Dicas da Lu

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A FÁBRICA DE BONECAS, DE ELIZABETH MACNEAL, PELA TOPSELLER

Colocando em dia mais uma leitura de Julho, o romance histórico repleto de suspense, A Fábrica de Bonecas, o primeiro romance de Elizabeth Macneal, publicado em Maio de 2019 pela Topseller, com a chancela da 2020 Editora.
Confesso que este livro me surpreendeu.
O livro foi premiado com o Caledonia Novel Award em 2018, tendo sido os direitos televisivos já adquiridos pela produtora Buccaneer Media.
A história passa-se ao longo de aproximadamente 2 anos e meio (Novembro de 1850 a Maio de 1852) e encontra-se dividida em 3 partes.
A 1º parte encontra-se dividida em 10 capítulos que nos vão apresentando os personagens, o contexto em que vivem e as suas inquietações (a loja de curiosidades antigas e modernas de Silas Reed, o rapaz, o empório de bonecas da Sra. Salter, os cachorrinhos, a pintora, a grande exposição, o ladrãozeco, a grande despesa, IPR, a discussão).
A 2ª parte encontra-se estruturada em 44 capítulos, onde se começam a desenhar os contornos da história (o megalossauro, a correspondência, a fábrica, um par de cartas, o pintarroxo, o caixão, a guta e a garança,  leão, a bugiganga, o patinador no lago, a rainha, o casebre, o marfim de dugongo, o lamento do vombate, o luar, semelhante, as flores, o pastor, uma criança, as perguntas, Claude, a mácula, Sylvia, a borboleta, o osso, o cavalheiro, a contemplação, o bilhete, o palácio de cristal, a faca, a visita pré-inaugural, ao nível dos olhos, os ratos, os telhados, a cave, os dentes, uma crítica e uma resposta, a doença, Edimburgo, o cabriolé, a pulga, Lumley Court, a charrete).
A 3º e útlima parte desenrola-se ao longo de 19 capítulos e é onde a acção atinge o seu clímax (p séjour, o silencio, as trufas de caramelo, a clavícula, a colheita de amoras, o vestido, uma companheira, a escuridão, a madame, Guigemar, o bicho, os olhos de vidro, o pão doce de groselha, a campainha, o pombo, a academia real, a água, a agulha, o armário de borboletas).
Finalmente, a encerrar o livro temos a crítica a um quadro pela Academia Real publicada na London News a 22 de Maio de 1852.
A narrativa passa-se nos anos 50 do século XIX em Londres Vitoriana e aborda as discrepâncias de classes, de oportunidades e em que medida a liberdade individual é condicionada por esse contexto.
A personagem principal é a jovem Iris que ficou com uma clavícula sobressaída à nascença, irmã gêmea de Rose, a quem o futuro parecia sorrir, pelo que Iris sentia-se sempre na sombra da irmã.
Até que Rose aos 16 anos sofre de varíola e fica com bastantes marcas no corpo e no rosto, tendo perdido a visão de um olho.
A partir daí foi Rose quem passou a ser ostracizada e sem perspectivas de futuro, sentido Iris a responsabilidade pela condução do futuro da irmã.
Encontramos ambas as irmãs a trabalhar na fábrica de bonecas da senhora Salter, decorando bonecas de porcelana.
Mergulhamos no seu quotidiano e percebemos a relação entre irmãs, o ambiente com a senhora Salter e também a relação com os pais.
Iris tem talento para a pintura, que acaba por não poder desenvolver devido ao contexto social em que se encontra.
Albie é um pequeno rapaz a quem tudo falta e que procura de todas as formas ganhar algum dinheiro para o sustento do dia a dia para si e para a sua irmã que se vê obrigada a prostituir nas mais decrépitas condições por uma questão de sobrevivência pois está sozinha com o irmão.
Albie costura pequenas roupas para a fábrica de bonecas, sentindo grande empatia por Iris.
Em paralelo, Albie vende todo o animal morto que encontra ao taxidermista Silas Reed.
Silas Reed, o antagonista da história, também não teve uma infância facilitada e desde cedo se interessou pela taxidermia, acalentando o sonho de abrir uma exposição com raridades, sendo reconhecido no meio.
Contudo, na sua loja, acaba por conseguir ganhar a vida embalsamando borboletas que vende às senhoras da alta sociedade, a par de outros animais embalsamados que vende a pintores para servirem de modelos.
Candidata-se à grande exposição de arte de Hyde Park, tendo sido aceite por terem ocorrido desistências.
Louis Froust, que é um pintor pré-rafealita de um meio social mais favorecido embora não abastado,  pretende que uma das suas obras que se encontra a elaborar seja destacada na grande exposição de arte de Hyde Park. A sua irmã procura uma modelo para esse quadro.
Por mero acaso Silas cruza-se com Iris e nasce uma atração que começamos a desconfiar se será por Iris apresentar uma deformação física.
Entretanto, Iris aceita posar como modelo para Louis, na expetativa de se libertar da condição em que vivia recebendo em troca aulas de pintura para desenvolver a sua aptidão.
À medida que a narrativa prossegue percebemos os verdadeiros contornos da história e as motivações das personagens.
Vamos juntando as peças de um puzzle.
Uma história sobre as agruras da vida de quem nada tem, sobre a inexistência de degraus sociais, sobre sonhos, expetativas, confiança e entreajuda, ostracismo, obsessões, os limites, sobrevivência, em última instância sobre a liberdade, tudo com uma dose de muito suspense, romance e crime à mistura.
Conseguirá  Iris prosseguir com a pintura e com os seus sonhos?
Conseguirá a ave a quem foram cortadas as penas, escapar e voar da gaiola?
Será a liberdade apenas um flash, uma imagem retida num quadro?
Uma história surpreendente, com um forte desenvolvimento emocional e psicológico, que valerá a pena reler!
A capa maravilhosa retém todos os elementos da história.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789898917973
Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 228 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Uma história inebriante sobre uma mulher que sonha ser artista e o homem cuja obsessão pode destruir o mundo dela para sempre.
Londres, 1850. O edifício que albergará a Grande Exposição está a ser construído em Hyde Park. No meio da multidão que ali se junta, duas pessoas encontram-se por mero acaso. Para Iris, uma aspirante a artista, aquele é apenas um encontro efémero, esquecido passados poucos segundos. Mas para Silas, um colecionador fascinado por coisas estranhas, aquele momento marca um novo começo…
Quando Iris é convidada a posar como modelo para Louis Frost, um pintor pré-rafaelita, ela aceita, com a condição de que Louis também a ensine a pintar. De súbito, o mundo de Iris transforma-se numa experiência dominada pelo amor e pela arte, indo além de tudo aquilo com que sempre sonhou.
Só que o mundo de Iris pode ruir a qualquer momento, pois Silas só consegue pensar numa coisa desde o primeiro encontro de ambos. E a sua obsessão torna-se cada vez mais sombria…

SOBRE A AUTORA:
Elizabeth Macneal nasceu na Escócia e mora atualmente em Londres. Estudou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford e, em 2017, completou o mestrado em Escrita Criativa na Universidade de East Anglia, onde recebeu a bolsa Malcolm Bradbury.
Além de escrever, Elizabeth faz peças de cerâmica num pequeno estúdio ao fundo do seu jardim, às quais se dedica tão profundamente quanto à escrita.
A Fábrica de Bonecas é o seu primeiro romance e foi um verdadeiro êxito internacional, tendo sido traduzido para 28 línguas. Venceu o Caledonia Novel Award de 2018 e os direitos para televisão já foram adquiridos pela produtora Buccaneer Media. Saiba mais sobre a autora: www.elizabethmacneal.com

NEGRO COMO O MAR, DE MARY HIGGINS CLARK, PELA BERTRAND EDITORA

De regresso a este espaço para registar uma leitura de Maio desde ano: Negro como o Mar de Mary Higgins Clark, uma edição de Março de 2019 pela Bertrand Editora.
Não me recordo de já ter lido outros livros da autora, penso que este foi o primeiro.
Esta autora já editou em Portugal mais de 20 livros. Fiquei muito curiosa para ler outros livros da autora.
Negro como o Mar trata-se de uma história de ficção que se desenrola ao longo de 6 capítulos que correspondem a seis dias da viagem inaugural de um cruzeiro de luxo, com capacidade para 100 passageiros, que parte do rio Hudson nos EUA, sendo a primeira paragem Southampton em Inglaterra. 
Durante esses dias ocorre um possível assassinato e o eventual desaparecimento de outro passageiro.
A narrativa encontra-se na terceira pessoa e cada capítulo descreve a vivência de cada personagem naquele dia.
Vamos percebendo, à medida que os dias passam, o perfil das personagens, as suas motivações e desconfianças, personalidade e modo de estar de cada um.
A história prende-nos pela expetativa. 
As reviravoltas tornam a leitura entusiasmante para percebermos o desfecho.
Os personagens centrais da história são os seguintes:
- Gregory Morisson é o proprietário do navio de cruzeiro.
- Alvrah e Willy Meehan ganharam a lotaria e comemoram com esta viagem o 45º aniversário de casamento.
- Ted Cavanaught, com 34 anos, advogado filho do embaixador do Egipto e Londres, dedica-se à recuperação de artefactos roubados nos países de origem.
- o professor Henry Long Worth, com cerca de 60 anos, foi convidado a embarcar como orador, especialista na obra de Shakespere.
- Celia Kilbride, com cerca de 28 anos, também foi convidada como oradora gemóloga, para abordar a história de jóias famosas ao longo dos tempos.
Célia está envolvida num processo em que é injustamente acusada de participar com o seu ex-namorado, Steven, num esquema fraudulento de investimento num fundo de risco.
- Anna Demille, 56 anos, divorciada, ganhou a viagem numa rifa e tinha a expetativa de encontrar um potencial companheiro.
- Lady Emily Haywood, ocotogenária, com uma fortuna considerável, tencionava estrear no cruzeiro o lendário colar de esmeraldas de Cleópatra e viaja acompanhada de convidados.
Os convidados de Lady Emily são Brenda Martin (a sua assistente pessoal ao longo de cerca de 20 anos) e Roger Pearson, advogado (gestor de investimentos e executor de património) e a sua esposa Yvonne.
- Devon Michaelson, na casa dos 60, embarcou como agente infiltrado da Interpol, uma vez que a companhia do cruzeiro havia sido avisada, através de um email anónimo, de que o famoso ladrão de artefactos internacional, conhecido como o homem das mil caras, teria intenção de embarcar e apropriar-se do famoso colar de Cleópatra.
Ao longo da história vamos conhecendo melhor os antecedentes das personagens. 
Vamos também mergulhando na vida a bordo e nas interacções entre personagens.
O que esta narrativa tem de interessante são as inúmeras possibilidades que ficam em aberto tornando a história imprevisível através de inúmeras reviravoltas que tornam o desfecho uma surpresa.
Além disso, a história não se esgota no suspense pois desenvolvem-se em paralelo os destinos das diferentes personagens.
Quem será assasinado?
Quem será o assassino?
Ou serão vários?
Apreciei esta leitura e fiquei curiosa, tal como já tinha referido anteriormente, por conhecer mais da autora.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789722536448
Edição ou reimpressão: 03-2019
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 233 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 272
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
O cruzeiro prometia ser sublime. Mas logo depois de levantar a âncora, o luxuoso Queen Charlotte torna-se o palco de um misterioso assassínio: o de Lady Em, uma rica octogenária. O seu inestimável colar de esmeraldas, que supostamente pertenceu a Cleópatra, desapareceu...
O culpado está, sem dúvida, a bordo. Mas quem é? O seu contabilista aparentemente dedicado? O jovem advogado que queria persuadir Lady Em a devolver o colar ao Egito, enquanto seu legítimo proprietário? Ou Celia Kilbride, a gemóloga que se relacionou com a velha senhora?
A lista de suspeitos cresce enquanto o Queen Charlotte rasga as ondas e o cruzeiro se transforma em drama. 
Preparemo-nos para embarcar num cruzeiro comandado por uma surpreendente Mary Higgins Clark e do qual é possível não regressar.

SOBRE A AUTORA:
Mary Higgins Clark é autora de mais de trinta romances que obtiveram um êxito assinalável, tendo vendido mais de 150 milhões de exemplares dos seus livros em todo o mundo.
Foi secretária e hospedeira, mas depois de se casar dedicou-se à escrita. Com a morte prematura do marido, que a deixou com cinco filhos pequenos, a autora investiu na escrita de guiões para rádio e depois nos romances. Rapidamente se tornou um dos grandes nomes da literatura de suspense, conquistando os tops de vendas, a crítica e os fãs.
Foi eleita Grand Master dos Edgar Awards 2000 pela Mystery Writers of America, que também lançou um prémio anual com o seu nome.
Já foi presidente da Mystery Writers of America, bem como do International Crime Congress.


terça-feira, 10 de setembro de 2019

OBRA PÓSTUMA DO JOVEM ESCRITOR BRASILEIRO STÉFANO DEVES, HAVIA UMA PALAVRA DESESPERADA EM MIM, FOI LANÇADA EM PORTUGAL PELA CHIADO BOOKS

Mais uma novidade no mundo editorial, desta vez no mundo da poesia: “Havia uma palavra desesperada em mim”, de Stéfano Deves, leva o selo Chiado Books e acabou de ser lançado em Portugal!
Ainda que breve, a vida não lhe passou em branco. 

Pelo contrário: era justamente no branco do papel, do guardanapo, da tela do computador, que lhe vertiam as palavras, tantas a ponto de este já ser seu segundo livro. 
O novo livro conta com poemas escritos em momentos diversos de sua vida, interrompida aos 24 anos. 
Nos tempos da escola, Stéfano utilizava as páginas vazias dos cadernos para traçar poemas. 
Por conta disso, criou o hábito de levar sempre consigo cadernetas, onde registrava cada nova ideia tão logo lhe surgia. 
Nas vezes em que estava sem papel, costumava enviar áudios por aplicativo de mensagem à mãe, Adriana Deves.
A inspiração não escolhia hora nem lugar para chegar, então tanto pode o poema estar num caderno como pode estar num guardanapo de bar, como o poema “A poça”, presente no novo livro, escrito num guardanapo, durante uma noite boêmia — relata Adriana.
Com uma intensidade singular, Stéfano tinha também muita preocupação com a estética, com um cuidado extremo às rimas, métrica, à sonoridade de cada verso. 
Ele não acreditava que somente um amontoado de palavras soltas fossem um poema. Por isso, reescreveu vários dos materiais que estão no novo livro.
Esta obra é construída por experimentações de linguagem, a arrasar sons e sentidos, podendo ser classificada como pura revolta e potência. 


A poesia, aqui, tem uma verdade visceral, que vai do riso franco e debochado do autor, que ainda tão jovem já sabia que a vida é luta renhida, até o silêncio profundo do coração, como uma mão que se estende dizendo "adiante, que o mundo é grande e é nosso".

SINOPSE:

Começou apenas como um aperto no peito, um nó no estômago que não apertava tanto. Antes que percebesse, me fechou a garganta. Pronto, estava sufocado. Com os punhos cerrados como se unidos por um ímãaterrorizantemente real. Fui a frente do espelho e sussurrei, num esforço sobre-humano: “do que tu tens medo?”. “Do que tu tens medo?” – “DO QUE TU TENS MEDO?” – a essa altura já a todos pulmões, as veias do pescoço saltadas como se se livrassem de uma carapaça de etiqueta vitoriana a qual estiveram submissas por muito e muito tempo. O espelho, igualmente irritado não respondia; esbravejava e gesticulava como quem diz: “não, eu não carrego essa culpa”. Afinal, do que tens medo? Que sentimento é esse que te prende à cama, à cadeira da sala de aula? Aos almoços em família, ao relógio, à cidade? Que sentimento é esse que te faz submisso a um futuro imaginário e morno? Afinal, do que tens medo? Que força é essa que amarra tua poesia, que diminui teu amor e te deixa tão pouca essência e te deixa tão refém do hábito? Cadê a liberdade que impedia a apatia de amarrar-se (e amarrar-te, consequentemente) à zona de conforto? Afinal, do que é que temos, todos, medo?

SOBRE O AUTOR
Poeta, professor, artista e ativista político. 
Stéfano Deves nasceu em 1992, em Porto Alegre, Brasil. 
Com espírito inquieto e provocador, desde muito cedo demonstrou interesse pela literatura e, particularmente, pela poesia. 
Cursou Ciências Sociais, Letras e Teatro na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Morou no Uruguai, Colômbia e África, onde passou por vários países, tendo passado mais tempo no Malawi.
Faleceu em 2017, após concluir o primeiro livro de poemas “Vida e morte de Rimbaud na terra do sempre”. 
Sua obra completa, ainda inédita, é composta por mais de 200 poemas, crônicas, peças de teatro e contos, espalhados entre dezenas de cadernos, quase sempre com versos escritos à mão.
Segundo o autor, “poeta é quem atrai poesia”. 
É “alguém cuja prosa convence as palavras a virarem verso”. 
Apesar de breve, sua vida vida foi, tal qual sua escrita é, intensa. 
Graças à vida boêmia e desbravadora, deixou uma obra carregada de sensibilidade, capaz de de nos fazer ver algo na escuridão de nossa época, a desconcertar certezas e provocar a intuição. 
Foi, como ninguém, um excelente anfitrião. A festa da alma foi tão boa que não nos deixou silêncio ou solidão, mas , sim, poesia.

ANA VILELA, PROMETE


Promete que não vai crescer distante
Promete que vai ser pra sempre assim 
Todas as vezes que você pensar em mim 
Promete esse sorriso radiante 
E sempre me abraçar quando eu chegar 
Promete cuidar bem dos seus cachinhos 
E cantar cantigas na sala de estar 
Promete Sorrir sempre com os olhinhos 
Que eu prometo ser pra sempre o seu 
Promete aproveitar cada segundo Porto seguro 
Eu prometo dar-te eternamente o meu amor 
Sorrindo aos poucos quando ouvia a minha voz 
Desse tempo que já passa tão veloz 
Me lembro quando você chegou nesse mundo 
Ao imaginar você 
E hoje corre pela sala 
Brinca de existir Giz de cera, pega-pega 
Eu só sei sorrir Crescer 
E diz tudo que eu preciso escutar 
Para um pouco com a bagunça 
Deixa eu te olhar Que o tempo voa e olha só Você sabe falar laialaiá 
Eu te amo infinito 
Promete ser pra sempre o meu menino 
Me deixar cantar pra te fazer dormir 
Que eu prometo que vou te cuidar pra sempre 
Meu guri

terça-feira, 3 de setembro de 2019

A PRINCESA DO ÍNDICO DE PEDRO INOCÊNCIO, PELA CHIADO PUBLISHERS, COM LANÇAMENTO DIA 25 NO CLUBE FARENSE EM FARO

Mais uma novidade editorial com lançamento dia 25 no Clube Farense em Faro,  a não perder para quem aprecia um bom tempo passado à volta das letras e dos livros!
A Princesa do Índico” é o terceiro romance do escritor Pedro Inocêncio.
A Obra acabou de chegar às ccom livrarias com o selo Chiado Publishers!
À semelhança dos dois thrillers anteriores do autor, “A Princesa do Índico” tem uma narrativa de suspense, ação e um romantismo puro e que também sabe ser ousado. 

Vícios, negócios sombrios, ambições desmedidas, vaidades feridas, projetos imorais e convenções sociais são alguns dos assuntos englobados no novo romance de Pedro Inocêncio. 
Terceira obra do escritor, o livro leva o selo Chiado Publishers e já está à venda em todo o país.
Fervilhantes sentimentos e emoções acompanham a história que tem início em um atentado bombista à Assembleia da República, em Portugal. 
O ataque desperta o país para a realidade do terrorismo em grande escala e as autoridades mundiais se apressam em apontar culpados: os três irmãos muçulmanos Bahira, Abdul e Nasim. 
A primeira é também dona do coração de Pedro Tomás, herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo. 
O improvável amor entre os dois é o fio condutor do romance.
O autor detalha um pouco de como decorreu o processo de escrita de “A Princesa do Índico”:
" Como já tinha acontecido com os meus dois romances anteriores, sempre que me sento a escrever entro noutra dimensão, vivo outras vidas, saio do meu corpo e da minha rotina e viajo para outras paragens e outros mundos. Sempre que estou a escrever, apenas me preocupo em dar vida às personagens e histórias que habitam na minha alma. Muitas vezes, sou conduzido pelos protagonistas para desfechos imprevisíveis e tantas vezes mudo o curso da trama, influenciado pela personalidade dos intervenientes. O meu processo de escrita é emotivo, vivo e extremamente dinâmico!"


EVENTOS DE LANÇAMENTO:
25 de outubro, às 17h30: Club Farense (Faro)
2 de novembro às 17h30: Chiado Clube Literário (Lisboa)
16 de novembro, às 17h00: Biblioteca Municipal de Elvas Drª Elsa Grilo (Elvas)



Autor: Pedro Inocêncio
Data de publicação: Agosto de 2019
Número de páginas: 660
ISBN: 978-989-52-6263-2
Colecção: Viagens na Ficção
Idioma: PT

SINOPSE:
Um atentado bombista à Assembleia da República, em Portugal, desperta o país para a realidade do terrorismo em grande escala! 
Ávidas de encontrarem culpados, as autoridades mundiais apontam as suas baterias para três irmãos muçulmanos: Bahira, Abdul e Nasim. 
Como pode este crime estar relacionado com o amor vivido entre Pedro Tomás da Costa, herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo, e Bahira Kadeen, uma bela muçulmana, que trabalha em regime de escravidão, numa das Fábricas da família Da Costa?
Quando o magnata António Tomás da Costa decide investir nas Maldivas, convida o seu filho para o acompanhar. 
António construiu a sua colossal fortuna através do êxito planetário de uma bebida energética chamada Su-Cola. 
Mas, a sua extraordinária visão empresarial é camuflada por uma implacável falta de caráter e crueldade impiedosa para com os seus trabalhadores. 
Pedro jamais poderia suspeitar que aquela viagem iria mudar a sua vida e inspirar uma Revolução!
O amor improvável entre Pedro e Bahira será a centelha de luz e inspiração vulcânica para uma mudança que se impõe no mundo!
A Princesa do Índico é um extraordinário romance, que embalará o leitor entre o quadro idílico de um oceano prateado e a imagem incómoda da escravidão em massa...

SOBRE O AUTOR:
Pedro Inocêncio adora escrever. 
Esta nota biográfica podia resumir-se a esta singela frase, uma vez que o resto não tem assim tanto interesse… 
Surpreendentemente, ou talvez não, o escritor tem vindo a conquistar cada vezmais apreciadores da sua escrita vibrante e espontânea. 
A sua página de autor conta com mais de vinte e cinco mil seguidores.
Tudo Acontece Por Uma Razão é o seu arrebatador romance de estreia. Lançado em finais de 2015 já esgotou a sua primeira edição, sendo que a segunda continua com uma procura muito activa e presente. 
As críticas ao livro são equivalentes ao prazer de quem o lê.
A Herança Nazi é o seu segundo livro. 
Trata-se de um invulgar e electrizante romance histórico, desenhado à imagem da originalidade emblemática do seu autor. 
“Um verdadeiro tsunami de emoções”, é a opinião de quem já leu este insólito enredo.
Pedro Inocêncio conta ainda com uma significativa e engenhosa coletânea de poemas, letras para canções e textos editados. 
Basicamente o autor gosta de escrever sobre tudo o que o inspira. Uma vez que escreve sobre tudo e mais alguma coisa é natural que muitas vezes cometa enormes, gravosos e injustos erros de interpretação ou julgamento.
Pai de Afonso e Leonor, o autor sabe que o seu sorriso só é pleno quando usufrui da singular companhia dos seus dois filhos.
Na opinião do escritor existem três coisas fundamentais nesta vida: saber viver bem com aquilo que a vida nos dá, usufruir ao máximo da companhia daqueles que mais amamos e outra coisa qualquer que também está relacionada com as duas anteriores…
A Princesa do Índico é o seu terceiro romance. 
Mais uma vez o escritor considera um privilégio extraordinário poder conviver diariamente com o Pedro e a Bahira, personagens principais da trama, e viver, na primeira pessoa, esta aventura maravilhosa.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

UMA VIAGEM INESQUECÍVEL, DE MICHAEL ZADOORIAN, PELA HARPER COLLINS

Colocando por aqui em dia uma leitura de Junho deste ano, o primeiro livro editado em Portugal do escritor Norte-Americano Michael Zadoorian, publicado em 2009, tendo só sido traduzido para português em 2018 pela Harper Collins.
A história está redigida na voz do narrador que é também a voz de Ella, já octogenária e com graves problemas de saúde, um problema oncológico sem prognóstico de remissão.
Ella decide não se submeter a tratamentos médicos e gerir o sue tempo da melhor forma possível.
O livro encontra-se organizado ao longo de 10 capítulos, sendo que cada capítulo corresponde a um estado norte-americano (de Detroit até à Disney na California) por onde passam de viagem os protagonistas da história que se lançam, apesar de proibidos pelos médicos e filhos, numa viagem de autocaravana pela Rota da Estrada 66: Michigan, Indiana, Illinois, Missouri, Kansas, Oklahoma, Texas, Novo México, Arizona e Califórnia.
O outro protagonista da história é John, marido de Ella, também octogenário, a quem foi diagnosticado há cerca de 4 anos Alzeimer e que apresenta já muitos momentos de alheamento do presente.
Percebemos o risco que ambos correm pelos problemas de saúde que enfrentam, mas Ella, sempre lúcida, orienta John que ainda conduz bem e vai gerindo de uma forma extraordinária as dificuldades com que se deparam no dia a dia.
Nesta história, para além de outras discussões, ficamos com um diário de viagem pela mítica Rota 66.
Uma história complexa que aborda as dimensões do inevitável envelhecimento, da doença e suas limitações, do companheirismo que permite melhor gerir as dificuldades, a eventual perda de autonomia e como a percepção da mesma é desagradável para quem sempre tomou as suas decisões, o enquadramento em lares, a relação com os filhos e a necessidade de autoestima e manutenção de liberdade.
Em última instância esta história é um grito de liberdade e de coragem, de saber tomar decisões que se consideram as mais acertadas e tudo relativizar com um espírito muito positivo.
Não se trata de temer o desconhecido mas antes encontrar um significado perante o desconhecido.
A pacificação do balanço da uma vida e de um dia a dia muito atribulado.
Mergulhando no íntimo de Ella viajamos com o casal e somos inundados por uma onda de boa disposição perante as aventuras com que se deparam.
Compreendemos o sentido da viagem no contexto da união do casal.
Os antagonistas da história são o tempo, as limitações físicas e a eventual perda de autoestima.
Um livro que releria.
Já leram?
Qual a vossa opinião?
Este livro já foi adaptado para o cinema com o título Ella e Jonh, tendo sido vencedor de vários prémios como o globo de outro para melhor atriz, leão de ouro e festival de Veneza.
Ainda não assisti ao filme.

Qual é mais bonita, a estrela da manhã ou a vespertina?
O nascer ou o pôr do coração?
O momento em que encaramos o desconhecido e as sombras a serem consumidas pelo dia decidido
ou quando toda a paisagem das nossas vidas se estende atrás de nós
e locais familiares brilham ao longe
e memórias queridas ascendem como uma brisa suave
magnificando os objetos que contemplamos e que em breve terão de desaparecer?
Henry Wodsworth Longfellow

O mundo está repleto de locais aos quais quero regressar
Ford Madox Ford


ISBN: 9788491391326
Edição ou reimpressão: 04-2018
Editor: HARPER COLLINS
Idioma: Português
Dimensões: 157 x 228 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 256
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Uma viagem inesquecível!
Um Bestseller no qual se baseia o filme do mesmo nome protagonizado por Helen Mirren e Donald Shutherland .
Um ponto de vista carinhoso e sincero sobre um casal que se descreve como dois velhos em apuros, que não está disposto a ir facilmente desta para melhor…
Tomara conseguirmos lidar tão bem com os nossos últimos dias como Ella e John Robina.
Os Robina partilharam uma vida maravilhosa por mais de sessenta anos. Agora, já com oitenta e tal, Ella tem cancro e John sofre de Alzheimer. Na ânsia de viver um grande aventura, estes "velhotes em apuros" fogem da supervisão dos filhos e dos médicos, que parecem querer controlar-lhes as vidas, deixando para trás a sua casa nos arredores de Detroit, decididos a viver uma férias proibidas e a redescobrir toda uma vida.
Com Ella a fazer de atenta copiloto, John conduz a caravana Leisure Seeker de 78 pelas vias esquecidas da Rota 66 até à Disneyland, em busca de um passado muito doloroso de recordar. Mas apesar disso, Ella está decidida a demonstrar que tudo se pode repetir na vida...mesmo que todos digam o contrário.