Dicas da Lu

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

UM ESTRANHO NA CIDADE, DE KRISTIN HANNAH, PELA BERTRAND EDITORA

De regresso ao mundo dos livros para deixar mais o registo de uma leitura de Julho, um livro de 2009 editado em Maio de 2017 pela Bertrand Editora, Um Estranho na Cidade, de Kristin Hannah.
Este foi o primeiro livro que li desta autora.
O livro tem 414 páginas, encontra-se dividido em 2 partes: a 1ª parte (antes) e a 2ª parte (depois).
A história encontra-se narrada na 3ª pessoa, repleta de diálogos. Já na 2ª parte, o personagem Noah pontua a história com entradas de um seu caderno, refletindo a sua intimidade e o seu ponto de vista dos acontecimentos.
Trata-se de uma história muito emocional e complexa sobre as relações familiares, proximidades e desavenças, adversidades, a prossecução individual de um propósito, o sentido da vida, perseverança, apoio incondicional, recomeços, desenvolvimento pessoal, auto-conhecimento, identidade e redenção.
Esta história entusiasmou-me pois li o livro em muito pouco tempo.
Um aspeto que importa realçar é o facto de vislumbrarmos o crescimento pessoal de cada personagem ao longo da história em função dos acontecimentos. 
A narrativa inicia-se em 1979, salta para o início dos anos 90 e termina passados cerca de 15 anos. Passa-se em Water's Edge, uma quinta onde há mais de 100 anos o patriarca da família se fixou, tendo fundado a cidade de Oyster Shores.
Conhecemos as 3 personagens centrais que são femininas, 3 irmãs e o seu pai já viúvo. A mãe faleceu tinha a mais nova das 3 irmãs 12 anos em 1979.
Winona é a mais velha com menos sensibilidade para os cavalos, formou-se em direito e refugia-se na comida para gerir as suas emoções. Sente pouco apoio do pai e pelo facto de ter peso a mais julga que ninguém se interessa por ela.
Aurora, a irmã do meio, constituiu família cedo, casou com um médico Richard e tem um casal de meninos. Adopta uma postura pacificadora da família.
Vivi Ann a irmã mais nova, é a protagonista da história, muito atraente, não consegue prosseguir os estudos e volta para a quinta do pai onde parece um pouco perdida relativamente ao futuro.
Quando Luke, formado em medicina veterinária, um antigo amigo de infância de Winona, regressa à cidade, acaba por se envolver com Vivi Ann e chega a pedi-la em casamento. Mas Vivi Ann não se sente tranquila para tomar essa decisão.
Winona sente uma atração por Luke mas reprime-se em respeito pela irmã e sofre por isso.
Nessa altura Dallas, um nativo norte-americano chega à cidade e começa a trabalhar na quinta.
Vivi Ann e Dallas sentem uma grande atração e casam em segredo, iniciando uma relação contra o falatório na cidade e a opinião do pai de Vivi Ann.
Só que Dallas com uma personalidade irreverente, parece esconder um passado misterioso.
Um crime acontece na cidade e Dallas acaba por ser incriminado em parte por ter ligações à vítima e talvez também por chenofobia.
Percebemos que Dallas decide afastar-se de Vivi Ann.
Vivi Ann, já grávida de Noah, vive momentos terríveis e assiste à prisão de Dallas e ao desmoronar dos seus sonhos.
Acaba por ter que refazer a sua vida e recuperar a força anímica.
Os anos passam e Noah já adolescente procura a sua identidade, questionando-se sobre o pai e procurando uma reaproximação.
Noah apresenta-se na 2º parte como o protagonista da história.
Conseguirão as desavenças familiares ser ultrapassadas?
Noah encontrará o seu pai e conseguirá que este seja ilibado das acusações?
Os cavalos Clementine e Renegade também ocupam um lugar relevante na história pois representam pontos de contacto e refúgio com a essência de Vivi Ann e Dallas.
Apreciei muito esta história.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789722534109
Edição ou reimpressão: 05-2017
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 148 x 233 x 28 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 416
Tipo de Produto: LivroClassificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
As irmãs Grey foram sempre chegadas. Na sequência da morte da mãe, as raparigas unem-se ainda mais, tornando-se grandes amigas. O pai, um homem austero, preocupa-se mais com a sua reputação do que com elas. Para Henry Grey, o que conta são as aparências e, anos mais tarde, continua a exigir das filhas que sejam reflexo que ele defende na comunidade. Winona, a mais velha, é a que mais precisa da aprovação do pai. Apaixonada por livros e com uma figura demasiado pesada, nunca se sentiu em casa no rancho que pertence à família há três gerações e sabe que não tem as qualidades valorizadas pelo pai. Mas é a melhor advogada da região e está determinada a arranjar um dia maneira de lhe mostrar o seu valor.
Aurora, a irmã do meio, está sempre a tentar manter a paz na família. É a mediadora de todas as disputas e quer manter toda a gente contente, embora esconda o seu sofrimento secreto. Vivi Ann é a estrela da família. Uma sonhadora de impressionante beleza, com um grande coração, é adorada por todos. Tudo lhe é fácil, até à chegada de um desconhecido à cidade… Numa questão de dias, tudo muda. As irmãs Grey irão virar-se umas contra as outras de um modo anteriormente inimaginável.
As lealdades serão postas à prova, os segredos revelados e um crime terrível e chocante irá abalar a família e toda a cidade. Com um ritmo perfeito e profunda emoção, Um Estranho na Cidade é um romance inesquecível sobre irmãs, rivalidades e perdão.



SOBRE A AUTORA:
Kristin Hannah nasceu em 1960 no sul da Califórnia. Aos 8 anos a família mudou-se para Western Washington. Trabalhou em publicidade, licenciou-se em Direito e trabalhou alguns anos em advocacia, em Seattle. Quando a gravidez a obrigou a ficar de cama durante vários meses, Kristin retomou uns textos antigos que tinha escrita em parceria com a falecida mãe, que sempre dissera que ela seria escritora. O marido encorajou-a e assim que o filho nasceu, Kristin abandonou a anterior atividade profissional e dedicou-se à escrita a tempo inteiro. O primeiro êxito surgiu em 1990 e desde então que a sua profissão é escrever. A autora já publicou 19 romances. Ganhou prestigiados prémios como um "Rita Award" (Romance Writers of América) em 2004 com Between Sisters, e o National Reader's Choice. A sua obra está traduzida em várias línguas. Vive com o marido e filho na costa noroeste dos Estados Unidos.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

DESTINOS, DE JORGE MANUEL LUCAS ALVES, PELA CHIADO BOOKS

Deixo neste meu espaço o registo da leitura do Romance Histórico Destinos, de Jorge Manuel Lucas Alves, uma edição de Outubro de 2019 com a chancela da Chiado Books que me foi gentilmente cedido em ebook pela Editora Chiado Books.
Destinos é o primeiro livro que leio deste autor e o segundo romance histórico de Jorge Alves.
A Narrativa abrange cerca de 25 anos, desenrola-se ao longo de 27 capítulos em 392 páginas, é contada na terceira pessoa e está repleta de diálogos. 
As descrições possibilitam uma percepção, ainda que ficcionada, dos conturbados tempos da Guerra Peninsular e Invasões Francesas que os nossos antepassados vivenciaram no início do século XIX, de Norte a Sul do País, pelo que este romance histórico reveste-se do maior interesse para todos nós.

Nos primeiros capítulos que nos transportam para 1793, chegamos a Lisboa e Ouguela para conhecermos o enquadramento da casa burguesa de Dom Eduardo em Lisboa negociante com Inglaterra, bem como a infância humilde de Agusto e dos seus três irmãos, Augusto que é o personagem principal desta história.
Passados 7 anos, o médico Dr. Dinis, padrinho dos 4 irmãos, perante a eminência de uma invasão espanhola das zonas fronteiriças a partir de Badajoz, orienta o destino das crianças sugerindo aos pais que autorizem a partida de Aurélio para servir no Porto numa casa burguesa de negociantes de vinho com Inglaterra. Os irmãos Júlio e Maria partiriam para Évora. Já Augusto mais arisco, que desenvolvera pontaria na caça com o mosquete do avô, poderia ficar em Ouguela para defender a praça ou então alistar-se eventualmente no regimento de Campo Maior para defesa do território.
Até que em 1801 ocorre uma invasão espanhola do território e Augusto assiste à rendição da fortificação portuguesa de Ouguela e à entrega das suas gentes mediante um acordo de rendição e capitulação aos espanhóis.
6 anos depois somos transportados para o Porto onde perante o crescer da tensão e uma invasão eminente por parte das tropas francesas, a família de burgueses que acolheu Aurélio como empregado, parte para Londres, levando Aurélio.
Augusto já alistado no regimento de Campo Maior envolve-se com a mulher de um oficial e é preso.
Em 1808 a população sofreu um grande saque e violência com a primeira invasão francesa, tendo a família Real fugido para o Brasil.
Os regimentos alentejanos e algarvios são dissolvidos pelos franceses e incorporados num novo regimento e caminham em péssimas condições para Salamanca cumprindo ordens dos oficiais invasores. Ocorreram inúmeras deserções, incluindo a de Augusto, que nesse perigoso processo livra da morte um oficial com patente, também desertor, que afinal é o filho de Dom Eduardo. 
Após o regresso a Portugal, refugiam-se na casa burguesa de Dom Eduardo em Lisboa.
É aí que Augusto conhece a francesa Julliete, que havia sido auxiliada em Londres por Dom Eduardo.
Julliete e o seu pai Antoine conheceram a perseguição em França, tendo os seus conjuges sido assasinados pelos jacobinos, tendo-se refugiado em Portugal.
A atração entre Augusto e Julliete acontece e é a partir daí que toda a trama da história ganha mais força.
Em 1809 no contexto da segunda invasão francesa, vamos encontrar Aurélio no Batalhão da Leal Legião Lusitânia aquartelado em Almeida, desenvolvendo arriscadas missões de emboscada em Espanha, na região de Cuidad Rodrigo atacando os dragões franceses, interceptando e eliminando todas as patrulhas, correios ou destacamentos.
Nessa altura, Aurélio encontra inesperadamente a sua irmã Maria, que se havia tornado guerrilheira naquela zona, sendo o papel dos guerrilheiros crucial para o êxito das missões militares.
Aurélio vê-se também envolvido na batalha de Alcântara com o intuito de evitar a entrada do exército francês em Portugal.
Nessa altura, Augusto já havia sido incorporado na bateria de caçadores, força de elite que manobrava a artilharia pesada.
Em 1810 somos transportados para a preparação das linhas das torres que foram determinantes para a retirada do exército francês no âmbito da terceira invasão francesa.
Apercebemos-nos também do ambiente de espionagem que existiria através do envio de informação ao general Massena, até por parte de altas classes da sociedade portuguesa. Nessa altura, o barão Dom Almeida acusou injustamente o pai de Julliete, que foi rapidamente capitulado por um oficial português.
Augusto no batalhão de caçadores incorporou as forças portuguesas, inglesas e alemãs  que perseguiram o exército francês até o território gaulês.
Na batalha de Albuera Augusto é ferido mas consegue recuperar e integrar as forças que tomaram Baiona/Toulouse em 1814.
Já em 1815 acompanhamos Augusto, Aurélio e Julliete que se descolam a Paris, de cavalo, à procura do barão Dom Almeida para vingar Antoine.
Este livro retrata um tempo muito difícil vivido pelos nossos antepassados, que correram risco de vida e tudo perderam pelo saque ou pela terra queimada para não permitir alimento aos invasores.
As casas senhoriais, as casas burguesas, o património religioso foram também objeto de saque e destruição.
Os homens foram alistados dos 15 aos 70 anos e levaram mais de 15 anos em missões ativas, deixando as suas famílias e as vidas em suspenso.
Muitos nunca mais se tornaram a ver.
As vias de comunicação não existiam como hoje as conhecemos, com comunicações telefónicas  ou móveis. Os correios militares eram fortemente escoltados e só esses permitiam a circulação de escassa informação.
Uma aventura extraordinária sobre as agruras daqueles tempos, com suspense e uma pitada de romance à mistura.
O livro foi baseado numa ampla pesquisa bibliográfica que o autor efetuou sobre a guerra peninsular e as invasões francesas em Portugal.
Uma leitura fluída que nos envolve facilmente pelo suspense do desenrolar da história de cada personagem, com as reviravoltas que aquele contexto por si só originava.
Já leram?
Qual a vossa opinião?

SINOPSE:
“Desde que o Augusto deixara Lisboa nunca mais tivera noticias dele. Apenas a promessa do soldado em casar com ela, logo que a guerra acabasse, lhe mantinha a esperança. Amava o filho mais velho do Fernando e da Lurdes e este amava-a com loucura. Podia não ter dinheiro, podia não ter propriedades e podia ser um simples soldado, mas, a bela normanda amava aquele homem. Amava aquele homem mas o seu coração não a deixava dormir pela noite. Sabia que o homem que adorava estava de armas na mão e a guerra a qualquer momento podia afastá-lo dela para sempre. A morte aguardava cada soldado em cada esquina.Rara era a noite em que o seu coração dormia descansado. O facto de nada saber dele e, a sempre presente dúvida de que se estaria vivo ou morto, consumiam-na por dentro. E agora, de novo com uma invasão nas mãos, a terceira tentativa francesa, os medos da bonita normanda aumentavam de dia para dia.”
Um romance histórico que nos transporta para os inícios do século XIX e cujas personagens nos vão ajudar a entender melhor aquela época brutal e cruel onde a guerra estava sempre presente nas vidas das pessoas. Nesta obra vai surgir uma história de amor entre um soldado português e uma linda francesa e ambos vão conhecer a crueldade e a violência de uma guerra que nunca antes Portugal enfrentara, a Guerra Peninsular. Entre as páginas o leitor irá encontrar a amizade, a felicidade, o amor, o sexo, a paixão e os sonhos, mas, também surgirá a crueldade extrema, a violência e a morte. Uma guerra que arrasou todo o reino e marcou a História de Portugal, e de Espanha, para sempre.



SOBRE O AUTOR:
Nascido em 1977, natural de Campo Maior, licenciado em História pela Universidade Autónoma de Lisboa e com um Mestrado em História, Relações Internacionais e Cooperação pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É também autor do Romance histórico “Tempos Turbulentos”.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

ABORDANDO O TEMA DO BULLYING, FLORIANO ENCAPSULADO DE FREDERICO FEITOZA ACABOU DE SER LANÇADO NESTE OUTUBRO COM A CHANCELA DA CHIADO BOOKS


Autor: Frederico Feitoza
Data de publicação: Outubro de 2019
Número de páginas: 234
ISBN: 978-989-52-6739-2
Colecção: Viagens na Ficção
Idioma: Português/BR

O Romance “Floriano Encapsulado” aborda questões centrais da adolescência.
Assinado por Frederico Feitoza, o livro foi publicado pela Chiado Books em Outubro.
Com uma temática voltada à sociabilidade na escola em tempos de mídias sociais, amadurecimento e os mais recentes perigos da adolescência, o romance “Floriano Encapsulado” é o novo lançamento da Chiado Books. Assinado pelo escritor brasileiro Frederico Feitoza, o livro mescla humor ácido e cultura pop, em um estilo coloquial, mas intenso. 
A obra está à venda em todo o país na chiadobooks.com bem como nas principais livrarias online.
O grande tema abordado na obra é o bullying e suas consequências catastróficas para os estudantes de uma escola particular, incluindo aí a delicada pauta do suicídio entre adolescentes. 
O protagonista, Floriano, é um garoto isolado e de poucos amigos, viciado em shopping centers e videogames. 
Sabe-se de antemão que já passou por tratamentos psiquiátricos, mas nunca obteve um diagnóstico preciso. Por conta de seu comportamento repetitivo e aparência desleixada, é alvo de discriminação por parte dos colegas. 
E é sua resposta às constantes pressões sociais que compõe o elemento misterioso e perturbador do texto. 
Especialmente quando o palhaço da escola, Roberto Salomão, surge interessado em forçar uma nova amizade.
O livro é bem-humorado, mas explora a fundo o selvagem microcosmo da hora do recreio numa escola de classe média e a dinâmica de seus afetos: Mabel, a única amiga de Floriano, que é chamada de Sapatuxa porque “age como garoto”, Emanuel, apelidado de “gordinha”, e que não sabe bem se deseja ser menino para sempre, as irritantes Amandas do 1º B, a “paraíba” Regina George from Taquaritinga... 
A princípio o leitor parece exposto a uma história inocente sobre apelidos e grosserias na escola, mas aos poucos o livro converte-se em um intenso suspense que envolve a ida de adolescentes de classe média à periferia (não fica muito clara qual é, mas se inspira na geografia do Distrito Federal) e aos desafios sedutores e perigosos que eles propõem entre si.
A ideia para o livro surgiu enquanto o autor lecionava um curso de comunicação e cultura na Universidade Católica de Brasília, onde trabalhou por quatro anos. 
Inspirado por uma onda de suicídios que aconteceu em um shopping center da cidade, o Pátio Brasil, durante os anos 2000, resolveu criar um texto que abordasse a temática, de forma a conscientizar não só os adolescentes, mas os leitores adultos e também educadores.
O autor afirma que o livro foi escrito após a sua mudança para Berlim, na Alemanha, durante o verão de 2018.
— Acredito que seja um suspense sobre como os jovens podem reagir à atmosfera cínica e isolante da vida em sociedade no início dos anos 2010, em uma cidade qualquer do Brasil, mas é também um texto escrito com muita ternura sobre como encontrar amor em meio aos destroços sentimentais do dia a dia. É tanto literatura juvenil quanto jovem adulta — ressalta.

SOBRE O AUTOR
Frederico Feitoza, 38 anos, é escritor e jornalista. 
Pesquisador na área de Mídia e Psicanálise, foi professor durante quatro anos no curso de Comunicação da Universidade Católica de Brasília. 
A cultura jovem do Distrito Federal o inspirou a escrever “Floriano Encapsulado”, especialmente as histórias que ouviu sobre uma curta, mas enigmática onda de suicídios em um shopping center da cidade. 
Hoje vive em Berlim, onde se dedica ao aprendizado da língua alemã e à produção literária. 
A sua luta de todos os dias é contra o desamor no mundo neoliberal.

domingo, 27 de outubro de 2019

DESTINOS, O ROMANCE HISTÓRICO DE JORGE ALVES, JÁ ESTÁ À VENDA EM TODO O PAÍS, COM A CHANCELA DA CHIADO BOOKS

Mais uma novidade bem fresquinha, o lançamento editorial deste mês de Outubro, com a chancela da Chiado Books, o romance histórico 'Destinos' da autoria de Jorge Manuel Lucas Alves.
A dissonância entre amor e guerra é também a síntese da obra “Destinos”, que fala sobre a relação entre um soldado português e uma jovem francesa em plena Guerra Peninsular, a começo do século XIX.
Desta forma, paixão e amizade contrapõem-se à crueldade extrema das batalhas, marcadas por violência e mortes.
Assinado pelo historiador Jorge Manuel Lucas Alves, este romance tem a chancela Chiado Books e já está à venda em todo o país.
O livro faz referência à Revolução Francesa, à Guerra das Laranjas com a rendição da fortaleza de Ouguela e às Invasões francesas.

Na história, como Junot desmobiliza o exército português, forma-se então uma força que será conhecida como a Legião Portuguesa, que é enviada para fora do Reino.
Há referência ainda aos massacres praticados pelas tropas francesas, às guerrilhas, à fome e à morte que atingiu milhares de pessoas, entre outros fatos marcantes.
Desta forma, entrelaçados pelos acontecimentos históricos, os leitores acompanham os personagens, numa forma de também compreender o que se passou há pouco mais de 200 anos.

— O leitor irá encontrar no livro personagens fictícias, que bem podiam ter existido, e através delas irá ficar a conhecer, para além da ficção, todo este período da nossa História. As personagens comportam-se e vivem como qualquer homem ou mulher da época, com os seus problemas, sentimentos, ambições, sonhos, desafios, etc.. É uma obra onde o leitor irá encontrar a violência da guerra, a sua crueldade e a sua miséria. As personagens irão comportar-se como se cada uma delas tivesse existido e dentro das suas vidas temos bem presente o sexo, a paixão, a traição, a vingança, a amizade, a valentia, a coragem e toda a força de vencer de um povo — relata o autor.

 


Autor: Jorge Manuel Lucas Alves
Data de publicação: Outubro de 2019
Número de páginas: 406
ISBN: 978-989-52-6766-8
Colecção: Viagens na Ficção
Idioma:

 
SINOPSE:
“Desde que o Augusto deixara Lisboa nunca mais tivera noticias dele. Apenas a promessa do soldado em casar com ela, logo que a guerra acabasse, lhe mantinha a esperança. Amava o filho mais velho do Fernando e da Lurdes e este amava-a com loucura. Podia não ter dinheiro, podia não ter propriedades e podia ser um simples soldado, mas, a bela normanda amava aquele homem. Amava aquele homem mas o seu coração não a deixava dormir pela noite. Sabia que o homem que adorava estava de armas na mão e a guerra a qualquer momento podia afastá-lo dela para sempre. A morte aguardava cada soldado em cada esquina.Rara era a noite em que o seu coração dormia descansado. O facto de nada saber dele e, a sempre presente dúvida de que se estaria vivo ou morto, consumiam-na por dentro. E agora, de novo com uma invasão nas mãos, a terceira tentativa francesa, os medos da bonita normanda aumentavam de dia para dia.” 
Um romance histórico que nos transporta para os inícios do século XIX e cujas personagens nos vão ajudar a entender melhor aquela época brutal e cruel onde a guerra estava sempre presente nas vidas das pessoas. Nesta obra vai surgir uma história de amor entre um soldado português e uma linda francesa e ambos vão conhecer a crueldade e a violência de uma guerra que nunca antes Portugal enfrentara, a Guerra Peninsular. Entre as páginas o leitor irá encontrar a amizade, a felicidade, o amor, o sexo, a paixão e os sonhos, mas, também surgirá a crueldade extrema, a violência e a morte. Uma guerra que arrasou todo o reino e marcou a História de Portugal, e de Espanha, para sempre.
 
SOBRE O AUTOR:
Nascido em 1977, natural de Campo Maior, licenciado em História pela Universidade Autónoma de Lisboa e com um Mestrado em História, Relações Internacionais e Cooperação pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É também autor do Romance histórico “Tempos Turbulentos”.

COLDPLAY, ORPHANS


Rosaleen of the Damascene
Yes, she had eyes like the moon
Would have been on the silver screen
But for the missile monsoon

Here we have a direct reference to the bombings that happened in the Syrian capital, Damascus, in April 2018; it's when Britain, the US, and France attacked the city, leaving so many killed children and adults; one of those, is the character mentioned here, her name was Rosaleen.

"Rosaleen of the Damascene" is probably on of the cleverest lines I've heard this year; Rosaleen is a female name that means 'little rose'; and Damascene is anything or anyone that's from Damascus, which is a city that's also called the 'City of Jasmine'; so he's calling the girl the "little rose of the city of roses" basically.

She went, "Woo woo, woo woo oo-oo-oo"
Indigo go up to heaven today
Woo woo, woo woo oo-oo-oo
With bombs going boom ba-boom-boom
She say...

Rosaleen was killed in one of those attacks, she was a beautiful baby girl, who had beautiful eyes; and he thinks she could've been a stunning actress, if it weren't for the missile that killed her.

Baba would go where the flowers grow
Almond and peach trees in bloom
And he would know just when and what to sow
So golden and opportune
He went, "Woo woo, woo woo oo-oo-oo"
Tulips the colour of honey today
It's true true, woo woo oo-oo-oo
With bombs going boom ba-boom-boom
He say...

So her baba, which is Arabic for 'Father', he was a simple farmer; and this verse shows the beauty of the city, mentioning almonds, peach trees, flowers, tulips, and honey; all of which show the simple happy life that these innocent people had before the war; that song and these verses are portraying the 'everyday life' of those people, just before they both get robbed of their lives.

I want to know when I can go
Back and get drunk with my friends
I want to know when I can go
Back and be young again (yeah)

It might sound like it's a bit out of place; but if you think about it, the album is called Everyday Life; the song has an uplifting sound to it, and the verses are about the happy simple lives of a father and a daughter before they die; so this is a chorus that is a nice resemblance of this attitude; the world has both good and bad times; we sometimes say "what will the refugees do now? what about their future? what about education and jobs?"; and while these questions are valid and very important, sometimes those people in war just wish they could get back to having a normal life again, they sometimes miss the simple nice everyday life things, like going out with friends on the weekends to grab a bite and a drink.

Cherub Seraphim soon
Come sailing us home by the light of the moon

I think this is from Rosaleen's perspective in the afterlife; Cherubim and Seraphim are two arch-angels that are believed to guide people when they die; and in that case, they are welcoming Rosaleen and her father after they've been killed, taking them to heaven, because they lived a good and innocent life.

Woo woo, woo woo oo-oo-oo
I guess we'll be raised on our own then
Woo woo, woo woo oo-oo-oo
I want to be with you 'til the world ends
I want to be with you 'til the whole world ends
Boom boom ka, buba de ka
Boom boom ka, buba de ka

Fonte:https://www.popsongprofessor.com/blog/2019/10/25/what-does-orphans-by-coldplay-mean

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

ENTREVISTA AO AUTOR DE PRINCESA DO ÍNDICO, PEDRO INOCÊNCIO, LIVRO PUBLICADO COM A CHANCELA DA CHIADO PUBLICHERS


Neste dia do lançamento do terceiro Romance de Pedro Inocêncio no Club Farense em Faro pelas 17h30, deixo-vos a entrevista ao autor!

Os outros eventos de lançamento são:
2 de novembro às 17h30: Chiado Clube Literário (Lisboa)
16 de novembro, às 17h00: Biblioteca Municipal de Elvas Drª Elsa Grilo (Elvas)

Numa breve conversa à volta dos livros ficamos a conhecer melhor o autor e esta obra:

- Qual é o seu percurso e em que medida o mesmo determinou ter enveredado pela escrita e em que momento?

A minha paixão sempre se centrou em duas áreas: o desporto e a criação artística. Como criança sempre fui muito curioso e pró-activo. Sonhava em ser uma estrela do Rock and Roll ou um realizador de cinema. Assim que entrei para o 5º ano quis ser professor de Educação Física porque achava maravilhoso poder estar na escola sem ter que passar pelas salas de aula… Sou licenciado em Educação Física e Desporto e hoje sou professor de Educação Física. Não sou realizador de cinema, infelizmente, mas na escrita encontrei o meu espaço como criativo.
Em jovem, fundei inúmeras bandas de música, realizei muitos concertos e cheguei a editar um Cd com titulo sugestivo Antes que o mundo acabe. Nunca me imaginei a escrever romances! Chego à escrita por acidente. Sou um leitor compulsivo e leio de tudo um pouco. Uma notícia de jornal insólita levou-me ao meu primeiro romance Tudo Acontece Por Uma Razão e a partir daí não mais parei de escrever. Na escrita consegui algo que nunca logrei conseguir na música: a satisfação plena com o meu trabalho. E ainda assim, tem sido uma enorme surpresa para mim, as críticas fabulosas e entusiásticas que recebo dos meus romances. A satisfação e alegria que sinto em quem me lê é a melhor recompensa que tenho como escritor. O prazer de escrever uma história com significado, emocionalmente relevante, com suspense e ação, que inspire os leitores.

- Neste romance viajamos até às Maldivas, uma arquipélago situado no oceano índico, uma república com o islão como religião dominante e com uma economia dependente do Turismo. Já conheceu este lugar aparentemente idílico?
O que o motivou a escolher esta realidade e geografia para este livro?

Sim, já conheci as Maldivas. Foi no já longínquo ano de 2003 que viajei até aquele maravilhoso arquipélago. Nessa viagem constatei que existe uma ilha que é detida pela Coca-Cola. Tudo o que bebemos naquele país, excepto as bebidas alcoólicas, é Coca-Cola. E quando digo tudo, é mesmo tudo! Desde a água engarrafada, às bebidas energéticas, água com gás, refrigerantes… É tudo Coca-Cola! Jamais esqueci esse pormenor e esse foi o rastilho de inspiração da Princesa do Índico. Parti do mesmo princípio, só que com um magnata português, António Tomás da Costa, que estabelece um acordo infame com o Presidente das Maldivas para a construção de uma fábrica onde os direitos humanos são uma miragem… Em vez da Coca-Cola temos a Su-Cola, uma bebida energética que vai dominar o mercado, provocando o colapso da Coca-Cola e da Pepsi.
Esta é uma história de emoções intensas, personagens marcantes e muita acção e suspense. O amor e o romantismo são também ingredientes que fazem parte deste livro. Pedro Tomás da Costa, o filho do magnata, é um idealista. O choque entre os dois será inevitável e irá provocar uma autêntica revolução…O amor entre Pedro e Bahira, uma simples trabalhadora do império Su-Cola, irá provocar um tsunami naquele país e será a centelha de esperança num mundo cada vez mais cinzento.
Desde que comecei a escrever que sonhava editar um romance como A Princesa do índico. Espero que os leitores tenham tanto prazer a ler como eu tive a escrever…


- Quais os principais valores e reflexões que procurou deixar aos leitores desta sua obra, isto é, qual a mensagem que procurou deixar ao mundo?

Que importância tem a mensagem de um escritor, sonhador, romântico, num mundo dominado pelo cinismo de fato e gravata?
A minha mensagem centra-se sempre no amor. Sou o último dos românticos… Gosto de acreditar, embora seja ingénuo ao pensar assim, que podemos vencer as nossas diferenças.
Todos os sinais apontam para um colapso desta sociedade em que vivemos. Mas como todos vivemos centrados no nosso umbigo e como olhamos apenas para aquilo que nos preocupa, será muito difícil senão impossível realizar alguma mudança neste mundo insano em que vivemos.

- Para si, qual o sentido deste livro?

660 páginas de emoções fortes, ação vertiginosa, suspense até ao fim, romantismo extremo e uma boa dose de loucura… O sentido de qualquer um dos meus romances é a possibilidade de distanciamento da realidade, do início ao fim do livro.

- Que conselhos deixa aos leitores das suas obras?"

Sejam felizes! Não centrem a vossa vida nos medíocres e mal resolvidos. Prefiram o elogio à crítica e tentem tirar o melhor proveito de cada momento, sem prejudicar terceiros. A vida é o momento que estamos a viver…