setembro 2019 - Dicas da Lu

domingo, 29 de setembro de 2019

O SENHOR DOUBLER E A ARTE DE CULTIVAR BATATAS, DE SENI GLAISTER, PELA HARPER COLLINS

Uma leitura de Julho que ainda não tinha deixado o registo neste meu cantinho, o Senhor Doubler e a arte de cultivar batatas, de Seni Glaister, uma edição de Maio de 2019 pela Harper Collins.
A história desenrola-se ao longo de 382 páginas e 39 capítulos, numa sequência cronológica.
Trata-se de uma história sobre resiliência, expetativas, o poder da amizade, a complexidade das relações familiares, a solidão muitas vezes voluntária e o sentido de legado e como a percepção deste pode variar de pessoa para pessoa.
Aborda também a perda e as suas consequências, bem como a redenção.
A leitura flui, transmitindo-nos boa disposição, apesar de alguns acontecimentos menos agradáveis.
A narrativa é na 3ª pessoa , descrevendo os pensamentos e vivências do senhor Doubler, que é a personagem central da história, proprietário de uma quinta, Mithfarm.
A quinta Mithfarm situa-se no sopé de uma colina, sendo o senhor Doubler o maior produtor de batatas do condado, dedicando o seu tempo a apurar técnicas que tornem as suas batatas mais resistentes a pragas.
Percebemos que o senhor Doubler vive sozinho na quinta e que perdeu a sua esposa.
As circunstâncias em que perdeu a esposa permanecem um mistério quase até o final da história.
Camilla e o seu irmão Julian, bem como os seus filhos, netos do senhor Doubler, visitam-no no primeiro domingo de cada mês.
Camilla faz questão em reunir a família nesse convívio mensal. Já Julian, ambicioso e com uma carreira de sucesso associa Mithfarm apenas à sua infância, sentindo uma ambivalência em relação às visitas ao pai e á quinta, distanciados do contexto social em que vive.
Percebemos que o Senhor Doubler terá entrado num 'precipício' após a perda da esposa , tendo optado por uma espécie de isolamento voluntário, convivendo praticamente com a sua empregada de limpeza , a senhor Millwood.
Muito dedicado às suas experiências com as batatas e até á produção de gin de alta qualidade, que mantém em segredo e lhe serve de moeda de troca com os fornecedores de víveres, Doubler aprecia estar sozinho , mas ocultava-o até aos próprios filhos para evitar críticas ou que estes interviessem, afastando-o da própria quinta.
Peele, o maior produtor de batatas do condado cujas terras rodeiam Mithfarm, efetua várias tentativas e propostas para adquirir a quinta, mas o senhor Doubler não está interessado em ceder.
Julian também procura persuadir o pai a ceder, mas sem sucesso.
Quando inesperadamente a senhora Millwood adoece e é hospitalizada, o isolamento do senhor Doubler começa a sofrer um revés.
Midge, advogada e filha da senhora Milwood, passa a visitar o senhor Doubler, auxiliando-o nas tarefas domésticas e contribuindo para a interação social do senhor Doubler.
As conversas telefónicas diárias com a senhora Millwood são um momento do dia que animam o senhor Doubler, sendo o lugar de voluntariado da senhora Millwood numa protetora de animais, a pedido foi transmitido para o reticente senhor Doubler.
Esta tarefa de voluntariado aproxima o senhor Doubler dos outros personagens da história e percebemos como a entreajuda passa a ser transformadora na vida de todos.
O coronel Maxwell, casado, que vive uma crise de autoridade na reforma, gere a protetora de animais com um punho de ferro.
A senhora Mitchell, pelas suas tentavas de furtar da protetora de animais o burro Percy, é vista como uma louca e cruel para com os animais. Contudo, ao longo da história compreendemos o motivo da sua atuação, tendo o senhor doubler desempenhado um papel crucial para que passasse a ser compreendida e integrada socialmente.
A senhora Olive, a dona da quinta Grovefarm, doou parte das terras onde está instalada a protetora de animais e vive muito isolada na casa da quinta, tendo também o senhor Doubler contribuído para alterar essa circunstância.
A partilha de experiências de vida permitiu que estes personagens encontrassem uma paz interior relativizando cada uma das suas histórias e passado, procurando vislumbrar o mais positivo que têm face aos revezes da vida.
E o senhor Doubler descobre que está apaixonado pela senhor Millwood.
Será que esta recupera?
Terá o Instituto de I&D da batata do norte da Índia reconhecido e certificado as experiências do senhor Doubler?
Já leram?
Qual a vossa opinião sobre este livro?



ISBN: 9788491394013

Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: HARPER COLLINS
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 228 x 22 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Cozidas, em puré, assadas ou fritas, o senhor Doubler sabe tudo sobre as suas batatas, mas o mesmo não se pode dizer sobre as pessoas.
Uma história meiga e emotiva.
As suas personagens fazem da leitura deste romance uma autêntica delícia.

SOBRE A AUTORA:
Seni Glaister mora numa quinta em West Sussex e trabalhou numa livraria durante grande parte da sua carreira profissional, antes de fundar a plataforma gastronómica WeFiFo (We Find Food), em 2016.
O seu primeiro livro, “The Museum of Things Left Behind”, foi publicado em 2015.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

MARIZA, MELHOR DE MIM


Hoje, a semente que dorme na terra
E se esconde no escuro que encerra
Amanhã nascerá uma flor

Ainda que a esperança da luz
Seja escassa
A chuva que molha e passa
Vai trazer numa gota amor

Também eu estou
À espera da luz
Deixo-me aqui
Onde a sombra seduz

Também eu estou
À espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará

É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!

É a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar

Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar

Quebro as algemas neste meu lamento
Se renasço a cada momento
Meu o destino na vida é maior

Também eu vou
Em busca da luz
Saio daqui
Onde a sombra seduz

Também eu estou
À espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará

É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!

É a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar

Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre nos iluminar

Sei que o melhor de mim
Está para chegar
Sei que o melhor de mim
Está por chegar
Sei que o melhor de mim
Está para chegar

JOGO PARALELO, NOVO LIVRO DE FERNANDO BARRAL, ACABOU DE SER LANÇADO PELA CHIADO BOOKS

Mais uma novidade bem fresquinha deste mês de Setembro no mundo editorial, o novo livro 'Jogo Paralelo' do autor Fernando Barral com a chancela da Chiado Books!
Uma obra que promete abrir reflexões sobre o sentido da vida, um livro a não perder.



Retratar uma geração nascida no Rio de Janeiro dos tempos de liberdade e estupor com a vida é premissa do novo livro de Fernando Barral. 
Publicado pela Chiado Books, em Portugal e no Brasil, “Jogo Paralelo” é a terceira obra do autor. 
A partir da óptica singular do escritor, traduzida em palavras, o leitor é apresentado aos amigos Léo, Múcio e Michelangelo, que vivem a indagar sobe a realidade e a existência, até que acabam se vendo como parte de um estranho agrupamento, o Clube 99.
Encontros, desencontros, reminiscências e pessoas que buscam encontrar a si mesmas também fazem parte da trama. 
Rumos e acertos, fascínios e formações envolvem-se com uma juventude lúcida, mas um tanto sem rumo, tal qual parece ser o próprio país.
O leitor pode esperar uma visão inédita, existencial da vida. Ela transcende o Rio de Janeiro e nos oferece uma realidade alternativa e venturosa. Mexerá certamente com os apetites do leitor e a postura com que observa o desvelar da vida. É uma ficção e extrapola vestígios de pensamento, daqui e dali, que são vibrantes, corajosos e honestos. É um alô para o homem de amanhã — destaca o autor.

Autor: Fernando Barral
Data de publicação: Setembro de 2019
Número de páginas: 120
ISBN: 978-989-52-6428-5
Colecção: Viagens na Ficção
Idioma: PT

SINOPSE:
Jogo Paralelo é um livro sobre encontros e desencontros, sobre reminiscências e sobre uma geração carioca e universal que busca se encontrar. 
Aponta rumos e acertos, fascínios e formações – sempre irmanada a uma juventude lúcida mas um tanto sem rumo, como sem rumo parece ser o país. Nessa canoa furada vão os nossos amigos Léo, Múcio e Michelangelo, sempre indagando aos quatro ventos sobre a Realidade e a Existência. Nessa toada, descobrem-se pertencentes a um estranho clube – com estranhas regras.

SOBRE O AUTOR:
Escoltado no sonho e na realidade, Fernando parece chegar a uma maturidade intelectual inquestionável. 
Seu assunto é a vida e a filosofia, engajando-se em reflexões, divagações e inquietações de modo bastante original. 
Mora há cinco anos em Cascais. 
Dizem os colegas que eu não sou mais o que parecia. 
Muito bem, sou um Cidadão do Mundo, agora, e a realidade é tudo o que aparece. 
Tem outros dois livros: “Ar Sujo” e “O Rei da Montanha”.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A PRINCESA DO ÍNDICO, DE PEDRO INOCÊNCIO, PELA CHIADO BOOKS

Mais um tempo passado à volta dos livros, desta vez do ebook gentilmente cedido pela Chiado Books, A princesa do Índico, de Pedro Inocêncio, uma edição de Agosto de 2019 com a chancela da Chiado Books.
A história encontra-se narrada na terceira pessoa  e está repleta de diálogos ao longo das 660 páginas e 82 capítulos. A itálico vamos encontrando os pensamentos de alguns personagens.
Apesar da dimensão do livro a leitura é fluída e a história prende-nos página após página pela expetativa dos acontecimentos.
O autor envolve-nos na história de uma forma extraordinária pelas emoções intensas que confere aos personagens bem como pela profunda reflexão que nos conduz acerca de valores e do mundo que nos rodeia.
A par de uma denúncia ao poder, ao lucro e às injustiças que daí decorrem, abre uma porta para a possibilidade de escolha individual e de sentido de justiça, ainda que pareçam utópicos.
Será que num mundo orientado para o lucro à custa da sobre-exploração dos recursos, incluindo os recursos humanos, será possível acreditar num ideal de justiça e de respeito para com os direitos fundamentais do ser humano? Será ainda possível reparar o passado? Abre-se ainda uma reflexão sobre os mecanismos inerentes ao contexto para a adesão a correntes terroristas e a sua ligação com a vertente muçulmana.
Tudo começa com um atentado à bomba com contornos terroristas nas cerimónias do 25 de Abril de 2024 na Assembleia da República.
Do capítulo 1ª ao 7ª é nos apresentado o personagem principal Pedro Tomás da Costa e o seu pai Tomás da Costa, um dos antagonistas da história , os acontecimentos do dia do atentado e o contexto no ãmbito do qual Pedro testemunha o atentado.
A partir do 8º capítulo até o 31º somos transportados para o arquipélago situado no oceano índico, as Maldivas, 2 anos antes do atentado, onde Pedro acompanha o pai numa viagem a pedido deste.
Ficamos a perceber que existe um acordo entre o empresário Tomás da costa e o presidente das Maldivas Nadim Muslim (outro antagonista da história) para a instalação de uma fábrica do multimilionário português numa das ilhas daquele arquipélago tirando partido da mão de obra barata.
Ficamos com a percepção de tudo o que separa o seu filho e António da Costa, self-made-man, determinado, ambicioso e calculista.
Pedro fica chocado com o contexto operacional da fábrica e numa visita às instalações conhece a trabalhadora fabril muçulmana Bahira Kadeen (a outra protagonista da história) e os seus dois irmãos Nasim e Abdul.
Entre ambos começa a desenhar-se uma profunda atração, sendo que Pedro manifesta um profundo desagrado e revolta com as condições que os trabalhadores da unidade fabril experimentam sob o jugo do seu primo Luis da Costa (outro antagonista da história).
Dos capítulos 32º ao 34º somos confrontados com acontecimentos avassaladores nas instalações fabris das Maldivas quando Pedro e o seu pai já se encontram em Portugal.
Nos capítulos 35º 3 36º os acontecimentos sofrem uma grande reviravolta quando Bahira e Nasim começam a trabalhar na fábrica de Palmela de António da Costa.
Nos capítulos 39º, 41º, 43º, 46º e 48º somos transportados para o Afeganistão, para o contexto de recruta e atuação do Estado Islâmico, onde Abdul irmão de Bahira acaba por se inserir, apesar dos inúmeros conflitos morais que experiencia, até que um mês antes do atentado se reencontra em Lisboa com os seus irmãos. Vamos vislumbrando também o que levou Abdul a escolher esse caminho.
A partir do 38º capítulo viajamos para Lisboa e conhecemos o dia a dia de Pedro, Bahira e Nasim, que chega a sofrer uma agressão xenófoba.
Os acontecimentos sucedem-se então a um ritmo vertiginoso até o dia do atentado no capítulo 63º.
Após o atentado os acontecimentos precipitam-se novamente com muitas voltas e reviravoltas culminando num final surpreendente que nos deixa reflexões acerca dos seguintes dizeres: 'nada acontece por acaso' e 'somos o resultado das circunstâncias em que nos encontramos'.
Uma história sobre valores, ideais, amor, medo, subjugação, manipulação, o que move os atentados e as suas vertentes complexas, sobre o clima de suspeição em relação a determinadas etnias ou religiões, sobre os dilemas interiores de cada um, sobre escolhas, no limite, sobre coragem, liberdade e o sentido da vida.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789895262632
Edição ou reimpressão: 08-2019
Editor: Chiado Books
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 25 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 660
Tipo de Produto: Livro
Coleção: Viagens na Ficção
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Um atentado bombista à Assembleia da República, em Portugal, desperta o país para a realidade do terrorismo em grande escala! Ávidas de encontrarem culpados, as autoridades mundiais apontam as suas baterias para três irmãos muçulmanos: Bahira, Abdul e Nasim.
Como pode este crime estar relacionado com o amor vivido entre Pedro Tomás da Costa, herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo, e Bahira Kadeen, uma bela muçulmana, que trabalha em regime de escravidão, numa das Fábricas da família da Costa?
Quando o magnata António Tomás da Costa decide investir nas Maldivas, convida o seu filho para o acompanhar. António construiu a sua colossal fortuna através do êxito planetário de uma bebida energética chamada Su-Cola.
Mas, a sua extraordinária visão empresarial é camuflada por uma implacável falta de caráter e crueldade impiedosa para com os seus trabalhadores. Pedro jamais poderia suspeitar que aquela viagem iria mudar a sua vida e inspirar uma Revolução!
O amor improvável entre Pedro e Bahira será a centelha de luz e inspiração vulcânica para uma mudança que se impõe no mundo!
A Princesa do Índico é um extraordinário romance, que embalará o leitor entre o quadro idílico de um oceano prateado e a imagem incómoda da escravidão em massa...

SOBRE O AUTOR:
Autor do arrebatador romance de estreia, Tudo Acontece Por Uma Razão, Pedro Inocêncio tem vindo a conquistar cada vez mais apreciadores da sua escrita vibrante e espontânea.
A sua página de autor, no Facebook, já conta com mais de 20.000 seguidores! É nessa plataforma social que publica, regularmente, excertos das suas obras, poemas, bem como outros textos originais.
Professor de Educação Física, confessa que, para além do desporto, a escrita é a sua grande paixão. O autor classifica os seus períodos de criatividade no papel como um ato de libertação das rotinas diárias e de procura pela criação de uma realidade paralela àquela que habitamos... Nos seus tempos de lazer revela-se um leitor obstinado e praticante regular de ténis.
Pedro Inocêncio conta ainda com uma significativa e engenhosa coletânea de poemas e letras para canções. Muitos desses temas foram editados em CD, por diversas bandas e artistas singulares, tendo alguns dos seus poemas sido incluídos em antologias de poesia contemporânea.
Pai de Afonso e Leonor, o autor sabe que cada momento que vive com os seus dois príncipes é único e irrepetível. E sabe também que o seu sorriso só é pleno quando usufrui da singular companhia dos seus dois filhos…

domingo, 22 de setembro de 2019

A HORA MÁGICA, DE KRISTIN HANNAH, PELA BERTRAND EDITORA

Colocando em dia neste cantinho uma leitura que efetuei em de Junho de 2019, a Hora Mágica de kristin Hanahh, publicado inicialmente em 2002 e traduzido para português em 2005, com edição em novembro de 2015 pela Bertrand Editora.
O livro tem 263 páginas divididas ao longo de 26 capítulos e 1 epílogo.
A história passa-se ao longo de um ano, de outubro a setembro.
A narrativa é na 3ª pessoa e vai descrevendo o dia a dia de cada uma das personagens, sendo que no que respeita à personagem Alice, a menina, a narrativa aparece na 1ª pessoa.
Julia Cates é uma pedopsiquiatra bem sucedida, natural da cidade de Rain Valey (situada nas terras ermas da Olimpic National Florest, junto ao Pacífico, no estado de Washington) que se vê envolvida num processo judicial relacionado com uma jovem paciente que assassina 4 crianças.
Apesar de ter sido absolvida a sua reputação profissional fica comprometida, perdendo clientes e atravessando uma fase em que efetua forçosamente um balanço da sua vida.
Ellie Gates, a irmã de Julia ficou na sua terra natal e chefia a esquadra de polícia de Rain Valey. Chegada aos 40 anos e após dois divórcios, também se encontra numa fase de balanço da sua vida pessoal.
Percebemos que Ellie e Julia, apesar de irmãs, nunca tiveram uma relação muito próxima, sendo que Julia sempre se sentiu uma espécie de carta fora do baralho na família.
Penelope Nutter trabalha na esquadra e é amiga de Ellie desde os tempos de liceu, está determinada em encontrar uma companhia para Ellie e Call.
Call, pai de 2 meninas, atravessa uma fase em que a esposa o deixou e é telefonista na esquadra de Rain Valey.
Max Cerrasin é médico no hospital de Rain Valey, tendo-se mudado há cerca de 6 anos para se procurar afastar de uma perda familiar. reside numa propriedade nos arredores da cidade em frente a um lago. Tem fama de namoradeiro incorrigível.
Quando a pequena Alice foi encontrada, foi Max quem a examinou, tendo ficado ligado ao caso.
Alice é um menina com cerca de 6 anos que apareceu desorientada, desidratada e desnutrida, acompanhada por uma cria de lobo, aparentemente à procura de comida, tendo-se refugiado nos ramos de uma árvore no centro da cidade.
Ellie é alertada pela população e encarrega-se de resgatar a pequena Alice, levá-la ao hospital devido ao estado em que a pequena se encontra. A cria de lobo é enviada para o parque natural.
Apercebemo-nos no início da história Alice terá estado numa caverna, aterrorizada com 'Ele' e já há muitos dias sem comida. Alice também refere uma 'Ela' que só mais tarde percebemos.
Como Alice permanece aterrorizada, não fala nem articula qualquer diálogo, aparentemente não tem a noção como se utilizam talheres ou se efetua a higiene pessoal, é solicitada a presença de uma psiquiatra.
Face à disponibilidade da irmã, Ellie solicita a presença de Julia, que sem clientes, decide deslocar-se para Rain Valey.
Julia vê-se a braços com uma situação muito difícil, sendo que Alice apresenta características de uma criança selvagem criada desde bebé longe da civilização, o que realmente terá acontecido, enquanto esteve sequestrada ou perdida, as duas hipóteses mais plausíveis.
As circunstâncias em que a menina foi encontrada originam um forte mediatismo, pelo que Ellie, Julia e Max, os responsáveis pela mesma, têm que gerir essa situação da melhor forma possível, tendo decidido levar a criança para a quinta dos pais de Ellie e Julia, onde Ellie reside sozinha e para onde julia se muda e se confronta com muitas recordações e emoções por resolver.
À esquadra de polícia de Rain Valey começam a chegar inúmeros pais de crianças desaparecidas.
A determinada altura surge Gerge Azelle, um multimilionário que foi condenado com pena de prisão por ter feito desaparecer a sua mulher e filha então com cerca de 3 anos.
Azelle alega inocência e consegue que a sentença fosse anulada, tendo sido libertado após 3 anos de prisão.
Tem provas de que Alice é sua filha, além da inquestionável semelhança física.
Nessa altura já Julia havia requerido a guarda da menina, estando em curso um processo de adopçao para evitar a institucionalização da criança não tendo sido possível reverter o défice social e cognitivo.
A pequena Alice, como lhe chamava Julia foi fazendo pequenos progressos recuperando alguma confiança e apoiando-se ao longo desse processo em Julia.
Quando a menina e a cria de lobo conduzem a polícia até uma caverna, de onde fugira, todos percebemos que Alice esteve sequestrada e 'Ela', a sua mãe morrera, tendo sido enterrada no lugar.
Ficamos sem perceber o que aconteceu ao raptor, aumentando a suspeita sobre se Azelle esteve envolvido no rapto.
Como legítimo progenitor, Ellie e a polícia não encontram falhas no passado de Azelle e Julia acaba por não conseguir prolongar mais a tutela da criança.
A história sofre uma reviravolta que permitirá o melhor para a menina e para o seu desenvolvimento.
Trata-se de uma narrativa emocionante com um mistério relacionado com a identidade da menina e com muita investigação em torno desse mistério.
Sobre os traumas das vítimas de sequestro, sobre a resposta que a sociedade deverá ter perante essas situações e sobre as respostas do sistema judicial.
Como o envolvimento pessoal e emocional da pedopsiquiatra foi determinante para resgatar a menina dos efeitos físicos e psicológicos do sequestro.
Sobre laços, resiliência, respeito e amor fraternal.
Sobre a cedência por parte do pai biológico, que tomou a decisão mais acertada para permitir resgatar a criança, sabendo esperar.
Sobre redenção e como as vidas de Ellie, Call, Julia e Max se reorganizaram devido a este acontecimento, sendo que todos se reestruturam e reencontram um lar e uma família.
Já leram?
Qual a vossa opinião sobre este livro?




ISBN: 9789722531047
Edição ou reimpressão: 11-2015
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 233 x 31 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 464
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Um encontro extraordinário entre uma mulher e uma menina. Uma história de esperança que reinventa o conceito de família. No escarpado noroeste do Pacífico situa-se a Floresta Nacional Olímpica: perto de quatrocentos mil hectares de sombras impenetráveis e extraordinária beleza. Do coração desta floresta surge uma menina de seis anos. Sozinha e sem dizer uma palavra, não deixa transparecer nada acerca da sua identidade e do seu passado. A pedopsiquiatra Julia Cates regressa à sua Washington natal na sequência de um escândalo que lhe arruinou a carreira. A médica está decidida a libertar aquela extraordinária menina a que chama Alice da prisão de um medo e isolamento inimagináveis.
Para tentar chegar a ela, Julia tem de descobrir a verdade acerca do passado da criança, embora para isso precise da ajuda da sua irmã, uma agente da polícia de quem ela se afastou. Os factos chocantes da vida de Alice vão pôr à prova a fé e a força de Julia, que tenta a todo o custo dar um lar à menina… e a si própria. Em A Hora Mágica, Kristin Hannah cria uma das suas personagens mais adoradas e uma história flamejante que fala da capacidade de resistência do espírito humano, do triunfo do amor e daquilo que significa ter um lar.

SOBRE A AUTORA:
Kristin Hannah nasceu em 1960 no sul da Califórnia. Aos 8 anos a família mudou-se para Western Washington. Trabalhou em publicidade, licenciou-se em Direito e trabalhou alguns anos em advocacia, em Seattle. Quando a gravidez a obrigou a ficar de cama durante vários meses, Kristin retomou uns textos antigos que tinha escrita em parceria com a falecida mãe, que sempre dissera que ela seria escritora. O marido encorajou-a e assim que o filho nasceu, Kristin abandonou a anterior atividade profissional e dedicou-se à escrita a tempo inteiro. O primeiro êxito surgiu em 1990 e desde então que a sua profissão é escrever. A autora já publicou 19 romances. Ganhou prestigiados prémios como um "Rita Award" (Romance Writers of América) em 2004 com Between Sisters, e o National Reader's Choice. A sua obra está traduzida em várias línguas. Vive com o marido e filho na costa noroeste dos Estados Unidos.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

NOVO ROMANCE 'A VIDA É MADRASTA' DE AMÉLIA DA SILVA CONTA HISTÓRIA DE MULHERES NA GUINÉ BISSAU E É O NOVO LANÇAMENTO DA CHIADO BOOKS

De regresso ao mundo dos livros, uma novidade editorial com lançamento a 6 de Outubro pela Chiado Books e que nos transporta para a realidade de ser mulher em Guiné Bissau.
Uma obra arrebatadora que nos permite ter contacto antropológico com a realidade que se vive na etnia manjaca naquele país africano e que nos deixa uma reflexão profunda!

A Guiné-Bissau, com suas variadas etnias e particularidades culturais, foi a paisagem escolhida pela autora Amélia da Silva para seu primeiro romance, “A vida é madrasta”. 
Inspirada pela sua própria história e também pela das mulheres que rodearam sua vida no país africano, a escritora traz em Toié, a protagonista, uma voz de resistência. 
O livro é, também, uma forma de conhecer a cultura Manjaca, etnia a qual pertence a autora.
Dentro dela, por exemplo, as mulheres não têm permissão de exercer um papel ativo, ficando restritas sempre a decisões masculinas. 
Por exemplo, podem ter o futuro marido já escolhido desde o momento em que nascem.

— 
Para mim, cada vez que revejo a história, até sinto a dor que essas mulheres passaram — comenta a autora.

A história nasceu dos exercícios de escrita feitos pela autora, sob coordenação do realizador guineense Flora Gomes, com quem ela iniciou a carreira de atriz, em 1991. 
A considerar a variação étnica do país, ele fazia com que os atores e atrizes lessem textos em voz alta, como forma de melhorar a dicção. 
stimulados pela leitura, os participantes começaram também a escrever sobre o seu cotidiano, que culminou, no caso de Amália, em um romance.

Disponível em livrarias de todo o país em chiadobooks.com, o livro terá sessão de lançamento aberta ao público em 6 de outubro, às 14h30, no Chiado Clube Literário (Rua de Cascais, 57, Alcântara, Lisboa).

CONFIRA UM TRECHO DA OBRA:

“— Eu nunca te envergonhei, meu pai, simplesmente não quero casar com o homem que tu desejas muito, mas isso é normal, não tem mal nenhum, como também é muito normal uma pessoa casar com um homem que ama e que deseja!
— Estás louca!... Mas juro-te, por esta lua no alto do céu que está a iluminar-nos e a ouvir o teu disparate, que se voltares a envergonhar-me te irás arrepender!
— É injusto forçares-me a casar com um homem pelo qual não tenho a mínima simpatia e também penso que é absurda essa ideia que tens dos irãs."


SOBRE A AUTORA
Amélia da Silva tem 44 anos, é guineense, mãe e vive em Lisboa desde 2010. A escritora é também atriz, com participações no teatro, cinema e balé contemporâneo guineense. 
Trabalha atualmente na restauração e lamenta a falta de oportunidades decorrente da guerra em sua terra natal.



terça-feira, 17 de setembro de 2019

O TEU NOME MARISA ft MIGUEL GAMEIRO


Só para afastar esta tristeza
Para iluminar meu coração
Falta-me bem mais, tenho a certeza
Do que este piano e uma canção

Falta-me soltar na noite acesa
O nome que no peito me sufoca
E queima a minha boca

Falta-me soltá-lo aos quatro ventos
Para depois segui-lo por onde for
Ou então dizê-lo assim baixinho
Embalando com carinho
O teu nome, meu amor

Porque todo ele é poesia
Corre-me pelo peito como um rio
Devolve aos meus olhos a alegria
Deixa no meu corpo um arrepio
Porque todo ele é melodia
Porque todo ele é perfeição
É na luz, escuridão

Falta-me dizê-lo lentamente
Falta soletrá-lo devagar
Ou então bebê-lo como um vinho
Que dá força p'ro caminho
Quando a força faltar

Falta-me soltá-lo aos quatro ventos
Para depois segui-lo por onde for
Ou então dizê-lo assim baixinho
Embalando com carinho
O teu nome, meu amor

Porque todo ele é melodia
Porque todo ele é perfeição
É na luz, escuridão

Falta-me soltá-lo aos quatro ventos
Para depois segui-lo por onde for
Ou então dizê-lo assim baixinho
Embalando com carinho
O teu nome, meu amor

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

AS HISTÓRIAS DO JOÃOZINHO ACABOU DE SER PUBLICADO PELA CHIADO KIDS E VISA ANGARIAR FUNDOS PARA A PEDIATRIA DO HOSPITAL DE S. JOÃO NO PORTO

Acabou de ser editada peça Chiado Kids uma obra, 'As Histórias do Joãozinho' cujas receitas revertem a favor da Associação das Crianças do São João!
Vejam abaixo a entrevista com a organizadora da obra!

Fortalecer a união e estimular a criatividade durante a internação no Hospital Pediátrico Integrado do Centro Hospitalar São João do Porto foram algumas das motivações da obra “As histórias do Joãozinho”. Construído a partir de narrativas elaboradas pelos pequenos pacientes, este é, portanto, um livro de crianças e para crianças. 

Com textos organizados por Ana Pinto, a publicação tem a chancela Chiado Kids e já está à venda em todo o país
Os recursos obtidos serão destinados ao trabalho da casa de saúde, fazendo a diferença no dia a dia da pediatria e de seus utentes e profissionais.
O projeto que culminou no livro infantil surgiu de um desejo de proporcionar um momento de alegria às crianças internadas. 
Para além da obra publicada, é claro, a iniciativa resultou também em momentos de partilha, diversão e aprendizagem de valores.
O processo de escrita foi muito gratificante e divertido. Os momentos de criação em grupo eram de muita alegria e partilha. Cada elemento ia dando o seu contributo e eu ia tirando essas notas para poder criar a história final. Certamente foi necessário introduzir os valores e dirigir a atenção deles para esses mesmos, mas a intenção deles estava presente. Os processos de escrita quando desenvolvidos em grupos mistos (raparigas e rapazes), tinham muita mais imaginação e criatividade — conta Ana.
Ao folhear as páginas, o leitor encontrará histórias variadas, envolvendo principalmente animais e magia, como forma de despertar a imaginação. 
Além disso, todas terminam com uma pergunta, que incentiva a criança à reflexão e incute valores importantes como a amizade, verdade, bondade, perdão e a tolerância, entre outros. 
Há ilustrações a acompanhar cada texto e, ao final, há um espaço reservado para a criação de uma narrativa original.
A obra simboliza principalmente a magia da criatividade infantil e a importância de cultivar esta mesma. As histórias são uma pegada eterna das crianças e da união deles — ressalta a organizadora.
A obra terá lançamento oficial em 21 setembro, pelas 16h00, no Hospital São João do Porto, com entrada aberta a todos os interessados.


ENTREVISTA COM A ORGANIZADORA DA OBRA:
- Como surgiu ideia deste projeto?
Sempre tive ligada ao voluntariado e principalmente com crianças. Porém, não queria apenas brincar e contar-lhes histórias. Queria dar-lhes a possibilidade de poderem contar a sua história. Afinal, quem melhor do que uma criança para escrever histórias infantis? Ela sente, vê e pensa como só uma criança sabe.
Para além disso seria criado também um momento de partilha de aprendizagens e valores importante para o desenvolvimento deles e, em última instância, poderia ajuda-los a ultrapassar uma momento desafiante e inspirar outras crianças na mesma situação.

- Foi fácil envolver as crianças internadas no processo criativo inerente a este livro?
Foi uma experiência muito enriquecidora e desafiantemente mágica.
Havia vários factores influentes, tais como a dimensão do grupo, idade e género.
Havia sempre uma timidez e insegurança inicial. Era fundamental da minha parte quebrar o gelo, acolher cada um individualmente e incentivar à partilha sem medo, pois afinal ninguém estava ali para ser avaliado.
Depois de definido o tema em grupo, as ideias fluíam e por vezes até era dificil conseguir acompanhar tantas ideias.
Foi curioso ver que sempre que existia um grupo misto (rapazes e raparigas) a participação e imaginação era muito maior. Houve um dia em que tive apenas um grupo de raparigas que teve uma enorme dificuldade em desligar-se das histórias já existentes. Acabávamos por contar histórias de princesas que já conheciam e mostraram uma enorme dificuldade em ir para além disso. Os rapazes eram muito mais destemidos, sem medo de julgamentos.
Esta foi uma experiência que me marcou porque diz muito acerca da educação e padrões que ainda persistem na educação das nossas crianças.

- Em que medida o envolvimento das crianças neste projeto poderá ter contribuído para o seu bem estar?
Fez toda a diferença, sem dúvida. Em primeiro lugar criou uma atividade em grupo que assim permitiu eles se conhecerem, falarem, brincarem e criarem amizades. Esses laços foram para além da criação das histórias. As salas, os corredores e os quartos ficaram mais recheados de amizade, união, imaginação e alegria.

- Os valores inerentes a cada história foram surgindo de forma espontânea?
A introdução dos valores foi um trabalho feito por mim ao longo do processo da criação para garantir que houvesse essa parte pedagógica, não só para as histórias finais como também para cada atividade em grupo.
Não foi algo forçado mas sim uma sugestão que os incentivou a reflectir e dar outro rumo à história que estavam a criar. Por exemplo, uma situação que seria resolvida com violência, acabou com um perdão.

- Quem elaborou as ilustrações que acompanham cada história?
As ilustrações foram elaboradas pela talentosa Ana Margarido, a minha colega de trabalho.
Fico muito feliz por este projeto ter-lhe permitido realizar um sonho também: criar ilustrações para um livro infantil.
O trabalho está incrível e não poderia estar mais feliz com o resultado final.

- As receitas obtidas com a venda deste livro têm um propósito específico que mereça especial destaque?
As vendas vão para a ACSJ - Associação das crianças do São João. Mediante o valor angariado, será definido posteriormente qual a melhor forma a fazer este investimento. A prioridade será faze-lo com a maior transparência possível.

Sobre a organizadora da obra:
- Qual o seu percurso e em que medida o mesmo influenciou o seu envolvimento nesta obra?
Sempre tive ligada ao voluntariado e principalmente com crianças. Sou licenciado em ciências da comunicação e como tal, a criação de conteúdo foi sempre uma grande paixão. Num momento de maior reflexão pessoal, define que a intenção que iria guiar a minha vida seria ser a diferença que quero ver no mundo. Para mim, este livro é muito mais do que uma compilação de histórias. É uma prova daquilo que as crianças são capazes de fazer quando criamos condições para tal. É a prova do que em conjunto podemos fazer quando unidos pela mesma causa (campanha crowdfunding) e a prova de que afinal uma pessoa apenas pode fazer a diferença. É uma prova de amor e esperança. Assim seja!



Autor: Ana Pinto
Data de publicação: Junho de 2019
Número de páginas: 42
ISBN: 978-989-52-5856-7
Colecção: 7 aos 10 anos
Género: Infantil
Idioma: PT



SINOPSE:
As Histórias do Joãozinho são histórias de crianças para crianças.
Este projeto nasceu do desejo de criar histórias infantis elaboradas pelas próprias crianças internadas no Hospital Pediátrico Integrado do Centro Hospitalar São João do Porto.


O objetivo foi não só marcar a passagem deles pela pediatria, superando da melhor forma um momento difícil, mas também criar um espírito de união, criatividade e aprendizagem de valores. 
Todas as histórias são acompanhadas de ilustrações e, no final, existe um espaço reservado para a criação de uma história original.


SOBRE A AUTORA:
“As Histórias do Joãozinho" são histórias de crianças para crianças, elaboradas pelas crianças internadas na pediatria do hospital do São João do Porto.
O projeto surgiu da enorme vontade de proporcionar um momento de alegria às crianças internadas e cultivar a sua criatividade e autenticidade.
O resultado foi muito mais do que um livro, foram momentos de partilha, de diversão e também de aprendizagem para os mais pequenos e para mim.
A venda do livro visa inspirar outras crianças e os seus pais, consciencializar para a importância de dar liberdade à imaginação infantil e angariar fundos para a pediatria.
Este projeto pretende ser a diferença que queremos ver no mundo e todos nós fazemos parte desta história.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A FÁBRICA DE BONECAS, DE ELIZABETH MACNEAL, PELA TOPSELLER

Colocando em dia mais uma leitura de Julho, o romance histórico repleto de suspense, A Fábrica de Bonecas, o primeiro romance de Elizabeth Macneal, publicado em Maio de 2019 pela Topseller, com a chancela da 2020 Editora.
Confesso que este livro me surpreendeu.
O livro foi premiado com o Caledonia Novel Award em 2018, tendo sido os direitos televisivos já adquiridos pela produtora Buccaneer Media.
A história passa-se ao longo de aproximadamente 2 anos e meio (Novembro de 1850 a Maio de 1852) e encontra-se dividida em 3 partes.
A 1º parte encontra-se dividida em 10 capítulos que nos vão apresentando os personagens, o contexto em que vivem e as suas inquietações (a loja de curiosidades antigas e modernas de Silas Reed, o rapaz, o empório de bonecas da Sra. Salter, os cachorrinhos, a pintora, a grande exposição, o ladrãozeco, a grande despesa, IPR, a discussão).
A 2ª parte encontra-se estruturada em 44 capítulos, onde se começam a desenhar os contornos da história (o megalossauro, a correspondência, a fábrica, um par de cartas, o pintarroxo, o caixão, a guta e a garança,  leão, a bugiganga, o patinador no lago, a rainha, o casebre, o marfim de dugongo, o lamento do vombate, o luar, semelhante, as flores, o pastor, uma criança, as perguntas, Claude, a mácula, Sylvia, a borboleta, o osso, o cavalheiro, a contemplação, o bilhete, o palácio de cristal, a faca, a visita pré-inaugural, ao nível dos olhos, os ratos, os telhados, a cave, os dentes, uma crítica e uma resposta, a doença, Edimburgo, o cabriolé, a pulga, Lumley Court, a charrete).
A 3º e útlima parte desenrola-se ao longo de 19 capítulos e é onde a acção atinge o seu clímax (p séjour, o silencio, as trufas de caramelo, a clavícula, a colheita de amoras, o vestido, uma companheira, a escuridão, a madame, Guigemar, o bicho, os olhos de vidro, o pão doce de groselha, a campainha, o pombo, a academia real, a água, a agulha, o armário de borboletas).
Finalmente, a encerrar o livro temos a crítica a um quadro pela Academia Real publicada na London News a 22 de Maio de 1852.
A narrativa passa-se nos anos 50 do século XIX em Londres Vitoriana e aborda as discrepâncias de classes, de oportunidades e em que medida a liberdade individual é condicionada por esse contexto.
A personagem principal é a jovem Iris que ficou com uma clavícula sobressaída à nascença, irmã gêmea de Rose, a quem o futuro parecia sorrir, pelo que Iris sentia-se sempre na sombra da irmã.
Até que Rose aos 16 anos sofre de varíola e fica com bastantes marcas no corpo e no rosto, tendo perdido a visão de um olho.
A partir daí foi Rose quem passou a ser ostracizada e sem perspectivas de futuro, sentido Iris a responsabilidade pela condução do futuro da irmã.
Encontramos ambas as irmãs a trabalhar na fábrica de bonecas da senhora Salter, decorando bonecas de porcelana.
Mergulhamos no seu quotidiano e percebemos a relação entre irmãs, o ambiente com a senhora Salter e também a relação com os pais.
Iris tem talento para a pintura, que acaba por não poder desenvolver devido ao contexto social em que se encontra.
Albie é um pequeno rapaz a quem tudo falta e que procura de todas as formas ganhar algum dinheiro para o sustento do dia a dia para si e para a sua irmã que se vê obrigada a prostituir nas mais decrépitas condições por uma questão de sobrevivência pois está sozinha com o irmão.
Albie costura pequenas roupas para a fábrica de bonecas, sentindo grande empatia por Iris.
Em paralelo, Albie vende todo o animal morto que encontra ao taxidermista Silas Reed.
Silas Reed, o antagonista da história, também não teve uma infância facilitada e desde cedo se interessou pela taxidermia, acalentando o sonho de abrir uma exposição com raridades, sendo reconhecido no meio.
Contudo, na sua loja, acaba por conseguir ganhar a vida embalsamando borboletas que vende às senhoras da alta sociedade, a par de outros animais embalsamados que vende a pintores para servirem de modelos.
Candidata-se à grande exposição de arte de Hyde Park, tendo sido aceite por terem ocorrido desistências.
Louis Froust, que é um pintor pré-rafealita de um meio social mais favorecido embora não abastado,  pretende que uma das suas obras que se encontra a elaborar seja destacada na grande exposição de arte de Hyde Park. A sua irmã procura uma modelo para esse quadro.
Por mero acaso Silas cruza-se com Iris e nasce uma atração que começamos a desconfiar se será por Iris apresentar uma deformação física.
Entretanto, Iris aceita posar como modelo para Louis, na expetativa de se libertar da condição em que vivia recebendo em troca aulas de pintura para desenvolver a sua aptidão.
À medida que a narrativa prossegue percebemos os verdadeiros contornos da história e as motivações das personagens.
Vamos juntando as peças de um puzzle.
Uma história sobre as agruras da vida de quem nada tem, sobre a inexistência de degraus sociais, sobre sonhos, expetativas, confiança e entreajuda, ostracismo, obsessões, os limites, sobrevivência, em última instância sobre a liberdade, tudo com uma dose de muito suspense, romance e crime à mistura.
Conseguirá  Iris prosseguir com a pintura e com os seus sonhos?
Conseguirá a ave a quem foram cortadas as penas, escapar e voar da gaiola?
Será a liberdade apenas um flash, uma imagem retida num quadro?
Uma história surpreendente, com um forte desenvolvimento emocional e psicológico, que valerá a pena reler!
A capa maravilhosa retém todos os elementos da história.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789898917973
Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 228 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Uma história inebriante sobre uma mulher que sonha ser artista e o homem cuja obsessão pode destruir o mundo dela para sempre.
Londres, 1850. O edifício que albergará a Grande Exposição está a ser construído em Hyde Park. No meio da multidão que ali se junta, duas pessoas encontram-se por mero acaso. Para Iris, uma aspirante a artista, aquele é apenas um encontro efémero, esquecido passados poucos segundos. Mas para Silas, um colecionador fascinado por coisas estranhas, aquele momento marca um novo começo…
Quando Iris é convidada a posar como modelo para Louis Frost, um pintor pré-rafaelita, ela aceita, com a condição de que Louis também a ensine a pintar. De súbito, o mundo de Iris transforma-se numa experiência dominada pelo amor e pela arte, indo além de tudo aquilo com que sempre sonhou.
Só que o mundo de Iris pode ruir a qualquer momento, pois Silas só consegue pensar numa coisa desde o primeiro encontro de ambos. E a sua obsessão torna-se cada vez mais sombria…

SOBRE A AUTORA:
Elizabeth Macneal nasceu na Escócia e mora atualmente em Londres. Estudou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford e, em 2017, completou o mestrado em Escrita Criativa na Universidade de East Anglia, onde recebeu a bolsa Malcolm Bradbury.
Além de escrever, Elizabeth faz peças de cerâmica num pequeno estúdio ao fundo do seu jardim, às quais se dedica tão profundamente quanto à escrita.
A Fábrica de Bonecas é o seu primeiro romance e foi um verdadeiro êxito internacional, tendo sido traduzido para 28 línguas. Venceu o Caledonia Novel Award de 2018 e os direitos para televisão já foram adquiridos pela produtora Buccaneer Media. Saiba mais sobre a autora: www.elizabethmacneal.com

NEGRO COMO O MAR, DE MARY HIGGINS CLARK, PELA BERTRAND EDITORA

De regresso a este espaço para registar uma leitura de Maio desde ano: Negro como o Mar de Mary Higgins Clark, uma edição de Março de 2019 pela Bertrand Editora.
Não me recordo de já ter lido outros livros da autora, penso que este foi o primeiro.
Esta autora já editou em Portugal mais de 20 livros. Fiquei muito curiosa para ler outros livros da autora.
Negro como o Mar trata-se de uma história de ficção que se desenrola ao longo de 6 capítulos que correspondem a seis dias da viagem inaugural de um cruzeiro de luxo, com capacidade para 100 passageiros, que parte do rio Hudson nos EUA, sendo a primeira paragem Southampton em Inglaterra. 
Durante esses dias ocorre um possível assassinato e o eventual desaparecimento de outro passageiro.
A narrativa encontra-se na terceira pessoa e cada capítulo descreve a vivência de cada personagem naquele dia.
Vamos percebendo, à medida que os dias passam, o perfil das personagens, as suas motivações e desconfianças, personalidade e modo de estar de cada um.
A história prende-nos pela expetativa. 
As reviravoltas tornam a leitura entusiasmante para percebermos o desfecho.
Os personagens centrais da história são os seguintes:
- Gregory Morisson é o proprietário do navio de cruzeiro.
- Alvrah e Willy Meehan ganharam a lotaria e comemoram com esta viagem o 45º aniversário de casamento.
- Ted Cavanaught, com 34 anos, advogado filho do embaixador do Egipto e Londres, dedica-se à recuperação de artefactos roubados nos países de origem.
- o professor Henry Long Worth, com cerca de 60 anos, foi convidado a embarcar como orador, especialista na obra de Shakespere.
- Celia Kilbride, com cerca de 28 anos, também foi convidada como oradora gemóloga, para abordar a história de jóias famosas ao longo dos tempos.
Célia está envolvida num processo em que é injustamente acusada de participar com o seu ex-namorado, Steven, num esquema fraudulento de investimento num fundo de risco.
- Anna Demille, 56 anos, divorciada, ganhou a viagem numa rifa e tinha a expetativa de encontrar um potencial companheiro.
- Lady Emily Haywood, ocotogenária, com uma fortuna considerável, tencionava estrear no cruzeiro o lendário colar de esmeraldas de Cleópatra e viaja acompanhada de convidados.
Os convidados de Lady Emily são Brenda Martin (a sua assistente pessoal ao longo de cerca de 20 anos) e Roger Pearson, advogado (gestor de investimentos e executor de património) e a sua esposa Yvonne.
- Devon Michaelson, na casa dos 60, embarcou como agente infiltrado da Interpol, uma vez que a companhia do cruzeiro havia sido avisada, através de um email anónimo, de que o famoso ladrão de artefactos internacional, conhecido como o homem das mil caras, teria intenção de embarcar e apropriar-se do famoso colar de Cleópatra.
Ao longo da história vamos conhecendo melhor os antecedentes das personagens. 
Vamos também mergulhando na vida a bordo e nas interacções entre personagens.
O que esta narrativa tem de interessante são as inúmeras possibilidades que ficam em aberto tornando a história imprevisível através de inúmeras reviravoltas que tornam o desfecho uma surpresa.
Além disso, a história não se esgota no suspense pois desenvolvem-se em paralelo os destinos das diferentes personagens.
Quem será assasinado?
Quem será o assassino?
Ou serão vários?
Apreciei esta leitura e fiquei curiosa, tal como já tinha referido anteriormente, por conhecer mais da autora.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789722536448
Edição ou reimpressão: 03-2019
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 233 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 272
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
O cruzeiro prometia ser sublime. Mas logo depois de levantar a âncora, o luxuoso Queen Charlotte torna-se o palco de um misterioso assassínio: o de Lady Em, uma rica octogenária. O seu inestimável colar de esmeraldas, que supostamente pertenceu a Cleópatra, desapareceu...
O culpado está, sem dúvida, a bordo. Mas quem é? O seu contabilista aparentemente dedicado? O jovem advogado que queria persuadir Lady Em a devolver o colar ao Egito, enquanto seu legítimo proprietário? Ou Celia Kilbride, a gemóloga que se relacionou com a velha senhora?
A lista de suspeitos cresce enquanto o Queen Charlotte rasga as ondas e o cruzeiro se transforma em drama. 
Preparemo-nos para embarcar num cruzeiro comandado por uma surpreendente Mary Higgins Clark e do qual é possível não regressar.

SOBRE A AUTORA:
Mary Higgins Clark é autora de mais de trinta romances que obtiveram um êxito assinalável, tendo vendido mais de 150 milhões de exemplares dos seus livros em todo o mundo.
Foi secretária e hospedeira, mas depois de se casar dedicou-se à escrita. Com a morte prematura do marido, que a deixou com cinco filhos pequenos, a autora investiu na escrita de guiões para rádio e depois nos romances. Rapidamente se tornou um dos grandes nomes da literatura de suspense, conquistando os tops de vendas, a crítica e os fãs.
Foi eleita Grand Master dos Edgar Awards 2000 pela Mystery Writers of America, que também lançou um prémio anual com o seu nome.
Já foi presidente da Mystery Writers of America, bem como do International Crime Congress.


terça-feira, 10 de setembro de 2019

OBRA PÓSTUMA DO JOVEM ESCRITOR BRASILEIRO STÉFANO DEVES, HAVIA UMA PALAVRA DESESPERADA EM MIM, FOI LANÇADA EM PORTUGAL PELA CHIADO BOOKS

Mais uma novidade no mundo editorial, desta vez no mundo da poesia: “Havia uma palavra desesperada em mim”, de Stéfano Deves, leva o selo Chiado Books e acabou de ser lançado em Portugal!
Ainda que breve, a vida não lhe passou em branco. 

Pelo contrário: era justamente no branco do papel, do guardanapo, da tela do computador, que lhe vertiam as palavras, tantas a ponto de este já ser seu segundo livro. 
O novo livro conta com poemas escritos em momentos diversos de sua vida, interrompida aos 24 anos. 
Nos tempos da escola, Stéfano utilizava as páginas vazias dos cadernos para traçar poemas. 
Por conta disso, criou o hábito de levar sempre consigo cadernetas, onde registrava cada nova ideia tão logo lhe surgia. 
Nas vezes em que estava sem papel, costumava enviar áudios por aplicativo de mensagem à mãe, Adriana Deves.
A inspiração não escolhia hora nem lugar para chegar, então tanto pode o poema estar num caderno como pode estar num guardanapo de bar, como o poema “A poça”, presente no novo livro, escrito num guardanapo, durante uma noite boêmia — relata Adriana.
Com uma intensidade singular, Stéfano tinha também muita preocupação com a estética, com um cuidado extremo às rimas, métrica, à sonoridade de cada verso. 
Ele não acreditava que somente um amontoado de palavras soltas fossem um poema. Por isso, reescreveu vários dos materiais que estão no novo livro.
Esta obra é construída por experimentações de linguagem, a arrasar sons e sentidos, podendo ser classificada como pura revolta e potência. 


A poesia, aqui, tem uma verdade visceral, que vai do riso franco e debochado do autor, que ainda tão jovem já sabia que a vida é luta renhida, até o silêncio profundo do coração, como uma mão que se estende dizendo "adiante, que o mundo é grande e é nosso".

SINOPSE:

Começou apenas como um aperto no peito, um nó no estômago que não apertava tanto. Antes que percebesse, me fechou a garganta. Pronto, estava sufocado. Com os punhos cerrados como se unidos por um ímãaterrorizantemente real. Fui a frente do espelho e sussurrei, num esforço sobre-humano: “do que tu tens medo?”. “Do que tu tens medo?” – “DO QUE TU TENS MEDO?” – a essa altura já a todos pulmões, as veias do pescoço saltadas como se se livrassem de uma carapaça de etiqueta vitoriana a qual estiveram submissas por muito e muito tempo. O espelho, igualmente irritado não respondia; esbravejava e gesticulava como quem diz: “não, eu não carrego essa culpa”. Afinal, do que tens medo? Que sentimento é esse que te prende à cama, à cadeira da sala de aula? Aos almoços em família, ao relógio, à cidade? Que sentimento é esse que te faz submisso a um futuro imaginário e morno? Afinal, do que tens medo? Que força é essa que amarra tua poesia, que diminui teu amor e te deixa tão pouca essência e te deixa tão refém do hábito? Cadê a liberdade que impedia a apatia de amarrar-se (e amarrar-te, consequentemente) à zona de conforto? Afinal, do que é que temos, todos, medo?

SOBRE O AUTOR
Poeta, professor, artista e ativista político. 
Stéfano Deves nasceu em 1992, em Porto Alegre, Brasil. 
Com espírito inquieto e provocador, desde muito cedo demonstrou interesse pela literatura e, particularmente, pela poesia. 
Cursou Ciências Sociais, Letras e Teatro na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Morou no Uruguai, Colômbia e África, onde passou por vários países, tendo passado mais tempo no Malawi.
Faleceu em 2017, após concluir o primeiro livro de poemas “Vida e morte de Rimbaud na terra do sempre”. 
Sua obra completa, ainda inédita, é composta por mais de 200 poemas, crônicas, peças de teatro e contos, espalhados entre dezenas de cadernos, quase sempre com versos escritos à mão.
Segundo o autor, “poeta é quem atrai poesia”. 
É “alguém cuja prosa convence as palavras a virarem verso”. 
Apesar de breve, sua vida vida foi, tal qual sua escrita é, intensa. 
Graças à vida boêmia e desbravadora, deixou uma obra carregada de sensibilidade, capaz de de nos fazer ver algo na escuridão de nossa época, a desconcertar certezas e provocar a intuição. 
Foi, como ninguém, um excelente anfitrião. A festa da alma foi tão boa que não nos deixou silêncio ou solidão, mas , sim, poesia.

ANA VILELA, PROMETE


Promete que não vai crescer distante
Promete que vai ser pra sempre assim 
Todas as vezes que você pensar em mim 
Promete esse sorriso radiante 
E sempre me abraçar quando eu chegar 
Promete cuidar bem dos seus cachinhos 
E cantar cantigas na sala de estar 
Promete Sorrir sempre com os olhinhos 
Que eu prometo ser pra sempre o seu 
Promete aproveitar cada segundo Porto seguro 
Eu prometo dar-te eternamente o meu amor 
Sorrindo aos poucos quando ouvia a minha voz 
Desse tempo que já passa tão veloz 
Me lembro quando você chegou nesse mundo 
Ao imaginar você 
E hoje corre pela sala 
Brinca de existir Giz de cera, pega-pega 
Eu só sei sorrir Crescer 
E diz tudo que eu preciso escutar 
Para um pouco com a bagunça 
Deixa eu te olhar Que o tempo voa e olha só Você sabe falar laialaiá 
Eu te amo infinito 
Promete ser pra sempre o meu menino 
Me deixar cantar pra te fazer dormir 
Que eu prometo que vou te cuidar pra sempre 
Meu guri