Dicas da Lu

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

JOGO PARALELO, NOVO LIVRO DE FERNANDO BARRAL, ACABOU DE SER LANÇADO PELA CHIADO BOOKS

Mais uma novidade bem fresquinha deste mês de Setembro no mundo editorial, o novo livro 'Jogo Paralelo' do autor Fernando Barral com a chancela da Chiado Books!
Uma obra que promete abrir reflexões sobre o sentido da vida, um livro a não perder.



Retratar uma geração nascida no Rio de Janeiro dos tempos de liberdade e estupor com a vida é premissa do novo livro de Fernando Barral. 
Publicado pela Chiado Books, em Portugal e no Brasil, “Jogo Paralelo” é a terceira obra do autor. 
A partir da óptica singular do escritor, traduzida em palavras, o leitor é apresentado aos amigos Léo, Múcio e Michelangelo, que vivem a indagar sobe a realidade e a existência, até que acabam se vendo como parte de um estranho agrupamento, o Clube 99.
Encontros, desencontros, reminiscências e pessoas que buscam encontrar a si mesmas também fazem parte da trama. 
Rumos e acertos, fascínios e formações envolvem-se com uma juventude lúcida, mas um tanto sem rumo, tal qual parece ser o próprio país.
O leitor pode esperar uma visão inédita, existencial da vida. Ela transcende o Rio de Janeiro e nos oferece uma realidade alternativa e venturosa. Mexerá certamente com os apetites do leitor e a postura com que observa o desvelar da vida. É uma ficção e extrapola vestígios de pensamento, daqui e dali, que são vibrantes, corajosos e honestos. É um alô para o homem de amanhã — destaca o autor.

Autor: Fernando Barral
Data de publicação: Setembro de 2019
Número de páginas: 120
ISBN: 978-989-52-6428-5
Colecção: Viagens na Ficção
Idioma: PT

SINOPSE:
Jogo Paralelo é um livro sobre encontros e desencontros, sobre reminiscências e sobre uma geração carioca e universal que busca se encontrar. 
Aponta rumos e acertos, fascínios e formações – sempre irmanada a uma juventude lúcida mas um tanto sem rumo, como sem rumo parece ser o país. Nessa canoa furada vão os nossos amigos Léo, Múcio e Michelangelo, sempre indagando aos quatro ventos sobre a Realidade e a Existência. Nessa toada, descobrem-se pertencentes a um estranho clube – com estranhas regras.

SOBRE O AUTOR:
Escoltado no sonho e na realidade, Fernando parece chegar a uma maturidade intelectual inquestionável. 
Seu assunto é a vida e a filosofia, engajando-se em reflexões, divagações e inquietações de modo bastante original. 
Mora há cinco anos em Cascais. 
Dizem os colegas que eu não sou mais o que parecia. 
Muito bem, sou um Cidadão do Mundo, agora, e a realidade é tudo o que aparece. 
Tem outros dois livros: “Ar Sujo” e “O Rei da Montanha”.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A PRINCESA DO ÍNDICO, DE PEDRO INOCÊNCIO, PELA CHIADO BOOKS

Mais um tempo passado à volta dos livros, desta vez do ebook gentilmente cedido pela Chiado Books, A princesa do Índico, de Pedro Inocêncio, uma edição de Agosto de 2019 com a chancela da Chiado Books.
A história encontra-se narrada na terceira pessoa  e está repleta de diálogos ao longo das 660 páginas e 82 capítulos. A itálico vamos encontrando os pensamentos de alguns personagens.
Apesar da dimensão do livro a leitura é fluída e a história prende-nos página após página pela expetativa dos acontecimentos.
O autor envolve-nos na história de uma forma extraordinária pelas emoções intensas que confere aos personagens bem como pela profunda reflexão que nos conduz acerca de valores e do mundo que nos rodeia.
A par de uma denúncia ao poder, ao lucro e às injustiças que daí decorrem, abre uma porta para a possibilidade de escolha individual e de sentido de justiça, ainda que pareçam utópicos.
Será que num mundo orientado para o lucro à custa da sobre-exploração dos recursos, incluindo os recursos humanos, será possível acreditar num ideal de justiça e de respeito para com os direitos fundamentais do ser humano? Será ainda possível reparar o passado? Abre-se ainda uma reflexão sobre os mecanismos inerentes ao contexto para a adesão a correntes terroristas e a sua ligação com a vertente muçulmana.
Tudo começa com um atentado à bomba com contornos terroristas nas cerimónias do 25 de Abril de 2024 na Assembleia da República.
Do capítulo 1ª ao 7ª é nos apresentado o personagem principal Pedro Tomás da Costa e o seu pai Tomás da Costa, um dos antagonistas da história , os acontecimentos do dia do atentado e o contexto no ãmbito do qual Pedro testemunha o atentado.
A partir do 8º capítulo até o 31º somos transportados para o arquipélago situado no oceano índico, as Maldivas, 2 anos antes do atentado, onde Pedro acompanha o pai numa viagem a pedido deste.
Ficamos a perceber que existe um acordo entre o empresário Tomás da costa e o presidente das Maldivas Nadim Muslim (outro antagonista da história) para a instalação de uma fábrica do multimilionário português numa das ilhas daquele arquipélago tirando partido da mão de obra barata.
Ficamos com a percepção de tudo o que separa o seu filho e António da Costa, self-made-man, determinado, ambicioso e calculista.
Pedro fica chocado com o contexto operacional da fábrica e numa visita às instalações conhece a trabalhadora fabril muçulmana Bahira Kadeen (a outra protagonista da história) e os seus dois irmãos Nasim e Abdul.
Entre ambos começa a desenhar-se uma profunda atração, sendo que Pedro manifesta um profundo desagrado e revolta com as condições que os trabalhadores da unidade fabril experimentam sob o jugo do seu primo Luis da Costa (outro antagonista da história).
Dos capítulos 32º ao 34º somos confrontados com acontecimentos avassaladores nas instalações fabris das Maldivas quando Pedro e o seu pai já se encontram em Portugal.
Nos capítulos 35º 3 36º os acontecimentos sofrem uma grande reviravolta quando Bahira e Nasim começam a trabalhar na fábrica de Palmela de António da Costa.
Nos capítulos 39º, 41º, 43º, 46º e 48º somos transportados para o Afeganistão, para o contexto de recruta e atuação do Estado Islâmico, onde Abdul irmão de Bahira acaba por se inserir, apesar dos inúmeros conflitos morais que experiencia, até que um mês antes do atentado se reencontra em Lisboa com os seus irmãos. Vamos vislumbrando também o que levou Abdul a escolher esse caminho.
A partir do 38º capítulo viajamos para Lisboa e conhecemos o dia a dia de Pedro, Bahira e Nasim, que chega a sofrer uma agressão xenófoba.
Os acontecimentos sucedem-se então a um ritmo vertiginoso até o dia do atentado no capítulo 63º.
Após o atentado os acontecimentos precipitam-se novamente com muitas voltas e reviravoltas culminando num final surpreendente que nos deixa reflexões acerca dos seguintes dizeres: 'nada acontece por acaso' e 'somos o resultado das circunstâncias em que nos encontramos'.
Uma história sobre valores, ideais, amor, medo, subjugação, manipulação, o que move os atentados e as suas vertentes complexas, sobre o clima de suspeição em relação a determinadas etnias ou religiões, sobre os dilemas interiores de cada um, sobre escolhas, no limite, sobre coragem, liberdade e o sentido da vida.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789895262632
Edição ou reimpressão: 08-2019
Editor: Chiado Books
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 25 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 660
Tipo de Produto: Livro
Coleção: Viagens na Ficção
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Um atentado bombista à Assembleia da República, em Portugal, desperta o país para a realidade do terrorismo em grande escala! Ávidas de encontrarem culpados, as autoridades mundiais apontam as suas baterias para três irmãos muçulmanos: Bahira, Abdul e Nasim.
Como pode este crime estar relacionado com o amor vivido entre Pedro Tomás da Costa, herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo, e Bahira Kadeen, uma bela muçulmana, que trabalha em regime de escravidão, numa das Fábricas da família da Costa?
Quando o magnata António Tomás da Costa decide investir nas Maldivas, convida o seu filho para o acompanhar. António construiu a sua colossal fortuna através do êxito planetário de uma bebida energética chamada Su-Cola.
Mas, a sua extraordinária visão empresarial é camuflada por uma implacável falta de caráter e crueldade impiedosa para com os seus trabalhadores. Pedro jamais poderia suspeitar que aquela viagem iria mudar a sua vida e inspirar uma Revolução!
O amor improvável entre Pedro e Bahira será a centelha de luz e inspiração vulcânica para uma mudança que se impõe no mundo!
A Princesa do Índico é um extraordinário romance, que embalará o leitor entre o quadro idílico de um oceano prateado e a imagem incómoda da escravidão em massa...

SOBRE O AUTOR:
Autor do arrebatador romance de estreia, Tudo Acontece Por Uma Razão, Pedro Inocêncio tem vindo a conquistar cada vez mais apreciadores da sua escrita vibrante e espontânea.
A sua página de autor, no Facebook, já conta com mais de 20.000 seguidores! É nessa plataforma social que publica, regularmente, excertos das suas obras, poemas, bem como outros textos originais.
Professor de Educação Física, confessa que, para além do desporto, a escrita é a sua grande paixão. O autor classifica os seus períodos de criatividade no papel como um ato de libertação das rotinas diárias e de procura pela criação de uma realidade paralela àquela que habitamos... Nos seus tempos de lazer revela-se um leitor obstinado e praticante regular de ténis.
Pedro Inocêncio conta ainda com uma significativa e engenhosa coletânea de poemas e letras para canções. Muitos desses temas foram editados em CD, por diversas bandas e artistas singulares, tendo alguns dos seus poemas sido incluídos em antologias de poesia contemporânea.
Pai de Afonso e Leonor, o autor sabe que cada momento que vive com os seus dois príncipes é único e irrepetível. E sabe também que o seu sorriso só é pleno quando usufrui da singular companhia dos seus dois filhos…

domingo, 22 de setembro de 2019

A HORA MÁGICA, DE KRISTIN HANNAH, PELA BERTRAND EDITORA

Colocando em dia neste cantinho uma leitura que efetuei em de Junho de 2019, a Hora Mágica de kristin Hanahh, publicado inicialmente em 2002 e traduzido para português em 2005, com edição em novembro de 2015 pela Bertrand Editora.
O livro tem 263 páginas divididas ao longo de 26 capítulos e 1 epílogo.
A história passa-se ao longo de um ano, de outubro a setembro.
A narrativa é na 3ª pessoa e vai descrevendo o dia a dia de cada uma das personagens, sendo que no que respeita à personagem Alice, a menina, a narrativa aparece na 1ª pessoa.
Julia Cates é uma pedopsiquiatra bem sucedida, natural da cidade de Rain Valey (situada nas terras ermas da Olimpic National Florest, junto ao Pacífico, no estado de Washington) que se vê envolvida num processo judicial relacionado com uma jovem paciente que assassina 4 crianças.
Apesar de ter sido absolvida a sua reputação profissional fica comprometida, perdendo clientes e atravessando uma fase em que efetua forçosamente um balanço da sua vida.
Ellie Gates, a irmã de Julia ficou na sua terra natal e chefia a esquadra de polícia de Rain Valey. Chegada aos 40 anos e após dois divórcios, também se encontra numa fase de balanço da sua vida pessoal.
Percebemos que Ellie e Julia, apesar de irmãs, nunca tiveram uma relação muito próxima, sendo que Julia sempre se sentiu uma espécie de carta fora do baralho na família.
Penelope Nutter trabalha na esquadra e é amiga de Ellie desde os tempos de liceu, está determinada em encontrar uma companhia para Ellie e Call.
Call, pai de 2 meninas, atravessa uma fase em que a esposa o deixou e é telefonista na esquadra de Rain Valey.
Max Cerrasin é médico no hospital de Rain Valey, tendo-se mudado há cerca de 6 anos para se procurar afastar de uma perda familiar. reside numa propriedade nos arredores da cidade em frente a um lago. Tem fama de namoradeiro incorrigível.
Quando a pequena Alice foi encontrada, foi Max quem a examinou, tendo ficado ligado ao caso.
Alice é um menina com cerca de 6 anos que apareceu desorientada, desidratada e desnutrida, acompanhada por uma cria de lobo, aparentemente à procura de comida, tendo-se refugiado nos ramos de uma árvore no centro da cidade.
Ellie é alertada pela população e encarrega-se de resgatar a pequena Alice, levá-la ao hospital devido ao estado em que a pequena se encontra. A cria de lobo é enviada para o parque natural.
Apercebemo-nos no início da história Alice terá estado numa caverna, aterrorizada com 'Ele' e já há muitos dias sem comida. Alice também refere uma 'Ela' que só mais tarde percebemos.
Como Alice permanece aterrorizada, não fala nem articula qualquer diálogo, aparentemente não tem a noção como se utilizam talheres ou se efetua a higiene pessoal, é solicitada a presença de uma psiquiatra.
Face à disponibilidade da irmã, Ellie solicita a presença de Julia, que sem clientes, decide deslocar-se para Rain Valey.
Julia vê-se a braços com uma situação muito difícil, sendo que Alice apresenta características de uma criança selvagem criada desde bebé longe da civilização, o que realmente terá acontecido, enquanto esteve sequestrada ou perdida, as duas hipóteses mais plausíveis.
As circunstâncias em que a menina foi encontrada originam um forte mediatismo, pelo que Ellie, Julia e Max, os responsáveis pela mesma, têm que gerir essa situação da melhor forma possível, tendo decidido levar a criança para a quinta dos pais de Ellie e Julia, onde Ellie reside sozinha e para onde julia se muda e se confronta com muitas recordações e emoções por resolver.
À esquadra de polícia de Rain Valey começam a chegar inúmeros pais de crianças desaparecidas.
A determinada altura surge Gerge Azelle, um multimilionário que foi condenado com pena de prisão por ter feito desaparecer a sua mulher e filha então com cerca de 3 anos.
Azelle alega inocência e consegue que a sentença fosse anulada, tendo sido libertado após 3 anos de prisão.
Tem provas de que Alice é sua filha, além da inquestionável semelhança física.
Nessa altura já Julia havia requerido a guarda da menina, estando em curso um processo de adopçao para evitar a institucionalização da criança não tendo sido possível reverter o défice social e cognitivo.
A pequena Alice, como lhe chamava Julia foi fazendo pequenos progressos recuperando alguma confiança e apoiando-se ao longo desse processo em Julia.
Quando a menina e a cria de lobo conduzem a polícia até uma caverna, de onde fugira, todos percebemos que Alice esteve sequestrada e 'Ela', a sua mãe morrera, tendo sido enterrada no lugar.
Ficamos sem perceber o que aconteceu ao raptor, aumentando a suspeita sobre se Azelle esteve envolvido no rapto.
Como legítimo progenitor, Ellie e a polícia não encontram falhas no passado de Azelle e Julia acaba por não conseguir prolongar mais a tutela da criança.
A história sofre uma reviravolta que permitirá o melhor para a menina e para o seu desenvolvimento.
Trata-se de uma narrativa emocionante com um mistério relacionado com a identidade da menina e com muita investigação em torno desse mistério.
Sobre os traumas das vítimas de sequestro, sobre a resposta que a sociedade deverá ter perante essas situações e sobre as respostas do sistema judicial.
Como o envolvimento pessoal e emocional da pedopsiquiatra foi determinante para resgatar a menina dos efeitos físicos e psicológicos do sequestro.
Sobre laços, resiliência, respeito e amor fraternal.
Sobre a cedência por parte do pai biológico, que tomou a decisão mais acertada para permitir resgatar a criança, sabendo esperar.
Sobre redenção e como as vidas de Ellie, Call, Julia e Max se reorganizaram devido a este acontecimento, sendo que todos se reestruturam e reencontram um lar e uma família.
Já leram?
Qual a vossa opinião sobre este livro?




ISBN: 9789722531047
Edição ou reimpressão: 11-2015
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 233 x 31 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 464
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Um encontro extraordinário entre uma mulher e uma menina. Uma história de esperança que reinventa o conceito de família. No escarpado noroeste do Pacífico situa-se a Floresta Nacional Olímpica: perto de quatrocentos mil hectares de sombras impenetráveis e extraordinária beleza. Do coração desta floresta surge uma menina de seis anos. Sozinha e sem dizer uma palavra, não deixa transparecer nada acerca da sua identidade e do seu passado. A pedopsiquiatra Julia Cates regressa à sua Washington natal na sequência de um escândalo que lhe arruinou a carreira. A médica está decidida a libertar aquela extraordinária menina a que chama Alice da prisão de um medo e isolamento inimagináveis.
Para tentar chegar a ela, Julia tem de descobrir a verdade acerca do passado da criança, embora para isso precise da ajuda da sua irmã, uma agente da polícia de quem ela se afastou. Os factos chocantes da vida de Alice vão pôr à prova a fé e a força de Julia, que tenta a todo o custo dar um lar à menina… e a si própria. Em A Hora Mágica, Kristin Hannah cria uma das suas personagens mais adoradas e uma história flamejante que fala da capacidade de resistência do espírito humano, do triunfo do amor e daquilo que significa ter um lar.

SOBRE A AUTORA:
Kristin Hannah nasceu em 1960 no sul da Califórnia. Aos 8 anos a família mudou-se para Western Washington. Trabalhou em publicidade, licenciou-se em Direito e trabalhou alguns anos em advocacia, em Seattle. Quando a gravidez a obrigou a ficar de cama durante vários meses, Kristin retomou uns textos antigos que tinha escrita em parceria com a falecida mãe, que sempre dissera que ela seria escritora. O marido encorajou-a e assim que o filho nasceu, Kristin abandonou a anterior atividade profissional e dedicou-se à escrita a tempo inteiro. O primeiro êxito surgiu em 1990 e desde então que a sua profissão é escrever. A autora já publicou 19 romances. Ganhou prestigiados prémios como um "Rita Award" (Romance Writers of América) em 2004 com Between Sisters, e o National Reader's Choice. A sua obra está traduzida em várias línguas. Vive com o marido e filho na costa noroeste dos Estados Unidos.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

NOVO ROMANCE 'A VIDA É MADRASTA' DE AMÉLIA DA SILVA CONTA HISTÓRIA DE MULHERES NA GUINÉ BISSAU E É O NOVO LANÇAMENTO DA CHIADO BOOKS

De regresso ao mundo dos livros, uma novidade editorial com lançamento a 6 de Outubro pela Chiado Books e que nos transporta para a realidade de ser mulher em Guiné Bissau.
Uma obra arrebatadora que nos permite ter contacto antropológico com a realidade que se vive na etnia manjaca naquele país africano e que nos deixa uma reflexão profunda!

A Guiné-Bissau, com suas variadas etnias e particularidades culturais, foi a paisagem escolhida pela autora Amélia da Silva para seu primeiro romance, “A vida é madrasta”. 
Inspirada pela sua própria história e também pela das mulheres que rodearam sua vida no país africano, a escritora traz em Toié, a protagonista, uma voz de resistência. 
O livro é, também, uma forma de conhecer a cultura Manjaca, etnia a qual pertence a autora.
Dentro dela, por exemplo, as mulheres não têm permissão de exercer um papel ativo, ficando restritas sempre a decisões masculinas. 
Por exemplo, podem ter o futuro marido já escolhido desde o momento em que nascem.

— 
Para mim, cada vez que revejo a história, até sinto a dor que essas mulheres passaram — comenta a autora.

A história nasceu dos exercícios de escrita feitos pela autora, sob coordenação do realizador guineense Flora Gomes, com quem ela iniciou a carreira de atriz, em 1991. 
A considerar a variação étnica do país, ele fazia com que os atores e atrizes lessem textos em voz alta, como forma de melhorar a dicção. 
stimulados pela leitura, os participantes começaram também a escrever sobre o seu cotidiano, que culminou, no caso de Amália, em um romance.

Disponível em livrarias de todo o país em chiadobooks.com, o livro terá sessão de lançamento aberta ao público em 6 de outubro, às 14h30, no Chiado Clube Literário (Rua de Cascais, 57, Alcântara, Lisboa).

CONFIRA UM TRECHO DA OBRA:

“— Eu nunca te envergonhei, meu pai, simplesmente não quero casar com o homem que tu desejas muito, mas isso é normal, não tem mal nenhum, como também é muito normal uma pessoa casar com um homem que ama e que deseja!
— Estás louca!... Mas juro-te, por esta lua no alto do céu que está a iluminar-nos e a ouvir o teu disparate, que se voltares a envergonhar-me te irás arrepender!
— É injusto forçares-me a casar com um homem pelo qual não tenho a mínima simpatia e também penso que é absurda essa ideia que tens dos irãs."


SOBRE A AUTORA
Amélia da Silva tem 44 anos, é guineense, mãe e vive em Lisboa desde 2010. A escritora é também atriz, com participações no teatro, cinema e balé contemporâneo guineense. 
Trabalha atualmente na restauração e lamenta a falta de oportunidades decorrente da guerra em sua terra natal.



terça-feira, 17 de setembro de 2019

O TEU NOME MARISA ft MIGUEL GAMEIRO


Só para afastar esta tristeza
Para iluminar meu coração
Falta-me bem mais, tenho a certeza
Do que este piano e uma canção

Falta-me soltar na noite acesa
O nome que no peito me sufoca
E queima a minha boca

Falta-me soltá-lo aos quatro ventos
Para depois segui-lo por onde for
Ou então dizê-lo assim baixinho
Embalando com carinho
O teu nome, meu amor

Porque todo ele é poesia
Corre-me pelo peito como um rio
Devolve aos meus olhos a alegria
Deixa no meu corpo um arrepio
Porque todo ele é melodia
Porque todo ele é perfeição
É na luz, escuridão

Falta-me dizê-lo lentamente
Falta soletrá-lo devagar
Ou então bebê-lo como um vinho
Que dá força p'ro caminho
Quando a força faltar

Falta-me soltá-lo aos quatro ventos
Para depois segui-lo por onde for
Ou então dizê-lo assim baixinho
Embalando com carinho
O teu nome, meu amor

Porque todo ele é melodia
Porque todo ele é perfeição
É na luz, escuridão

Falta-me soltá-lo aos quatro ventos
Para depois segui-lo por onde for
Ou então dizê-lo assim baixinho
Embalando com carinho
O teu nome, meu amor

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

AS HISTÓRIAS DO JOÃOZINHO ACABOU DE SER PUBLICADO PELA CHIADO KIDS E VISA ANGARIAR FUNDOS PARA A PEDIATRIA DO HOSPITAL DE S. JOÃO NO PORTO

Acabou de ser editada peça Chiado Kids uma obra, 'As Histórias do Joãozinho' cujas receitas revertem a favor da Associação das Crianças do São João!
Vejam abaixo a entrevista com a organizadora da obra!

Fortalecer a união e estimular a criatividade durante a internação no Hospital Pediátrico Integrado do Centro Hospitalar São João do Porto foram algumas das motivações da obra “As histórias do Joãozinho”. Construído a partir de narrativas elaboradas pelos pequenos pacientes, este é, portanto, um livro de crianças e para crianças. 

Com textos organizados por Ana Pinto, a publicação tem a chancela Chiado Kids e já está à venda em todo o país
Os recursos obtidos serão destinados ao trabalho da casa de saúde, fazendo a diferença no dia a dia da pediatria e de seus utentes e profissionais.
O projeto que culminou no livro infantil surgiu de um desejo de proporcionar um momento de alegria às crianças internadas. 
Para além da obra publicada, é claro, a iniciativa resultou também em momentos de partilha, diversão e aprendizagem de valores.
O processo de escrita foi muito gratificante e divertido. Os momentos de criação em grupo eram de muita alegria e partilha. Cada elemento ia dando o seu contributo e eu ia tirando essas notas para poder criar a história final. Certamente foi necessário introduzir os valores e dirigir a atenção deles para esses mesmos, mas a intenção deles estava presente. Os processos de escrita quando desenvolvidos em grupos mistos (raparigas e rapazes), tinham muita mais imaginação e criatividade — conta Ana.
Ao folhear as páginas, o leitor encontrará histórias variadas, envolvendo principalmente animais e magia, como forma de despertar a imaginação. 
Além disso, todas terminam com uma pergunta, que incentiva a criança à reflexão e incute valores importantes como a amizade, verdade, bondade, perdão e a tolerância, entre outros. 
Há ilustrações a acompanhar cada texto e, ao final, há um espaço reservado para a criação de uma narrativa original.
A obra simboliza principalmente a magia da criatividade infantil e a importância de cultivar esta mesma. As histórias são uma pegada eterna das crianças e da união deles — ressalta a organizadora.
A obra terá lançamento oficial em 21 setembro, pelas 16h00, no Hospital São João do Porto, com entrada aberta a todos os interessados.


ENTREVISTA COM A ORGANIZADORA DA OBRA:
- Como surgiu ideia deste projeto?
Sempre tive ligada ao voluntariado e principalmente com crianças. Porém, não queria apenas brincar e contar-lhes histórias. Queria dar-lhes a possibilidade de poderem contar a sua história. Afinal, quem melhor do que uma criança para escrever histórias infantis? Ela sente, vê e pensa como só uma criança sabe.
Para além disso seria criado também um momento de partilha de aprendizagens e valores importante para o desenvolvimento deles e, em última instância, poderia ajuda-los a ultrapassar uma momento desafiante e inspirar outras crianças na mesma situação.

- Foi fácil envolver as crianças internadas no processo criativo inerente a este livro?
Foi uma experiência muito enriquecidora e desafiantemente mágica.
Havia vários factores influentes, tais como a dimensão do grupo, idade e género.
Havia sempre uma timidez e insegurança inicial. Era fundamental da minha parte quebrar o gelo, acolher cada um individualmente e incentivar à partilha sem medo, pois afinal ninguém estava ali para ser avaliado.
Depois de definido o tema em grupo, as ideias fluíam e por vezes até era dificil conseguir acompanhar tantas ideias.
Foi curioso ver que sempre que existia um grupo misto (rapazes e raparigas) a participação e imaginação era muito maior. Houve um dia em que tive apenas um grupo de raparigas que teve uma enorme dificuldade em desligar-se das histórias já existentes. Acabávamos por contar histórias de princesas que já conheciam e mostraram uma enorme dificuldade em ir para além disso. Os rapazes eram muito mais destemidos, sem medo de julgamentos.
Esta foi uma experiência que me marcou porque diz muito acerca da educação e padrões que ainda persistem na educação das nossas crianças.

- Em que medida o envolvimento das crianças neste projeto poderá ter contribuído para o seu bem estar?
Fez toda a diferença, sem dúvida. Em primeiro lugar criou uma atividade em grupo que assim permitiu eles se conhecerem, falarem, brincarem e criarem amizades. Esses laços foram para além da criação das histórias. As salas, os corredores e os quartos ficaram mais recheados de amizade, união, imaginação e alegria.

- Os valores inerentes a cada história foram surgindo de forma espontânea?
A introdução dos valores foi um trabalho feito por mim ao longo do processo da criação para garantir que houvesse essa parte pedagógica, não só para as histórias finais como também para cada atividade em grupo.
Não foi algo forçado mas sim uma sugestão que os incentivou a reflectir e dar outro rumo à história que estavam a criar. Por exemplo, uma situação que seria resolvida com violência, acabou com um perdão.

- Quem elaborou as ilustrações que acompanham cada história?
As ilustrações foram elaboradas pela talentosa Ana Margarido, a minha colega de trabalho.
Fico muito feliz por este projeto ter-lhe permitido realizar um sonho também: criar ilustrações para um livro infantil.
O trabalho está incrível e não poderia estar mais feliz com o resultado final.

- As receitas obtidas com a venda deste livro têm um propósito específico que mereça especial destaque?
As vendas vão para a ACSJ - Associação das crianças do São João. Mediante o valor angariado, será definido posteriormente qual a melhor forma a fazer este investimento. A prioridade será faze-lo com a maior transparência possível.

Sobre a organizadora da obra:
- Qual o seu percurso e em que medida o mesmo influenciou o seu envolvimento nesta obra?
Sempre tive ligada ao voluntariado e principalmente com crianças. Sou licenciado em ciências da comunicação e como tal, a criação de conteúdo foi sempre uma grande paixão. Num momento de maior reflexão pessoal, define que a intenção que iria guiar a minha vida seria ser a diferença que quero ver no mundo. Para mim, este livro é muito mais do que uma compilação de histórias. É uma prova daquilo que as crianças são capazes de fazer quando criamos condições para tal. É a prova do que em conjunto podemos fazer quando unidos pela mesma causa (campanha crowdfunding) e a prova de que afinal uma pessoa apenas pode fazer a diferença. É uma prova de amor e esperança. Assim seja!



Autor: Ana Pinto
Data de publicação: Junho de 2019
Número de páginas: 42
ISBN: 978-989-52-5856-7
Colecção: 7 aos 10 anos
Género: Infantil
Idioma: PT



SINOPSE:
As Histórias do Joãozinho são histórias de crianças para crianças.
Este projeto nasceu do desejo de criar histórias infantis elaboradas pelas próprias crianças internadas no Hospital Pediátrico Integrado do Centro Hospitalar São João do Porto.


O objetivo foi não só marcar a passagem deles pela pediatria, superando da melhor forma um momento difícil, mas também criar um espírito de união, criatividade e aprendizagem de valores. 
Todas as histórias são acompanhadas de ilustrações e, no final, existe um espaço reservado para a criação de uma história original.


SOBRE A AUTORA:
“As Histórias do Joãozinho" são histórias de crianças para crianças, elaboradas pelas crianças internadas na pediatria do hospital do São João do Porto.
O projeto surgiu da enorme vontade de proporcionar um momento de alegria às crianças internadas e cultivar a sua criatividade e autenticidade.
O resultado foi muito mais do que um livro, foram momentos de partilha, de diversão e também de aprendizagem para os mais pequenos e para mim.
A venda do livro visa inspirar outras crianças e os seus pais, consciencializar para a importância de dar liberdade à imaginação infantil e angariar fundos para a pediatria.
Este projeto pretende ser a diferença que queremos ver no mundo e todos nós fazemos parte desta história.