamentos de alguns personagens.
Apesar da dimensão do livro a leitura é fluída e a história prende-nos página após página pela expetativa dos acontecimentos.
O autor envolve-nos na história de uma forma extraordinária pelas emoções intensas que confere aos personagens bem como pela profunda reflexão que nos conduz acerca de valores e do mundo que nos rodeia.
A par de uma denúncia ao poder, ao lucro e às injustiças que daí decorrem, abre uma porta para a possibilidade de escolha individual e de sentido de justiça, ainda que pareçam utópicos.
Será que num mundo orientado para o lucro à custa da sobre-exploração dos recursos, incluindo os recursos humanos, será possível acreditar num ideal de justiça e de respeito para com os direitos fundamentais do ser humano? Será ainda possível reparar o passado? Abre-se ainda uma reflexão sobre os mecanismos inerentes ao contexto para a adesão a correntes terroristas e a sua ligação com a vertente muçulmana.
Tudo começa com um atentado à bomba com contornos terroristas nas cerimónias do 25 de Abril de 2024 na Assembleia da República.
Do capítulo 1ª ao 7ª é nos apresentado o personagem principal Pedro Tomás da Costa e o seu pai Tomás da Costa, um dos antagonistas da história , os acontecimentos do dia do atentado e o contexto no ãmbito do qual Pedro testemunha o atentado.
A partir do 8º capítulo até o 31º somos transportados para o arquipélago situado no oceano índico, as Maldivas, 2 anos antes do atentado, onde Pedro acompanha o pai numa viagem a pedido deste.
Ficamos a perceber que existe um acordo entre o empresário Tomás da costa e o presidente das Maldivas Nadim Muslim (outro antagonista da história) para a instalação de uma fábrica do multimilionário português numa das ilhas daquele arquipélago tirando partido da mão de obra barata.
Ficamos com a percepção de tudo o que separa o seu filho e António da Costa, self-made-man, determinado, ambicioso e calculista.
Pedro fica chocado com o contexto operacional da fábrica e numa visita às instalações conhece a trabalhadora fabril muçulmana Bahira Kadeen (a outra protagonista da história) e os seus dois irmãos Nasim e Abdul.
Entre ambos começa a desenhar-se uma profunda atração, sendo que Pedro manifesta um profundo desagrado e revolta com as condições que os trabalhadores da unidade fabril experimentam sob o jugo do seu primo Luis da Costa (outro antagonista da história).
Dos capítulos 32º ao 34º somos confrontados com acontecimentos avassaladores nas instalações fabris das Maldivas quando Pedro e o seu pai já se encontram em Portugal.
Nos capítulos 35º 3 36º os acontecimentos sofrem uma grande reviravolta quando Bahira e Nasim começam a trabalhar na fábrica de Palmela de António da Costa.
Nos capítulos 39º, 41º, 43º, 46º e 48º somos transportados para o Afeganistão, para o contexto de recruta e atuação do Estado Islâmico, onde Abdul irmão de Bahira acaba por se inserir, apesar dos inúmeros conflitos morais que experiencia, até que um mês antes do atentado se reencontra em Lisboa com os seus irmãos. Vamos vislumbrando também o que levou Abdul a escolher esse caminho.
A partir do 38º capítulo viajamos para Lisboa e conhecemos o dia a dia de Pedro, Bahira e Nasim, que chega a sofrer uma agressão xenófoba.
Os acontecimentos sucedem-se então a um ritmo vertiginoso até o dia do atentado no capítulo 63º.
Após o atentado os acontecimentos precipitam-se novamente com muitas voltas e reviravoltas culminando num final surpreendente que nos deixa reflexões acerca dos seguintes dizeres: 'nada acontece por acaso' e 'somos o resultado das circunstâncias em que nos encontramos'.
Uma história sobre valores, ideais, amor, medo, subjugação, manipulação, o que move os atentados e as suas vertentes complexas, sobre o clima de suspeição em relação a determinadas etnias ou religiões, sobre os dilemas interiores de cada um, sobre escolhas, no limite, sobre coragem, liberdade e o sentido da vida.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789895262632
Edição ou reimpressão: 08-2019
Editor: Chiado Books
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 25 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 660
Tipo de Produto: Livro
Coleção: Viagens na Ficção
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Um atentado bombista à Assembleia da República, em Portugal, desperta o país para a realidade do terrorismo em grande escala! Ávidas de encontrarem culpados, as autoridades mundiais apontam as suas baterias para três irmãos muçulmanos: Bahira, Abdul e Nasim.
Como pode este crime estar relacionado com o amor vivido entre Pedro Tomás da Costa, herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo, e Bahira Kadeen, uma bela muçulmana, que trabalha em regime de escravidão, numa das Fábricas da família da Costa?
Quando o magnata António Tomás da Costa decide investir nas Maldivas, convida o seu filho para o acompanhar. António construiu a sua colossal fortuna através do êxito planetário de uma bebida energética chamada Su-Cola.
Mas, a sua extraordinária visão empresarial é camuflada por uma implacável falta de caráter e crueldade impiedosa para com os seus trabalhadores. Pedro jamais poderia suspeitar que aquela viagem iria mudar a sua vida e inspirar uma Revolução!
O amor improvável entre Pedro e Bahira será a centelha de luz e inspiração vulcânica para uma mudança que se impõe no mundo!
A Princesa do Índico é um extraordinário romance, que embalará o leitor entre o quadro idílico de um oceano prateado e a imagem incómoda da escravidão em massa...

SOBRE O AUTOR:
Autor do arrebatador romance de estreia, Tudo Acontece Por Uma Razão, Pedro Inocêncio tem vindo a conquistar cada vez mais apreciadores da sua escrita vibrante e espontânea.
A sua página de autor, no Facebook, já conta com mais de 20.000 seguidores! É nessa plataforma social que publica, regularmente, excertos das suas obras, poemas, bem como outros textos originais.
Professor de Educação Física, confessa que, para além do desporto, a escrita é a sua grande paixão. O autor classifica os seus períodos de criatividade no papel como um ato de libertação das rotinas diárias e de procura pela criação de uma realidade paralela àquela que habitamos... Nos seus tempos de lazer revela-se um leitor obstinado e praticante regular de ténis.
Pedro Inocêncio conta ainda com uma significativa e engenhosa coletânea de poemas e letras para canções. Muitos desses temas foram editados em CD, por diversas bandas e artistas singulares, tendo alguns dos seus poemas sido incluídos em antologias de poesia contemporânea.
Pai de Afonso e Leonor, o autor sabe que cada momento que vive com os seus dois príncipes é único e irrepetível. E sabe também que o seu sorriso só é pleno quando usufrui da singular companhia dos seus dois filhos…

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A FÁBRICA DE BONECAS, DE ELIZABETH MACNEAL, PELA TOPSELLER

Colocando em dia mais uma leitura de Julho, o romance histórico repleto de suspense, A Fábrica de Bonecas, o primeiro romance de Elizabeth Macneal, publicado em Maio de 2019 pela Topseller, com a chancela da 2020 Editora.
Confesso que este livro me surpreendeu.
O livro foi premiado com o Caledonia Novel Award em 2018, tendo sido os direitos televisivos já adquiridos pela produtora Buccaneer Media.
A história passa-se ao longo de aproximadamente 2 anos e meio (Novembro de 1850 a Maio de 1852) e encontra-se dividida em 3 partes.
A 1º parte encontra-se dividida em 10 capítulos que nos vão apresentando os personagens, o contexto em que vivem e as suas inquietações (a loja de curiosidades antigas e modernas de Silas Reed, o rapaz, o empório de bonecas da Sra. Salter, os cachorrinhos, a pintora, a grande exposição, o ladrãozeco, a grande despesa, IPR, a discussão).
A 2ª parte encontra-se estruturada em 44 capítulos, onde se começam a desenhar os contornos da história (o megalossauro, a correspondência, a fábrica, um par de cartas, o pintarroxo, o caixão, a guta e a garança,  leão, a bugiganga, o patinador no lago, a rainha, o casebre, o marfim de dugongo, o lamento do vombate, o luar, semelhante, as flores, o pastor, uma criança, as perguntas, Claude, a mácula, Sylvia, a borboleta, o osso, o cavalheiro, a contemplação, o bilhete, o palácio de cristal, a faca, a visita pré-inaugural, ao nível dos olhos, os ratos, os telhados, a cave, os dentes, uma crítica e uma resposta, a doença, Edimburgo, o cabriolé, a pulga, Lumley Court, a charrete).
A 3º e útlima parte desenrola-se ao longo de 19 capítulos e é onde a acção atinge o seu clímax (p séjour, o silencio, as trufas de caramelo, a clavícula, a colheita de amoras, o vestido, uma companheira, a escuridão, a madame, Guigemar, o bicho, os olhos de vidro, o pão doce de groselha, a campainha, o pombo, a academia real, a água, a agulha, o armário de borboletas).
Finalmente, a encerrar o livro temos a crítica a um quadro pela Academia Real publicada na London News a 22 de Maio de 1852.
A narrativa passa-se nos anos 50 do século XIX em Londres Vitoriana e aborda as discrepâncias de classes, de oportunidades e em que medida a liberdade individual é condicionada por esse contexto.
A personagem principal é a jovem Iris que ficou com uma clavícula sobressaída à nascença, irmã gêmea de Rose, a quem o futuro parecia sorrir, pelo que Iris sentia-se sempre na sombra da irmã.
Até que Rose aos 16 anos sofre de varíola e fica com bastantes marcas no corpo e no rosto, tendo perdido a visão de um olho.
A partir daí foi Rose quem passou a ser ostracizada e sem perspectivas de futuro, sentido Iris a responsabilidade pela condução do futuro da irmã.
Encontramos ambas as irmãs a trabalhar na fábrica de bonecas da senhora Salter, decorando bonecas de porcelana.
Mergulhamos no seu quotidiano e percebemos a relação entre irmãs, o ambiente com a senhora Salter e também a relação com os pais.
Iris tem talento para a pintura, que acaba por não poder desenvolver devido ao contexto social em que se encontra.
Albie é um pequeno rapaz a quem tudo falta e que procura de todas as formas ganhar algum dinheiro para o sustento do dia a dia para si e para a sua irmã que se vê obrigada a prostituir nas mais decrépitas condições por uma questão de sobrevivência pois está sozinha com o irmão.
Albie costura pequenas roupas para a fábrica de bonecas, sentindo grande empatia por Iris.
Em paralelo, Albie vende todo o animal morto que encontra ao taxidermista Silas Reed.
Silas Reed, o antagonista da história, também não teve uma infância facilitada e desde cedo se interessou pela taxidermia, acalentando o sonho de abrir uma exposição com raridades, sendo reconhecido no meio.
Contudo, na sua loja, acaba por conseguir ganhar a vida embalsamando borboletas que vende às senhoras da alta sociedade, a par de outros animais embalsamados que vende a pintores para servirem de modelos.
Candidata-se à grande exposição de arte de Hyde Park, tendo sido aceite por terem ocorrido desistências.
Louis Froust, que é um pintor pré-rafealita de um meio social mais favorecido embora não abastado,  pretende que uma das suas obras que se encontra a elaborar seja destacada na grande exposição de arte de Hyde Park. A sua irmã procura uma modelo para esse quadro.
Por mero acaso Silas cruza-se com Iris e nasce uma atração que começamos a desconfiar se será por Iris apresentar uma deformação física.
Entretanto, Iris aceita posar como modelo para Louis, na expetativa de se libertar da condição em que vivia recebendo em troca aulas de pintura para desenvolver a sua aptidão.
À medida que a narrativa prossegue percebemos os verdadeiros contornos da história e as motivações das personagens.
Vamos juntando as peças de um puzzle.
Uma história sobre as agruras da vida de quem nada tem, sobre a inexistência de degraus sociais, sobre sonhos, expetativas, confiança e entreajuda, ostracismo, obsessões, os limites, sobrevivência, em última instância sobre a liberdade, tudo com uma dose de muito suspense, romance e crime à mistura.
Conseguirá  Iris prosseguir com a pintura e com os seus sonhos?
Conseguirá a ave a quem foram cortadas as penas, escapar e voar da gaiola?
Será a liberdade apenas um flash, uma imagem retida num quadro?
Uma história surpreendente, com um forte desenvolvimento emocional e psicológico, que valerá a pena reler!
A capa maravilhosa retém todos os elementos da história.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789898917973
Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 228 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Uma história inebriante sobre uma mulher que sonha ser artista e o homem cuja obsessão pode destruir o mundo dela para sempre.
Londres, 1850. O edifício que albergará a Grande Exposição está a ser construído em Hyde Park. No meio da multidão que ali se junta, duas pessoas encontram-se por mero acaso. Para Iris, uma aspirante a artista, aquele é apenas um encontro efémero, esquecido passados poucos segundos. Mas para Silas, um colecionador fascinado por coisas estranhas, aquele momento marca um novo começo…
Quando Iris é convidada a posar como modelo para Louis Frost, um pintor pré-rafaelita, ela aceita, com a condição de que Louis também a ensine a pintar. De súbito, o mundo de Iris transforma-se numa experiência dominada pelo amor e pela arte, indo além de tudo aquilo com que sempre sonhou.
Só que o mundo de Iris pode ruir a qualquer momento, pois Silas só consegue pensar numa coisa desde o primeiro encontro de ambos. E a sua obsessão torna-se cada vez mais sombria…

SOBRE A AUTORA:
Elizabeth Macneal nasceu na Escócia e mora atualmente em Londres. Estudou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford e, em 2017, completou o mestrado em Escrita Criativa na Universidade de East Anglia, onde recebeu a bolsa Malcolm Bradbury.
Além de escrever, Elizabeth faz peças de cerâmica num pequeno estúdio ao fundo do seu jardim, às quais se dedica tão profundamente quanto à escrita.
A Fábrica de Bonecas é o seu primeiro romance e foi um verdadeiro êxito internacional, tendo sido traduzido para 28 línguas. Venceu o Caledonia Novel Award de 2018 e os direitos para televisão já foram adquiridos pela produtora Buccaneer Media. Saiba mais sobre a autora: www.elizabethmacneal.com

NEGRO COMO O MAR, DE MARY HIGGINS CLARK, PELA BERTRAND EDITORA

De regresso a este espaço para registar uma leitura de Maio desde ano: Negro como o Mar de Mary Higgins Clark, uma edição de Março de 2019 pela Bertrand Editora.
Não me recordo de já ter lido outros livros da autora, penso que este foi o primeiro.
Esta autora já editou em Portugal mais de 20 livros. Fiquei muito curiosa para ler outros livros da autora.
Negro como o Mar trata-se de uma história de ficção que se desenrola ao longo de 6 capítulos que correspondem a seis dias da viagem inaugural de um cruzeiro de luxo, com capacidade para 100 passageiros, que parte do rio Hudson nos EUA, sendo a primeira paragem Southampton em Inglaterra. 
Durante esses dias ocorre um possível assassinato e o eventual desaparecimento de outro passageiro.
A narrativa encontra-se na terceira pessoa e cada capítulo descreve a vivência de cada personagem naquele dia.
Vamos percebendo, à medida que os dias passam, o perfil das personagens, as suas motivações e desconfianças, personalidade e modo de estar de cada um.
A história prende-nos pela expetativa. 
As reviravoltas tornam a leitura entusiasmante para percebermos o desfecho.
Os personagens centrais da história são os seguintes:
- Gregory Morisson é o proprietário do navio de cruzeiro.
- Alvrah e Willy Meehan ganharam a lotaria e comemoram com esta viagem o 45º aniversário de casamento.
- Ted Cavanaught, com 34 anos, advogado filho do embaixador do Egipto e Londres, dedica-se à recuperação de artefactos roubados nos países de origem.
- o professor Henry Long Worth, com cerca de 60 anos, foi convidado a embarcar como orador, especialista na obra de Shakespere.
- Celia Kilbride, com cerca de 28 anos, também foi convidada como oradora gemóloga, para abordar a história de jóias famosas ao longo dos tempos.
Célia está envolvida num processo em que é injustamente acusada de participar com o seu ex-namorado, Steven, num esquema fraudulento de investimento num fundo de risco.
- Anna Demille, 56 anos, divorciada, ganhou a viagem numa rifa e tinha a expetativa de encontrar um potencial companheiro.
- Lady Emily Haywood, ocotogenária, com uma fortuna considerável, tencionava estrear no cruzeiro o lendário colar de esmeraldas de Cleópatra e viaja acompanhada de convidados.
Os convidados de Lady Emily são Brenda Martin (a sua assistente pessoal ao longo de cerca de 20 anos) e Roger Pearson, advogado (gestor de investimentos e executor de património) e a sua esposa Yvonne.
- Devon Michaelson, na casa dos 60, embarcou como agente infiltrado da Interpol, uma vez que a companhia do cruzeiro havia sido avisada, através de um email anónimo, de que o famoso ladrão de artefactos internacional, conhecido como o homem das mil caras, teria intenção de embarcar e apropriar-se do famoso colar de Cleópatra.
Ao longo da história vamos conhecendo melhor os antecedentes das personagens. 
Vamos também mergulhando na vida a bordo e nas interacções entre personagens.
O que esta narrativa tem de interessante são as inúmeras possibilidades que ficam em aberto tornando a história imprevisível através de inúmeras reviravoltas que tornam o desfecho uma surpresa.
Além disso, a história não se esgota no suspense pois desenvolvem-se em paralelo os destinos das diferentes personagens.
Quem será assasinado?
Quem será o assassino?
Ou serão vários?
Apreciei esta leitura e fiquei curiosa, tal como já tinha referido anteriormente, por conhecer mais da autora.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789722536448
Edição ou reimpressão: 03-2019
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 233 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 272
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
O cruzeiro prometia ser sublime. Mas logo depois de levantar a âncora, o luxuoso Queen Charlotte torna-se o palco de um misterioso assassínio: o de Lady Em, uma rica octogenária. O seu inestimável colar de esmeraldas, que supostamente pertenceu a Cleópatra, desapareceu...
O culpado está, sem dúvida, a bordo. Mas quem é? O seu contabilista aparentemente dedicado? O jovem advogado que queria persuadir Lady Em a devolver o colar ao Egito, enquanto seu legítimo proprietário? Ou Celia Kilbride, a gemóloga que se relacionou com a velha senhora?
A lista de suspeitos cresce enquanto o Queen Charlotte rasga as ondas e o cruzeiro se transforma em drama. 
Preparemo-nos para embarcar num cruzeiro comandado por uma surpreendente Mary Higgins Clark e do qual é possível não regressar.

SOBRE A AUTORA:
Mary Higgins Clark é autora de mais de trinta romances que obtiveram um êxito assinalável, tendo vendido mais de 150 milhões de exemplares dos seus livros em todo o mundo.
Foi secretária e hospedeira, mas depois de se casar dedicou-se à escrita. Com a morte prematura do marido, que a deixou com cinco filhos pequenos, a autora investiu na escrita de guiões para rádio e depois nos romances. Rapidamente se tornou um dos grandes nomes da literatura de suspense, conquistando os tops de vendas, a crítica e os fãs.
Foi eleita Grand Master dos Edgar Awards 2000 pela Mystery Writers of America, que também lançou um prémio anual com o seu nome.
Já foi presidente da Mystery Writers of America, bem como do International Crime Congress.


domingo, 1 de setembro de 2019

SILÊNCIO DE GELO, DE RAGNAR JÓNASSON, PELA TOPSELLER

De regresso ao mundo dos livros, desta vez uma leitura de agosto de um policial nórdico, Silêncio de Gelo, de Ragnar Jónasson, uma edição da Topseller de Setembro de 2018.
Este livro é o 4º de uma série em que a personagem Ari Thor Arason, um jovem agente de polícia de Siglufjordur procura desvendar os casos que vão surgindo durante a quarentena da vila, devido a um vírus mortal.
Os livros que o precedem são: neve cega, noite cega e nuvem de cinzas.
Escolhi este livro para ler sem ter a noção de que se tratava de um livro de uma série, mas é possível efetuar esta leitura sem as precedentes uma vez que se trata de uma narrativa isolada, uma nova aventura, embora o personagem central seja o mesmo.
Apesar de tudo, acredito que será possível ter uma melhor percepção da evolução da personagem Ari Thor através da leitura da série.
Este livro transporta-nos para o norte da Islândia, junto ao círculo polar ártico, revestindo-se de interesse, dado que nos permite ter a noção de quão diferente é a natureza daquelas paragens, bem como o contexto e economia locais.
Sendo apreciadora de uma boa história de suspense com pistas, não poderia ter deixado de apreciar esta leitura uma vez que a cada página vamos juntando as peças de um puzzle, passando tudo a fazer sentido, tendo a história a capacidade de nos surpreender, o que é francamente positivo.
Fiquei mesmo muito curiosa para ler os outros livros da série.
Parece que os direitos televisivos da série já terão sido negociados.
Foi entretanto publicado um outro livro do autor, a Escuridão, que inicia uma nova série que também se passa nos fiordes isolados nas terras altas da Islândia, em que a personagem principal será a inspetora Hulda da polícia de Reiquavique (situada geograficamente mais a sul em relação à série anterior), que se encontra prestes a reformar-se.
A narrativa deste livro, Silêncio de Gelo, encontra-se desenvolvida ao longo de 282 páginas distribuídas ao longo de 50 capítulos, sendo que cada capítulo aborda na terceira pessoa e de forma alternada, o dia a dia de cada uma das personagens.
Com o avançar da narrativa é que vamos percebendo os pontos de contacto entre a história de cada personagem e os mistérios:
- o rapto do filho de Summa, companheira de Robert;
- o misterioso atropelamento de Snorri Ellertsson que endireitava a vida através da promessa de edição do seu album musical;
- Héddin, filho de um dos dois casais que nos anos 50 se mudaram um fiorde isolado, procura Ari Thor para investigar as circunstâncias em que a sua tia terá falecido;
- Emil um jovem bancário, iniciou a sua vida em comum com a namorada Bylgja, que se encontra grávida. Numa noite, inesperadamente, Bylgja  é agredida, ficando em coma e acabando por falecer muitos meses depois.
Ari Thor o jovem polícia, é auxiliado por Isrun, que é jornalista, na investigação destes casos, sendo-nos revelados em paralelo aspetos das suas vidas pessoais.
Uma leitura desafiante que nos faz virar cada página procurando mais pistas para o desvendar dos casos, sendo que o autor nos consegue surpreender com o caminho que a história toma e com as inesperadas ligações entre personagens.
Um livro sobre paternidade, perdas, abusos psicológicos, recomeços, mostrando-nos ainda alguns meandros de contornos políticos e sociais e as suas consequências nos comportamentos e vida das personagens.
Já leram outros livros deste autor?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789898917256
Edição ou reimpressão: 06-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 288
Tipo de Produto: Livro
Coleção: Dark Iceland
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Em 1955, dois jovens casais mudam-se para o fiorde desabitado e isolado de Hedinsfjördur, na Islândia. A sua estadia termina quando uma das mulheres morre de forma misteriosa. O caso nunca é resolvido. Cinquenta anos mais tarde, surge uma fotografia antiga que mostra que, afinal, os dois casais não se encontravam sozinhos no fiorde.
Em Siglufjördur, uma pequena cidade próxima, o jovem polícia Ari Thór tenta perceber o que realmente aconteceu naquela noite fatídica, após ter sido procurado por um familiar da vítima. Numa altura em que a cidade se encontra de quarentena devido a um vírus mortal, Ari conta apenas com a ajuda de Ísrún, uma jornalista de Reiquiavique, para desvendar o caso. Porém, Ísrún encontra-se também a investigar um outro caso sinistro, que envolve o rapto de um bebé e o atropelamento mortal do filho de um ex-político.
Conseguirão eles resolver dois casos que só encontram explicação num passado mergulhado no silêncio?



SOBRE O AUTOR:
Ragnar Jónasson nasceu na Islândia e é um autor bestseller internacional publicado em 21 línguas espalhadas por 30 países, com amplo sucesso junto da crítica e dos seus pares. Trabalhou em televisão e em rádio, inclusive como jornalista da Radiotelevisão Nacional da Islândia. Atualmente, trabalha como banqueiro de investimentos e é professor na Faculdade de Direito da Universidade de Reiquiavique.
Autor em ascensão na literatura policial internacional, Jónasson traduziu 14 livros de Agatha Christie para islandês e viu já vários dos seus contos serem publicados em revistas literárias alemãs, inglesas e islandesas.
Saiba mais sobre o autor em: www.ragnarjonasson.com

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

ALTA MAR, SÉRIE DA SEMANA

De volta a este espaço para registar uma série fantástica do meu ponto de vista, que aprecio histórias com muito suspense e mistério associadas a recriações históricas e muitas surpresas ou reviravoltas.
Esta série reúne todos esses ingredientes com romance à mistura.
A série passa-se nos anos 40 do século passado (1947) a bordo de um dos cruzeiros que efetuavam na época a ligação entre Espanha e a América do Sul.
Considero que só pelo figurino que é absolutamente fabuloso e pela fotografia, vale muito a pena assistir.
Além disso, a história é muito rica, cheia de suspense e sucessivas surpresas, do gênero das histórias de Agatha Cristhie.
Foi mesmo desafiante assistir pois a partir de determinada altura todas as personagens parecem susceptíveis de serem suspeitas.
A primeira temporada tem oito episódios com cerca de 40 minutos cada, a que se assiste com o maior interesse para tentar perceber o curso dos acontecimentos.
Duas irmãs, herdeiras de um império por morte do seu pai, acolhem na bagagem uma jovem que pede proteção para evitar ser assassinada por não querer casar contra a vontade. Passado algum tempo, um passageiro clandestino cai ao mar e apartir daí tudo se despoleta numa vertigem de acontecimentos a cada episódio.
Uma série sobre os dias do holocausto, o contexto que Espanha vivenciava nessa época, sobre relações familiares e servis, sobre lealdade, sonhos, expetativas, paixões, desilusões, perdas, recomeços e redenção.
Assistam ao trailer e digam lá se não promete.
Já assistiram à série?
Apreciam este tipo de série?
Que outras recomendam?
Eu fiquei agradavelmente surpreendida com a primeira temporada.
O último episódio é tão surpreendente que perspectiva uma segunda temporada com mais meistérios por resolver!

SINOPSE:
Duas irmãs descobrem segredos familiares perturbadores depois de uma série de mortes misteriosas em uma viagem do navio Bárbara de Braganza entre a Espanha e o Brasil nos anos 40.
Alta Mar (em
português, Alto Mar) é uma série de televisão hispânica do gênero mistério-drama.
É a quarta série em espanhol original Netflix e a sua estreia ocorreu no dia 24 de maio de 2019.
No dia 28 de maio de 2019 a série foi renovada pela Netflix para uma segunda temporada. Nela serão incluídos mais quatro personagens que serão interpretados por Claudia Traisac, Chiqui Delgado, Antonio Reyes e Pepe Barroso.
 

sexta-feira, 7 de junho de 2019

SAMITÉRIO DE ANIMAIS POR STEPHEN KING, BERTRAND EDITORA

A minha última leitura foi o livro escrito por Stephen King em 1983 e que  só agora foi traduzido para português por Rosa Amorim, editado em Abril de 2019 pela Bertrand Editora.
Decidi ler o livro antes de ver o filme mais recente da Paramount Pictures ou a versão mais antiga.
Fiquei mesmo com vontade de assistir ao filme e já espreitei o trailer que parece ter algumas pequenas adaptações em relação ao livro, mas parece estar recheado de suspense.
O livro encontra-se dividido em 3 partes: samitério de animais, o cemitério Micmac, Oz o glande e telível e epílogo
A primeira parte muito descontraída, a segunda parte já nos prende mais a atenção pelo suspense e as últimas 100 páginas devoram-se para perceber o desfecho da história.
O livro encontra-se escrito na 3ª pessoa, a voz do narrador que ao longo da história nos descreve os acontecimentos e os pensamentos dos personagens, bem como alguns insights do que sucederá com as personagens no futuro do curso da história.
Esta história centra-se num lugar,  digamos que uma outra espécie de personagem, que parece ganhar vontade e influência próprias atraindo e influenciando com grande magnetismo, sendo que o que parece que se ganha acaba por não ser mais que uma troca perigosa, com o seu preço.
Esse lugar, que pertencera aos índios Micmac, encontra-se nos limites dos terrenos florestais da casa para a qual se muda o médico Louis com cerca de 35 anos, a sua esposa Rachel e os seus dois filhos Ellie com 5 anos, Gage com meses e Church o gato de Ellie. O casal muda-se de Chicago para o Maine para um ambiente rural, pacato, rodeado de natureza, apesar de na frente da linda casa branca de Ludlow passar uma rodovia bastante movimentada, uma importante via de acesso da região.
Louis inicia funções como médico assistente numa Universidade. Rachel fica por casa gerindo a logística dos filhos. Os vizinhos da frente, Jud na casa dos 80 e a sua esposa Norma são simpáticos, sendo que Louis e Jud desenvolvem grande afinidade.
Percebemos que Louis cortou relações com os sogros que contrariaram o seu casamento e Rachel tem um forte trauma de infância com a sua irmã mais velha dois anos que não sobreviveu a uma meningite medular.
Jud coloca o casal a par de um cemitério de animais de estimação, o samitério de animais, que as crianças assim escreveram na placa, utilizado ao longo de décadas pelas crianças do lugar para sepultar os seus animais de estimação. Avisa que a continuidade dos terrenos florestais e pantanosos cruza-se com antigas possessões de terrenos índias, perigosos por poder ser fácil alguém perder-se e também associadas a antigas lendas índias, onde se situa um cemitério índio.
Percebemos que muitas pessoas do lugar Ludlow, encontram-se ligadas ao samitério de animais e terrenos contíguos.
Três circunstâncias acontecem, duas na família de Louis.
Serão fruto do acaso?
A primeira, com um estudante Pascow que morre atropelado nos braços no médico e que o avisa para não trasnpor o terreno do samitério de animais.
A segunda associada ao atropelamento do gato Church, sendo que Louis decide enterrá-lo no samitério de animais, embora Jud lhe mostre outro lugar, o antigo cemitério Micmac, que poucos conhecem o caminho.
Louis não tem coragem de contar à filha Ellie, só que Church regressa malcheiroso, com uns olhos estranhos e comportamento diferente. Church regressou à vida mas na verdade não era ele.
Uma fatalidade acontece com Gage também na estrada e Louis vê-se a braços com a tentação de procurar o impossível.
O que terá sucedido?
Louis terá sido sensato?
Ou o lugar e a casa terão manipulado a história?
Uma história de fantasia, onde vamos juntando as peças de um puzzle, com muito suspense e adrenalina à mistura.
Já leram o livro ou assistiram ao filme? 



ISBN: 9789722537728
Edição ou reimpressão: 04-2019
Editor: Bertrand Editora
Dimensões: 152 x 234 x 31 mm                                                   
Encadernação: Capa mole 
Páginas: 464T
Tipo de Produto: Livro                                                   
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Louis Creed, jovem médico de Chicago, acredita que encontrou o seu lugar naquela pequena cidade do Maine. Uma boa casa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos. Num dos primeiros passeios para explorar a região, descobre um cemitério de animais de estimação no bosque próximo da sua casa, ao qual se vê obrigado a recorrer depois de o seu gato ter sido morto por um camião num trágico acidente. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram os seus animais de estimação.
Para além dos pequenos túmulos, onde uma caligrafia infantil regista o primeiro contato com a morte, há um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai as pessoas com promessas sedutoras. Um universo dominado por forças estranhas, capazes de tornar realidade o que sempre pareceu impossível.
A princípio, Louis diverte-se com as histórias fantasmagóricas de Crandall, o vizinho de 80 anos. No entanto, aos poucos, começa a perceber que o poder da sua ciência tem limites.


SOBRE O AUTOR:
Romancista norte-americano, Stephen King nasceu em 1947 em Portland, no Maine. Deu início aos seus estudos secundários na Lisbon Falls High School, onde começou a escrever contos, ao mesmo tempo que fazia parte de um grupo amador de rock. No ano de 1960, Stephen King submeteu o seu primeiro manuscrito para publicação, o qual seria rejeitado. Entretanto, editava o jornal do liceu, The Drum, e escrevia para o jornal local, o Lisbon Weekly Enterprise. Publicou o seu primeiro conto, In a Half-World of Terror, num fanzine de terror.
Em 1970, licenciou-se pela Universidade do Maine e, de 1971 a 1974, Stephen King deu aulas numa escola secundária, até ter publicado o seu primeiro romance, Carrie (1974), a história de uma rapariga com poderes telecinéticos. Atirou as primeiras páginas do trabalho ao lixo, mas foram resgatadas pela esposa, que o encorajou a continuar. A obra não teve senão um sucesso modesto, mas, depois da sua adaptação ao cinema e com a publicação do romance A Hora do Vampiro (1976), Stephen King conseguiu afirmar-se como um importante escritor.

sábado, 6 de abril de 2019

ENTRE AS MENTIRAS, DE MICHELLE ADAMS, DA PLANETA

Mais uma semana, mais uma leitura, desta vez de um livro de suspense, um triller psicológico, o livro Entre as Mentiras, o segundo livro da escritora inglesa que vive no Chipre, Michele Adams, editado em Fevereiro de 2019 pela Planeta.
A história está contada na primeira voz da personagem principal Chloe que teve um acidente e acorda sem memória do que se passou.
De capítulos em capítulos, surgem enigmáticas mensagens na voz  do misterioso antagonista da história que nos vão revelando a densidade da história e dos acontecimentos que culminaram com o acidente.
No final da historia descobrimos quem é o antagonista.
A longo do livro acompanhamos Chloe, que se sente como uma estranha na casa dos seus pais e irmã e começa a duvidar de tudo e todos devido à intuição que lhe estarão a esconder alguma coisa.
Aos poucos e com grande dificuldade começam a despertar alguns flashes de memória e vamos percebendo que a história de Chloe é tudo menos linear e pode esconder factos gravíssimos.
Começa por duvidar da terapia que o pai, médico, lhe está a aplicar e que não parece surtir frutos relativamente à recuperação da memória.
Começa também a descobrir que o relacionamento dos seus pais nunca foi perfeito, que na adolescência o namoro era um escape para essa gerir situação.
Foi casada e teve um filho.
O filho terá morrido no acidente.
Existiria uma terceira pessoa envolvida.
É lhe transmitido que o marido faleceu também.
O personagem que parece amigo afinal poderá não ser quem parece.
Vislumbramos a forma como Chloe gere psicologicamente uma situação extraordinariamente complexa  e desconcertante.
Uma leitura leve, que nos prende pela expectativa de descobrimos com Chloe a verdade dos acontecimentos e as verdadeiras motivações das outras personagens.
Releria este livro.
Já leram? Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789897771422
Edição ou reimpressão: 03-2019
Editor: Editorial Planeta
Idioma: Português
Dimensões: 153 x 233 x 20 mm
Encadernação: Capa mole 
Páginas: 280
Tipo de Produto: Livro Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Chloe Daniels tem um grave acidente e desperta do coma no hospital.
Um dos problemas com que se depara é não se lembra de quem é e porque está no hospital, além disso não sabe quem são os estranhos que insistem que são a família.
Sendo o pai psiquiatra, propõe-se a ajudar Chloe a recuperar as memórias, mas ela sente instintivamente que os pormenores que os pais e a irmã lhe contam não são a verdade.
Chloe sente que ocultam segredos obscuros e, determinada em descobrir tudo, vai fazendo a sua investigação, só não sabe que quando a verdade for revelada terá consequências devastadoras.
A verdade está escondida entre as mentiras.
O que faria se acordasse e não soubesse quem era?
E se o seu passado permanecesse um mistério?
«Olhos abertos, arregalados. Não é um despertar contínuo, não há qualquer pausa suave entre o sonho e a realidade. É rápido, como o arrancar de um penso, o golpe afiado de uma faca. Estou sem fôlego e suada. Memórias do sonho dissipam-se à medida que olho em redor, fazendo um esforço consciente por me lembrar de onde estou. Que estou segura. Que estou viva.
Viro-me, arranco a cara à almofada e sento-me na cama; o único som é o de uma chuva delicada a embater na janela. Esfrego os olhos e oiço uma porta a abrir-se e fechar-se. Passos nas escadas, o zunzum de vozes na cozinha.
Uma família.
Dizem-me que me chamo Chloe.»


SOBRE A AUTORA:
Michelle Adams cresceu em Inglaterra e agora vive no Chipre, onde trabalha em part-time como cientista. Leu um dos romances de Stephen King quando era muito nova e ficou viciada em suspense desde então. Depois de publicar Se Conhecessem a Minha Irmã, publicou um novo livro, Entre as Mentiras.