Dicas da Lu

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O ILUMINADO, DE STEPHEN KING PELA SUMA DE LETRAS

Deixo aqui o registo da minha ultima leitura: um ebook de Stephen King, O Iluminado, uma edição de 1997 com 383 páginas com 57 capítulos e um epílogo. 

Iniciei a leitura pela altura do Halloween tendo a mesma se estendido ao longo de duas semanas com muito esforço, pois o suspense gerado pelo narrador origina uma atenção e grande expetativa que tornam difícil abandonar a leitura. Este é do meu ponto de vista um livro que prende o leitor a cada página, sendo que no último terço torna-se quase impossível interromper a leitura. 

Pala pesquisa que efetuei, apercebi-me que este livro foi adaptado em argumento para o cinema nos anos 80, mas não cheguei a assistir ao filme. Parece que o final do filme diferirá um pouco do livro, tendo na altura existido por esse motivo alguma polémica em relação ao filme. O filme de terror psicológico foi dirigido por Stanley Kubrick e co-escrito com a romancista Diane Johnson e é considerado atualmente pela crítica um dos melhores filmes de terror desde sempre. Participaram no filme Jack NicholsonShelley DuvallScatman Crothers e Danny Lloyd.

Este é um livro que nos prende da primeira à ultima página pelo suspense que é gerado a cada linha, à medida que as personagens vão sendo construídas pelo autor, sendo os últimos capítulos os mais arrepiantes pelo enorme suspense e forte ligação ao sobrenatural.

As duas personagens principais são Jack e Danni um menino com apenas 6 anos filho de Jack e Wendy.

A vida corria sobre rodas à familia até que Jack se vê envolvido num problema no colégio onde leciona por agredir violentamente um aluno. Como consequência, Jack perde o emprego, surgem as dificuldades financeiras e a dificuldade em conseguir um emprego adequado à sua formação. Nesse tempo, Jack e Al, seu amigo e também professor no colégio desenvolvem alguns comportamentos aditivos com a bebida. Por Jack ter sido despedido, o pequeno Danni é obrigado a deixar o colégio e os seus amigos  e vive mais isolado com os pais.

Percebemos, à medida que o autor vai construindo os personagens, que Danni é um menino com uma grande sensibilidade, tendo episódios quer durante o sono, quer acordado, de algumas 'alucinações' que se percebem ser avisos e alguma perceção para além do senso comum. Cabe aos pais a difícil tarefa de gerir a vida o mais normal possível, chegando a recorrer a especialistas para se aperceber o que se passa com o menino.

Perante a dificuldade em encontrar emprego, Al que pertence a um meio privilegiado, sugere a Jack aceitar o emprego como zelador de um luxuoso hotel nas belíssimas montanhas do Colorado, afamada estância de veraneio desde o início do século XX. O Hotel encerra como habitual no início do outono, reabrindo na primavera. Durante o inverno a neve atinge vários metros na zona impossibilitando o acesso a não ser por snowmobile e contatos via rádio ou telefone.

Percebemos ocorreu um evento traumático entre Jack e Danni relacionado com um livro que Jack estava a escrever na altura. O livro representava um grande empenho e expetativa para Jack. Acontece que esse evento abre uma brecha na confiança na esposa de Jack, Wendy, com a qual que de lidar ao longo da história.

Jack deve zelar pelo funcionamento da caldeira do hotel para que os circuitos de aquecimento estejam operacionais na primavera aquando da reabertura.

Como qualquer hotel encerra histórias que ali aconteceram e que são ocultadas para não manchar a reputação do mesmo.

Percebemos que o anterior zelador, por algum surto psicológico ocorrido durante os meses de isolamento suicidou-se após assassinar a esposa e as duas filhas.

Jack começa por encontrar um álbum com fotografias e recortes na sala da caldeira que também serve de depósito para jornais e documentação antiga do hotel e começa por ficar cada vez mais fascinado com a história do hotel, chegando a vislumbrar um excelente argumento para o livro que tanto gostaria de escrever.

Mas o interesse parece torna-se numa espécie de obsessão que embora de início possa parecer natural, o mistério que envolve começa a transforma-se a ponto de  parecer que Jack perde o controle e vontade próprias. Surge a par o  fantasma do seu anterior comportamento aditivo com o álcool, que poderá ter despoletado o episódio que originou o seu despedimento do colégio.

A par de tudo isso, Danni persiste numa espécie de sonhos/visões de algo que põe em causa a sua integridade física, partilha com os pais, mas não consegue perceber quem poderá ser o agressor.

Estão reunidos os ingredientes para um 'triller' psicológico muito interessante e que consegue surpreender o leitor para além do esperado.

A ponto de percebermos que há forças sobrenaturais no hotel que parece que pretendem influenciar as decisões dos membros da família conduzindo-os para um abismo.

A necessidade financeira pesa sobre a eventual decisão de abandonar o emprego de zelador quando tudo parece estar a complicar-se e Jack e Wendy são forçados a decidir. Mas depois percebemos que a decisão que tomaram acaba contrariada.

Conseguirá Jack abstrair-se dessas forças? E Danni? Qual o papel de Wendy na história?

A narrativa conduz-nos a um ponto em que o próprio hotel se assume como uma personagem principal da história.

Se nos abstrairmos da dimensão sobrenatural, o autor através da construção dos personagens aborda certos traumas de infância e como esses traumas podem marcar a personalidade na vida adulta ao nível da incapacidade para lidar com impulsos, sobretudos os mais agressivos ou comportamentos aditivos que podem condicionar o ambiente profissional e familiar. Vislumbramos igualmente como esse processo ao nível do indivíduo origina uma luta interior de autodomínio e exige aos que o rodeiam, em particular a família mais próxima uma exigência acrescida e grandes dificuldades. O autor aborda também como é difícil prosseguir o interesse dos filhos nesse contexto também por vezes numa constante luta de forças num grande esforço de resiliencia.

Valeu a pena a leitura.

Já leram? Já assistiram ao filme?

Qual foi a vossa opinião? Partilhem nos comentários! 

Qual o livro que sugerem a seguir? O Doutor Sono?

Deixo ainda a nota que no âmbito do PNL2027 está incluído o livro 'Carrie' deste autor (Livro recomendado PNL2027 - 2019 1.º Sem. - Literatura - dos 15-18 anos - maiores 18 anos - Mediana - Fluente)


SINOPSE:

Jack Torrence consegue um emprego num velho hotel, e acha que será a solução dos seus problemas e dos da sua família - as dificuldades vão ficar para trás, a sua mulher vai deixar de sofrer e o seu filho, Danny, vai poder voltar a respirar ar puro e ultrapassar as estranhas convulsões. 
Mas as coisas não são tão perfeitas como parecem - existem forças malignas a pairar nos antigos corredores. 
O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança, e, inevitavelmente, um confronto entre o bem e o mal vai ter que ser travado.



terça-feira, 20 de outubro de 2020

O FALADOR DE MÁRIO VARGAS LLOSA, PELA BIIS, LEYA

Mais uma leitura recomendada pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário.
Nunca tinha lido nada deste autor.
Trata-se de uma edição de Janeiro de 2011 com 251 páginas e 8 capítulos, contada a duas vozes de forma alternada: Saul Zurata mais conhecido como o mascarilla por apresentar um sinal de nascença na face e o outro narrador contemporâneo ex-colega de escola de Saul em Lima no Peru.
A leitura não é muito fácil pois a personagem e a voz de Saul Zurata mergulha-nos na selva amazónica e na vivência das tribos peruanas bem como no seu imaginário e crenças que aos olhos dos ocidentais parecem irracionais.
Mas a história vai mais além, ambas as personagens buscam e movimentam-se em contínuo em direção a compreenderem o seu propósito de vida, ambos partindo de Lima onde estudaram e foram colegas no curso superior de Etomologia. 
Saul junto das tribos peruanas amazónicas e o narrador no seu percurso que se cruza com a Europa, em Florença 
Uma história que discute a preservação da natureza e da antropologia nativa num mundo em constante mutação.
Uma história que discute o sentido e o propósito do indivíduo e nos leva a refletir sobre o contexto do enquadramento da deformidade física nas sociedades.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789896600747
Edição: 01-2011
Editor: BIS
Idioma: Português
Dimensões: 124 x 188 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 256
Tipo de Produto: Livro
Coleção: BIS
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Romance de dois mundos e duas linguagens, O Falador, de Mario Vargas Llosa, é uma obra que de novo arrasta os leitores para o interior do universo de magia e exotismo próprio do grande escritor peruano. Trata-se de uma ficção que sistematicamente contrapõe os ambientes da selva e da cidade, espelhando desse modo duas atitudes opostas face à vida e aos seus valores. Um narrador moderno e racional e o contador de histórias de uma tribo amazónica asseguram e estruturam em alternância o desenvolvimento do relato.

SOBRE O AUTOR:

Mario Vargas Llosa nasceu em março de 1936, em Arequipa, no Peru. Aos 17 anos decide estudar Letras e Direito e, no ano seguinte, casa com a sua tia Julia Urquidi – assegurando a subsistência com trabalhos muito diversos, como conferir e rever nomes de lápides, escrever para rádio ou catalogar livros.
Em 1959 abandona o Peru e, graças a uma bolsa, ingressa na Universidade Complutense de Madrid, onde conclui um doutoramento que lhe permite cumprir o sonho de, um ano depois, se fixar em Paris.
Aí, sempre próximo da penúria, foi locutor de rádio, jornalista e professor de Espanhol. Por esse tempo tinha apenas publicado um primeiro livro de contos.
Regressado ao Peru em 1964, divorcia-se de Julia Urquidi e casa-se no ano seguinte com a sua prima Patricia Llosa, com quem parte para a Europa em 1967 (depois de ter publicado A Casa Verde, em 1966).
Até 1974 viveu na Grécia, em Paris, Londres e Barcelona – após o que regressa ao Peru. Em Lima pode, finalmente, dedicar-se em exclusivo à literatura e ao jornalismo, nunca abandonando a intervenção política, que o levou a aceitar a candidatura à presidência da República em 1990.
Vive em Londres desde essa época, escrevendo romances, ensaios literários, peças jornalísticas e percorrendo o mundo como professor visitante em várias universidades.
Entre os muitos prémios que recebeu contam-se o Rómulo Gallegos (1967), o Príncipe das Astúrias (1986) ou o Cervantes (1994).
Em 2010, foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura.



sexta-feira, 18 de setembro de 2020

COLDPLAY, EVERYDAY LIFE



What in the world are we going to do?
Look at what everybody's going through
What kind of world do you want it to be?
Am I the future or the history?

'Cause everyone hurts
Everyone cries
Everyone tells each other all kinds of lies
Everyone falls
Everybody dreams and doubts
Got to keep dancing when the lights go out

How in the world I am going to see?
You as my brother
Not my enemy?

'Cause everyone hurts
Everyone cries
Everyone sees the color in each other's eyes
Everyone loves
Everybody gets their hearts ripped out
Got to keep dancing when the lights go out
Gonna keep dancing when the lights go out
Hold tight for everyday life
Hold tight for everyday life

At first light
Throw my arms out open wide
Hallelujah
Hallelujah
Hallelu-halle-hallelujah
Hallelujah
Hallelujah
Hallelu-halle-hallelujah
Yes

COLDPLAY, EVERYDAY LIFE, ALIVE IN JORDAN

Em 22 de novembro de 2019, os Coldplay estrearam o seu novo álbum, Everyday Life, ao vivo na cidadela de Amã, na Jordânia. 
A primeira parte foi realizada ao nascer do sol, a segunda ao pôr do sol. 
Foi a primeira e única vez que o álbum foi apresentado na íntegra, transmitido ao vivo para todo o mundo.

Desde a sua formação na universidade em Londres, os Coldplay tornaram-se uma das bandas mais populares do planeta, vendendo mais de 80 milhões de cópias dos seus oito álbuns número um, que geraram uma série de sucessos, incluindo Yellow, Clocks, Fix You, Paradise , Viva La Vida, Um céu cheio de estrelas, Hino do fim de semana, Aventura de uma vida e, mais recentemente, Órfãos.

Em novembro de 2019, a banda lançou seu oitavo álbum Everyday Life, descrito pela Rolling Stone como "o lançamento mais amplo e profundo do Coldplay por ordens de magnitude, talvez até o melhor" e pela GQ como "Um presente - difícil de considerar algo menos do que o do Coldplay melhor".



AS AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMES, POR ARTHUR CONAN DOYLE, 11X17 BERTRAND EDITORA

Um clássico da literatura policial e mais uma leitura de verão, em Setembro, uma obra recomendada pela iniciativa Ler+ do Plano  Nacional de Leitura.

São 12 contos distribuídos por 12 capítulos ao longo de 354 páginas, contados sem sensacionalismos na primeira pessoa do Doutor Watson, companheiro de aventuras inseparável do famoso detetive londrino Sherlock Holmes, que colabora nalguns casos com a polícia  Londrina nos casos mais difíceis e indecifráveis e que nos levam a viajar para a cidade e arredores de Londres no século XIX.

Mais uma vez nos deparamos com a observação minuciosa perspicaz e o raciocínio lógico-dedutivo de Holmes que nos leva a desvendar os 12 mistérios: um escândalo na Boémia; a liga dos 'cabeça vermelha'; um caso de identidade; o mistério do vale de Boscombe; as cinco sementes de laranja; o homem do lábio torto; o carbúnculo azul; a faixa malhada, o polegar do engenheiro; o solteirão nobre; a coroa dos berilos; as faias cor de cobre.

Somos convidados a descobrir cada detalhe que nos conduz à resolução de cada mistério.

Uma leitura fluida que nos prende de curiosidade conto após conto.

Quem já leu?

Qual a vossa opinião?

De seguida ainda tenho para ler o Regresso e as Memórias de Sherlok Holmes.


ISBN: 9789722520829
Edição: 01-2010
Editor: 11 X 17
Idioma: Português
Dimensões: 109 x 168 x 15 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 360
Tipo de Produto: Livro
Coleção: 11X17
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
As Aventuras de Sherlock Holmes, publicado pela primeira vez em 1892, reúne doze contos publicados inicialmente entre 1891 e 1892 na revista The Strand. Nesta colectânea podemos encontrar, entre outros casos, Um Escândalo na Boémia, que gira à volta da astuta Irene Adler, Um Caso de Identidade, A Faixa Malhada ou O Mistério do Vale Boscombe. Sempre coadjuvado pelo inestimável Doutor Watson, Sherlock Holmes nunca deixa por resolver os casos que lhe são apresentados. Graças ao seu método lógico-dedutivo, Holmes consegue sempre surpreender os leitores com as suas deduções, recorrendo às coisas mais triviais para solucionar mistérios aparentemente insolvíveis, com a inteligência e a acutilância que o transformaram numa das mais brilhantes e fascinantes personagens da literatura policial.

SOBRE O AUTOR:
Médico e escritor escocês, nasceu a 22 de maio de 1859, em Edimburgo, e faleceu a 7 de julho de 1930. 
Notável contador de histórias, que concebia com grande poder imaginativo, tornou-se extremamente popular a partir da publicação da primeira aventura do detetive Sherlock Holmes, em 1887. 
Seguiram-se dezenas de histórias com Holmes como protagonista. Para além destas obras, Doyle publicou também narrativas históricas (como The White Company) e de ficção científica (como The Lost World).


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

O CÃO DOS BASKERVILLES DE ARTUR CONAN DOYLE PELA BERTRAND EDITORA, 11X17

Este livro estava na estante há já bastante tempo e este verão consegui satisfazer a minha curiosidade pela história, entusiasta que sou por histórias com muito suspense e mistério.
A narrativa é contada na primeira pessoa do Dr. Watson, assistente do detetive londrino Sherlock Holmes.
Henry, o sobrinho de Sir Charles Baskerville, recém chegado da América, recorre aos serviços de Holmes para averiguar as circunstâncias da morte do seu tio, multimilionário.
Henry suspeita que pode também estar em perigo.
O seu tio foi encontrado morto, sozinho, no exterior da mansão e de noite, aparentemente por falência cardíaca.
Contudo, pegadas de um cão foram encontradas junto da zona onde Sir Charles terá começado a correr tendo caído de susto.
Existe uma lenda associada à família de que um cão negro estará associado à morte de alguns antepassados.
A mansão dos Baskervilles situa-se numa zona isolada, roadeada de uma charneca e também de uma zona pantanosa onde existem vestígios de ocupação humana muito remota.
A aventura inicia-se em Londres onde Holmes é contatado para investigar o caso.
Logo que Sir Henry abandona o apartamento de Holmes, Holmes e Watson vislumbram um homem de barba negra que de charrete persegue Sir Henry de forma dissimulada.
Holmes decide enviar Watson para acompanhar Sir Henry na Mansão até se deslindar o caso.
São inúmeros os pormenores e o autor consegue envolver-nos também a juntar todas as peças do puzzle conjuntamente com Holmes que entretanto ficou em Londres a resolver outros casos.
Aos poucos são-nos introduzidos os caseiros da mansão, um entomologista entusiasta que reside na charneca com a sua irmã, bem como outros peculiares residentes na zona.
Aos olhos de Watson todos podem ser suspeitos.
Existe também um prisioneiro que se evadiu na charneca e um homem misterioso que Watson avista numa noite.
Uma aventura que nos prende até à ultima página para percebermos os contornos da morte de Sir Charles, se Sir Henry consegue sobreviver também à terrível lenda e as motivações dos envolvidos.
Holmes consegue surpreender até o Dr. Watson.
Uma história sobre ambições desmedidas em relação a uma avultada herança, personalidades astuciosas e dissimuladas, perseverança e muita argúcia.
Apreciei a história e fiquei curiosa para ler mais deste autor.
As descrições são vívidas e conseguem transportar-nos de forma muito clara para os lugares e para o testemunho do Dr. Watson.
Este livro é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura




ISBN: 9789898231147
Edição: 02-2010
Editor: 11x17
Idioma: Português
Dimensões: 119 x 188 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 208
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Literatura, Romance


SINOPSE:
Como uma maldição, a antiga lenda do cão dos Baskervilles, datada de 1742, persistira na história da família durante gerações. A misteriosa morte de Sir Charles, nas imediações da Mansão Baskerville, leva Sherlock Holmes a iniciar a investigação de um dos seus mais famosos e intrigantes casos, na fantasmagórica e selvagem charneca do Devon. Depois de ter morto Sherlock Holmes, o seu criador, Conan Doyle, é perseguido e apupado durante anos por milhares de leitores das aventuras do imortal detective. E, pressionado pelo seu editor da Strand Magazine, acaba por escrever aquela que viria a ser a mais conhecida aventura de Sherlock Holmes e do Dr. Watson — O Cão dos Baskervilles. É assim que, nove anos após a publicação de "O Problema Final", Doyle publica na Strand Magazine, entre 1901 e 1902, aquela que viria a ser a sua obra mais adaptada para cinema, televisão e rádio, situando-a cronologicamente antes da luta fatal com o Professor Moriarty. Novamente, o ilustrador é o talentoso Sidney Paget.

SOBRE O AUTOR:
Médico e escritor escocês, nasceu a 22 de maio de 1859, em Edimburgo, e faleceu a 7 de julho de 1930. Notável contador de histórias, que concebia com grande poder imaginativo, tornou-se extremamente popular a partir da publicação da primeira aventura do detetive Sherlock Holmes, em 1887. Seguiram-se dezenas de histórias com Holmes como protagonista. Para além destas obras, Doyle publicou também narrativas históricas (como The White Company) e de ficção científica (como The Lost World).