Dicas da Lu

sábado, 9 de fevereiro de 2019

O MEDO, DE C. L. TAYLOR, DA TOPSELLER

De volta a este cantinho para deixar o registo da minha última leitura: um triller psicológico, O Medo, de C. L. Taylor, da Topseller editado em Setembro 2018.
Já tinha ouvido falar desta autora mas não tinha lido nada ainda.
A história de ficção passa-se em apenas 2 meses de 2007 e é contada na primeira pessoa da personagem principal Lou. A Narrativa vai depois oscilando entre as outras duas personagens determinantes da história: Wendy e Chloe.
O antagonista da história é Mike.
À medida que a leitura avança vamos percebendo os contornos psicológicos das personagens e as suas motivações, sempre com suspense e muitas surpresas e reviravoltas.
Lou sai de Londres incapaz de prosseguir com um relacionamento, sendo que essa espécie de fuga encerra um passado com uma experiência atroz quando tinha apenas 14 anos. Volta à sua terra natal onde tudo se iniciou, com o propósito de localizar Mike. Para o efeito, muda de emprego e vai viver sozinha para a casa desocupada dos seus pais.
Wendy parece ter uma obsessão com a vida de Lou escrutinando as suas redes sociais.
Ao longo da história percebemos as motivações de Wendy.
Chloe uma jovem com 13 anos com problemas familiares sente na amizade de Mike, amigo do seu pai, um conforto, uma ilusão.
Só que Mike revela-se um manipulador, aliciando Chloe.
Lou, Wendy e Chloe são vítimas de Mike ficando com as suas vidas marcadas  para sempre.
Ao longo da história vamos lendo flashes do diário de Lou que nos revela o que sucedeu no passado.
Esta história de ficção fala-nos sobre a pedofilia e as consequências devastadoras para as vítimas e para os familiares das vítimas e dos agressores, cujas vidas ficam irremediavelmente alteradas. Psicologicamente as marcas ficam em todos os que rodeiam este tipo de agressão e ainda que tudo tenha sido aparentemente ultrapassado, as cicatrizes na alma persistem sempre subtilmente afetando sempre o rumo das vidas, as escolhas e relacionamentos.
A história revela como Mike, com um papel ativo na sociedade e ações louváveis reconhecidas por todos, encerra um comportamento perverso que culmina com a manipulação da justiça, da família e da sociedade.
As revelações são sucessivas ao longo da história.
O final do livro é surpreendente e justifica a leitura que nos revela os contornos psicológicos deste tipo de problema.
Uma história de sobrevivência e de coragem.
Conseguirá Lou denunciar Mike e ajudar Chloe?
Wendy, que a determinada altura percebemos ser a mulher de Mike acaba por ter um papel determinante na história.
Mike revela chegar onde ninguém suspeitaria.
Afinal Lou terá sido 'a que escapou'.
Um alerta para o que se pode estar a passar à nossa volta e de quem sofre em silêncio.
Já leram este livro?
Ou outros da autora?


ISBN: 9789898917249
Edição ou reimpressão: 09-2018
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 229 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 320
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Quando Ben, o novo namorado de Louise, a tenta levar numa viagem-surpresa a França, ela entra em pânico, sai do carro e foge. Ben não entende. Não pode entender, porque não sabe o que aconteceu a Louise da última vez que um namorado a levou pelo canal da Mancha. Ela tinha 14 anos. Mike tinha 31. E o que aconteceu deixou marcas em Louise para sempre.
Hoje com 32 anos, Louise nunca conseguiu ter uma relação estável. Guarda o seu segredo inconfessável dentro do peito e, por isso, ninguém a conhece verdadeiramente. Depois do que aconteceu com Ben, decide fugir do mundo e isolar-se. Abandona Londres, deixa os amigos e começa a procurar um novo emprego perto da casa onde cresceu, que agora lhe pertence.
 Ao instalar-se, descobre que Mike, agora com 49 anos, ainda vive e trabalha na vila. Quando o vê a beijar uma rapariga de 13 anos, Louise decide que já chega.
 Está na altura de Mike sentir o medo com que Lou vive desde aquela viagem. 

SOBRE A AUTORA:
 C. L. Taylor é autora bestseller de thrillers psicológicos. Os seus livros venderam para cima de um milhão de exemplares, tendo já sido traduzidos em mais de 20 línguas.
 Nasceu em Worcester, no Reino Unido, e formou-se em Psicologia pela Universidade de Northumbria.
 Dedica-se, desde 2014, à escrita a tempo inteiro.

AO SOL DE TÂNGER, DE CHRISTINE MANGAN, DA EDITORIAL PRESENÇA

A minha última leitura foi um triller psicológico, o primeiro romance de Christina Mangan, da editorial Presença, publicado em Setembro de 2018.
Há algum tempo que não lia este tipo de livros.
A história é contada na primeira pessoa das duas personagens principais Alice e Lucy e transporta-nos para o íntimo e universo pessoal dessas duas personagens.
A história passa-se em Tânger, Marrocos em 1958 e termina em Málaga, Espanha, pouco tempo depois.
Li o livro sem sequer ter lido a sinopse, o que contribuiu para uma grande surpresa na revelação das intenções das personagens e também das reviravoltas e surpresa final
Como fiquei surpreendida, no final da leitura, voltei a ler o prólogo e percebi tudo nas entrelinhas.
A profundidade da psicologia de cada personagem ficou bastante mais clara quando folheei as entradas de Alice até o final do livro, tendo lido de seguida as entradas de Lucy.
Ao longo da história vamos percebendo o background das duas personagens e as suas motivações.
Trata-se de uma história que aborda o impacto psicológico de traumas do passado e de como cada um reage de maneira diferente.
É ainda uma história sobre os limites da amizade e o poder da manipulação para se atingir determinado propósito.
Sobre chantagem emocional e como de forma ardilosa se pode manipular de forma definitiva alguém a ponto de provocar uma confusão tal que o outro passa por louco.
Considerei uma história interessante do ponto de vista literário, pois na vida real seria uma história assombrosa.
Fica-se com a reflexão acerca da manipulação, a que poderemos estar submetidos sem  nos apercebermos, por parte de outras pessoas que apenas pensam nos seus propósitos egoístas.
Sobre dois tipos de perturbação: a de quem acaba por ser manipulado, tem consciência disso e não se consegue libertar e a de quem manipula ultrapassando a liberdade do outro.
A descrição das incursões na cidade de Tânger é muito interessante, transportando-nos para outro lugar como se de uma pequena viagem se tratasse.
O final foi surpreendente.
Já leram este livro?
Qual a vossa opinião?




ISBN: 9789722362641

Edição ou reimpressão: 09-2018
Editor: Editorial Presença
Idioma: Português
Dimensões: 147 x 226 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 288
Tipo de Produto: Livro
Coleção: Grandes Narrativas
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
A última pessoa que Alice espera ver quando chegou a Tânger, com o seu novo marido, é Lucy Mason. Depois de um acidente em Bennington, as duas jovens - outrora colegas de quarto inseparáveis - não se viam há mais de um ano. Mas ali está Lucy, a tentar reparar as coisas e recuperar a cumplicidade de antigamente. Alice talvez devesse sentir algum alívio por ter ali uma amiga, ela ainda não conseguiu adaptar-se à sua vida em Marrocos; tem medo de se aventurar na confusão das medinas e o calor opressivo apavora-a. Lucy, independente e destemida como sempre, ajuda Alice a sair do apartamento e a explorar o país. Porém, Alice depressa dá por si dominada por um sentimento que já conhece: o controlo constante de Lucy.
Para agravar a situação, John, o marido de Alice, desaparece e ela começa a questionar tudo à sua volta: a relação com a sua enigmática amiga, a decisão de se mudar para Tânger e até a sua própria sanidade mental. Uma história afiada como um punhal, numa estreia literária cheia de peripécias, exotismo e charme, escrita com tal mestria, que deixará o leitor arrebatado.

SOBRE A AUTORA:
Christine Mangan tem um doutoramento em Língua e Literatura Inglesa pela University College de Dublin. A sua tese focou-se na Literatura Gótica do século XVIII e possui um mestrado em Escrita de Ficção pela University of Southern Maine. Ao Sol de Tânger é o seu primeiro romance cujos direitos foram vendidos para 22 países.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

DEPOIS DOS 40: ESQUALANO (SQUALANE), PARA QUE SERVE E COMO USAR

De regresso a este cantinho para deixar o registo acerca de mais um ativo amigo da nossa pele: o esqualano ou squalane.
Há imenso tempo que não falava neste tipo de ingredientes, mas continuo atenta à rotulagem, procurando efetuar escolhas cada vez mais conscientes, sem óleos minerais e se possível sustentáveis, amigas do ambiente, sem o recurso a testes em animais.

O QUE É E PARA QUE SERVE:
- o esqualano é um óleo, componente constituinte da camada protetora da pele;
- pode ser obtido através de óleos vegetais como o azeite;
- não comedogénico, isto é, não entope os poros;
- tem propriedades antioxidantes (da família dos isoprenóides) atuando contra a ação dos radicais livres na degradação das células;
- possui propriedades de captação das moléculas de água, libertando moléculas de oxigénio que asseguram a renovação celular e é facilmente absorvido pela pele;
- possui propriedades anti-bacterianas;
- ao auxiliar o processo de renovação celular, combate os mecanismos de envelhecimento cutâneo.

Por estes motivos, assegura que certos produtos de dermocosmética apresentem a textura ideal para serem melhor absorvidos pela pele, tornando-os por isso mais eficazes.
É assim muito uitilizado na indústria dermocosmética como emoliente e hidratante.
Pode ser utilizado a partir dos 30 anos, quando começa a diminuir a sua produção pelo organismo.

COMO USAR:
Pode ser aplicado de manhã e à noite pois atua protegendo do stress oxidativo celular.
Deve ser aplicado sobre a pele bem limpa para não favorecer a penetração de impurezas ou resíduos de maquilhagem.
Bem tolerado por todos os tipos de pele.
De acordo com referências de dermatologistas pode ser utilizado por grávidas e lactantes.
Como se trata de um óleo, deve ser aplicado depois dos serums ou cremes à base de água.

O QUE USAR:
Um produto com boa relação qualidade preço para além se ser bio, é o óleo 100% squalane da The Ordinary.
Estes óleos podem ser aplicados nas pontas do cabelo para aumentar a sua hidratação e proteger do calor do secador ou prancha.





Deixo sempre a ressalva que convém consultar o dermatologista antes de se utlizar certos ativos, para termos a certeza que o mesmo é adequado às nossas necessidades.


sábado, 2 de fevereiro de 2019

QUANDO LISBOA TREMEU, DE DOMINGOS AMARAL, CASA DAS LETRAS

De volta a este espaço para deixar o registo da minha última leitura: Quando Lisboa tremeu, de Domingos Amaral, pela Editora Casa das Letras, editado em Setembro de 2010.
A escrita permite uma leitura muito fácil, transportando-nos para a manhã do dia 1 de Novembro de 1755 em Lisboa, quando ocorreu  um dos terramotos mais mortíferos da história, que terá chegado à escala 9 de Ritcher e que abalou a zona Centro e Sul do país, tendo destruído povoações inteiras. O Algarve foi também fortemente atingido. Foi seguido de um tsunami com ondas com mais de 20mts. Em simultâneo, surgiram incêndios incontrolados na sequência do abalo devastador e das inúmeras réplicas nos dias e semanas que se seguiram.
A Narrativa é escrita por um dos personagens, o 'pirata' Santamaria que descreve a sua experiência pessoal e os factos que lhe terão sido relatados pelos outros personagens principais.
O livro transporta-nos literalmente para as ruas de Lisboa, lugares que agora conhecemos e que imaginamos à época.
Filipe Assunção era um marinheiro ao serviço da coroa portuguesa, que foi feito prisioneiro por piratas na sequência de um assalto. Quando o navio pirata onde se via obrigado a servir foi abordado e aniquilado pela esquadra Francesa, foi de novo feito prisioneiro e enviado para a capital do reino para a prisão do Limoeiro, aguardando julgamento por pirataria, conjuntamente com um pirata, o árabe Muhammed, com quem tinha alguma afinidade. Filipe era então chamado de Santamaria, o nome da embarcação pirata onde foi apanhado. No momento do terramoto estava concretizando um plano de fuga, deparando-se em simultâneo com a vingança de prisioneiros piratas espanhóis que o perseguem de forma implacável.
A irmã Margarida, jovem e bonita encontrava-se na prisão da Inquisição do Rossio, condenada à morte por imolação. Aterrorizada com o fogo, decide enforcar-se na véspera, na hora exata do terramoto. Margarida encerra alguns segredos.
Hugh Gold, um capitão Inglês, mulherengo, encontra-se em casa perdido nos seus pensamentos acerca de como se poderia livrar de vez da sua esposa, quando ocorre o terramoto.
O rapaz Filipe encontrava-se na igreja de São Vicente de Fora com a sua mãe quando decide regressar a casa para ir buscar a sua irmã gémea que se tinha atrasado. O rapaz estava preocupado com um eventual abuso do padrasto sobre a sua irmã. Mal sai da igreja, acontece o terramoto.
O cão do rapaz acompanha também toda a história e foi determinante para a localização da irmã do rapaz. No meio do caos o rapaz continua determinado e sempre com esperança de resgatar a irmã com vida.
Sebastião de Carvalho e Melo, então ainda Secretário dos Negócios Estrangeiros e Guerra, conhecido pela alcunha 'Carvalhão' dos tempos de juventude, encerra um segredo que o liga ao pirata Santamaria. Para não ver a sua posição melindrada, persegue Santamaria com o objetivo de o condenar à execução.
O Rei D. José e o escrivão Bernardino (que conhecia o Carvalhão e o pirata Santamaria dos tempos de juventude), na altura do terramoto encontravam-se a assistir à missa em Belém, uma zona pouco afetada pelo terramoto.
Bernardino assume sempre uma posição moderada.
A escrava Ester encontrava-se a servir no Paço Real, bem como Abrão, um negro misterioso, tendo sobrevivido ao abalo.
Todas estas personagens cruzam-se ao longo da história, ficando interligadas de forma irremediável.
O livro encontra-se dividido em 4 partes que aludem aos elementos envolvidos na tragédia: terra (alude ao sismo e abalos), água (alude ao tsunami), fogo (em alusão aos incêndios que alastraram de forma descontrolada), ar (alude aos estampidos das armas).
O livro descreve o caos, as perseguições, pilhagens, violações e assassinatos, injustiças, prevalência dos interesses individuais. Em suma, o retrato mais negro do que se pode passar quando reinam a anarquia, a ambição e a fome.
Do meu ponto de vista, as descrições dos pormenores dos mortos foram um pouco repetitivas, embora o que se terá passado terá sido sem dúvida assombroso e generalizado por toda a zona central e oriental de Lisboa.
Enquanto Santamaria, Muhammed e Margarida fogem à justiça, o rapaz tenta resgatar a irmã gêmea que ficou soterrada.
A história relata tentativas desesperadas de sobrevivência dos personagens ao longo das horas e dos dias que se seguiram ao abalo.
O narrador refere na página 107: "aqueles foram dias terríveis, dias em que perdemos os nossos gestos e os nossos pensamentos mais bondosos, dias em que o imperativo da sobrevivência e a presença constante do sofrimento e da morte nos alteravam, nos faziam praticar atos desagradáveis e até injustos ou criminosos; dias em que as regras se suspenderam e vieram ao de cima as vontades mais primitivas de cada um, o seu lado irracional, os seus medos e as suas raivas; dia em que deixámos de ser humanos e nos tornámos praticamente animais, sem razão ou compaixão, onde tido o que queríamos era fugir e viver, e para isso faríamos o que fosse preciso, mesmo que horrível. Apesar de todos falarem de Deus aqueles foram os dias em que Deus abandonou as pessoas e as deixou a sós no confronto com uma natureza brutal."
Entretanto, Sebastião José convence o Rei a retomar a ordem na capital pela força militar e no seu íntimo deseja capturar o pirata.
A estratégia terá sido a de evitar a fuga em massa da população e restaurar a ordem através da força militar, aprisionado os foragidos e os bandos de criminosos que alastraram. Entre relocalizar a cidade para a zona ocidental segura, terá sido decidido reconstruir a cidade na mesma zona deixando a zona segura para a elite. O paço real foi também erigido na ajuda, zona segura, mas em estrutura de madeira, tendo ficado conhecido como a Real Barraca.
O epílogo desvenda o destino do pirata Santamaria revelando que nesta vida as injustiças podem nos surpreender. Mas Santamaria se antes se sentira perdido, percebe a força do amor incondicional.
Este livro é uma espécie de relato autobiográfico do pirata Santamaria que foi uma espécie de vítima do sistema ao não lhe serem salvaguardadas as circunstâncias em que foi feito prisioneiro pelos piratas. Por outro lado, Sebastião José ao prosseguir os seus interesses pessoais ambiciosos, esquece a sua antiga lealdade, preferindo condená-lo à morte.
Uma história de aventura com muita ação, mistérios e algum romance à mistura.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789724619866
Edição ou reimpressão: 09-2010
Editor: Casa das Letras
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 233 x 32 mm
Encadernação: Capa mole 
Páginas: 488
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Lisboa, 1 de Novembro de 1755. A manhã nasce calma na cidade, mas na prisão da Inquisição, no Rossio, irmã Margarida, uma jovem freira condenada a morrer na fogueira, tenta enforcar-se na sua cela. Na sua casa em Santa Catarina, Hugh Gold, um capitão inglês, observa o rio e sonha com os seus tempos de marinheiro. Na Igreja de São Vicente de Fora, antes da missa começar, um rapaz zanga-se com sua mãe porque quer voltar a casa para ir buscar a sua irmã gémea. Em Belém, um ajudante de escrivão assiste à missa, na presença do Rei D. José. E, no Limoeiro, o pirata Santamaria envolve-se numa luta feroz com um gangue de desertores espanhóis.
De repente, às nove e meia da manhã, a cidade começa a tremer. Com uma violência nunca vista, a terra esventra-se, as casa caem, os tetos das igrejas abatem, e o caos gera-se, matando milhares. Nas horas seguintes, uma onda gigante submerge o terreiro do Paço e durante vários dias incêndios colossais vão atemorizar a capital do reino. Perdidos e atordoados, os sobreviventes andam pelas ruas, à procura dos seus destinos. Enquanto Sebastião José de Carvalho e Melo tenta reorganizar a cidade, um pirata e uma freira tentam fugir da justiça, um inglês tenta encontrar o seu dinheiro e um rapaz de doze anos tenta encontrar a sua irmã gémea, soterrada nos escombros.


SOBRE O AUTOR:
Domingos Freitas do Amaral é diretor da revista GQ, e cronista dos jornais Correio da Manhã e Record. Formado em economia, e com Mestrado em Relações Internacionais na Universidade de Columbia em Nova Iorque, iniciou a sua carreira jornalística n’O Independente, tendo depois sido diretor da revista Maxmen

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

CUIDANDO DE LONGE, GAL COSTA ft MARILIA MENDONÇA

 
Amar sozinho também é amor um passarinho me contou
Que você não é só isso que aparenta ser
Sei você não sabe quem sou eu de onde esse amor nasceu
Se nunca perdeu o seu tempo pra me conhecer
Você se olha dentro do espelho
E não enxerga seu avesso sua parte mais bonita
Tenta manter escondida por de trás desse cabelo
Dentro desses olhos negros e da sua vida confusa
Quem sabe um dia isso muda e você pare pra me reparar
Tô te cuidando de longe
Tô te amando no meu canto
Diga que está feliz
Que daqui eu vou me virando
E se eu estiver distante
Não quer dizer que não amo
Tô ensaiando a despedida
Mesmo tendo outros planos
Tô te cuidando de longe
Tô te amando no meu canto
Diga que está feliz
Que daqui eu vou me virando
E se eu estiver distante
Não quer dizer que não amo
Tô ensaiando a despedida
Mesmo tendo outros planos
Você se olha dentro do espelho
E não enxerga seu avesso sua parte mais bonita
Tenta manter escondida por de trás desse cabelo
Dentro desses olhos negros e da sua vida confusa
Quem sabe um dia isso muda e você pare pra me reparar
Tô te cuidando de longe
Tô te amando no meu canto
Diga que está feliz
Que daqui eu vou me virando
E se eu estiver distante
Não quer dizer que não amo
Tô ensaiando a despedida
Mesmo tendo outros planos
Tô te cuidando de longe
Tô te amando no meu canto
Diga que está feliz
Que daqui eu vou me virando
E se eu estiver distante
Não quer dizer que não amo
Tô ensaiando a despedida
Mesmo tendo outros planos
 
Compositores: Juliano Tchula / Marilia Mendonca / Vinicius Poeta / Junior Gomes

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A MULHER NO EXPRESSO DO ORIENTE, DE LINDSAY ASHFORD, CHÁ DAS CINCO

De regresso a este espaço para deixar o registo da minha última leitura: um romance histórico que abraça a biografia dos anos e factos determinantes que marcaram a vida a Agatha Mary Clarissa Cristhie e que até terão originado argumento para publicações da famosa escritora britânica que se destacou pelo subgênero romance policial, como 'o crime no expresso do oriente', 'morte na mesopotânia', 'morte no nilo', 'morte entre ruínas' e 'aventura em bagdad'. 
O Narrador e os diálogos transportam-nos no prólogo e epílogo para agosto de 1963 onde um desconhecido chega pelo rio ao jardim de camélias onde se encontrava Agatha e lhe mostra duas fotografias tiradas em 1928 uma em Veneza e outra junto a um rio próximo de Ûr, onde se situam as ruínas da antiga Suméria, pedindo-lhe para lhe explicar quem são aquelas pessoas.
Agatha dirigindo-se a casa com o desconhecido vai pensando no que decidirá revelar.
De seguida, a história transporta-nos para cerca de 30 anos antes, Outubro de 1928, em Londres, onde vislumbramos o contexto em que se inseriam Agatha, Nancy e Katherine e que levou a que os seus destinos se cruzassem na viagem no comboio expresso do oriente, com destino ao médio oriente.
A verdade é que vamos descobrindo ao longo do livro que a história de cada uma se foi intrincando de tal maneira que os seus destinos ficam irremediavelmente associados.
A própria Agatha tem dificuldade em perceber os segredos que a rodeiam.
No final do livro, no epílogo passado em agosto de 1963, percebemos então quem é o jovem desconhecido e o rumo das vidas durante 1928 e os anos que se seguiram.
Os restantes capítulos do livro mergulham-nos no que se passou na viagem no comboio expresso do oriente de Londres a Paris, de Lausaunne a Milão, de Milão a Veneza, de Veneza a Trieste, de Zagreb a Sófia, de Sófia a Simeonovgrad, de Lyubimets a Istambul, de Istambul a Ulukisla, de Adana a Damasco, de Damasco a Bagdad. Depois a história desenrola-se em Bagdad no Tigris Palace Hotel, em Jebel Sinjar, de Bagdad a Ur, em Ur, de Ur a Ukhaidir.
Uma história de época passada nos anos 30 do século passado constituindo um interessantíssimo roteiro de viagem.
Do que 'fugiriam' as 3 personagens principais tão independentes para a época e que escondem segredos do passado?
O que terá levado Agatha então com 38 anos e uma falsa identidade a embarcar nesta viagem?
Katherine, jovem viúva, dirige-se para as escavações arqueológicas de Ur onde trabalha e com casamento marcado.
Nancy foge do seu marido e está grávida de um misterioso homem casado.
Trata-se de uma história apaixonante e emocionante com muito mistério, intriga e aventura, sobre enganos e desenganos, escolhas, entreajuda, relacionamentos, coragem e esperança, pontuada com com muitas reviravoltas.
Foi uma história que me cativou e que considero que proporcionaria um bom filme.
Um livro que vale a pena reler.
Quem já leu?

ISBN: 9789897103148
Edição ou reimpressão: 05-2018
Editor: Edições Chá das Cinco
Idioma: Português
Dimensões: 157 x 228 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 288
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Depois de um divórcio difícil, Agatha Christie embarca incógnita no famoso Expresso do Oriente. Mas, ao contrário da sua personagem Hercule Poirot, ela não consegue desvendar com clareza os mistérios com que se depara nessa viagem fatal.
Agatha não é a única pessoa a bordo com segredos. O casamento da sua companheira de cabine acabou em tragédia, levando-a a uma segunda relação envolta em engano. Outra, recém-casada mas grávida de um estranho, tenta desesperadamente esconder essa gravidez. Cada mulher oculta ferozmente o seu passado, mas, à medida que o comboio para o Médio Oriente avança, as suas vidas acabam por se cruzar e as repercussões irão mudá-las para sempre.
Recheado de imagens evocativas, suspense e complexidade emocional, A Mulher no Expresso do Oriente explora o laço de irmãs forjado pela partilha da dor e dos segredos.

SOBRE A AUTORA:
Lindsay Jayne Ashford nasceu em Wolverhampton, no Reino Unido, e foi a primeira mulher a licenciar-se no Queens’ College, em Cambridge. É formada em Criminologia e foi repórter na BBC antes de se tornar jornalista freelancer, escrevendo para várias revistas e jornais. Tem quatro filhos e divide o seu tempo entre uma casa onde avista o mar, na costa oeste de Gales, e uma pequena quinta, em Espanha. Quando não está a escrever, é voluntária na instituição de caridade Save the Children.

Também escreveu: Whisper Of The Moon Moth publicado em Outubro 2017, ainda não traduzido em Portugal.