Dicas da Lu

sábado, 2 de fevereiro de 2019

QUANDO LISBOA TREMEU, DE DOMINGOS AMARAL, CASA DAS LETRAS

De volta a este espaço para deixar o registo da minha última leitura: Quando Lisboa tremeu, de Domingos Amaral, pela Editora Casa das Letras, editado em Setembro de 2010.
A escrita permite uma leitura muito fácil, transportando-nos para a manhã do dia 1 de Novembro de 1755 em Lisboa, quando ocorreu  um dos terramotos mais mortíferos da história, que terá chegado à escala 9 de Ritcher e que abalou a zona Centro e Sul do país, tendo destruído povoações inteiras. O Algarve foi também fortemente atingido. Foi seguido de um tsunami com ondas com mais de 20mts. Em simultâneo, surgiram incêndios incontrolados na sequência do abalo devastador e das inúmeras réplicas nos dias e semanas que se seguiram.
A Narrativa é escrita por um dos personagens, o 'pirata' Santamaria que descreve a sua experiência pessoal e os factos que lhe terão sido relatados pelos outros personagens principais.
O livro transporta-nos literalmente para as ruas de Lisboa, lugares que agora conhecemos e que imaginamos à época.
Filipe Assunção era um marinheiro ao serviço da coroa portuguesa, que foi feito prisioneiro por piratas na sequência de um assalto. Quando o navio pirata onde se via obrigado a servir foi abordado e aniquilado pela esquadra Francesa, foi de novo feito prisioneiro e enviado para a capital do reino para a prisão do Limoeiro, aguardando julgamento por pirataria, conjuntamente com um pirata, o árabe Muhammed, com quem tinha alguma afinidade. Filipe era então chamado de Santamaria, o nome da embarcação pirata onde foi apanhado. No momento do terramoto estava concretizando um plano de fuga, deparando-se em simultâneo com a vingança de prisioneiros piratas espanhóis que o perseguem de forma implacável.
A irmã Margarida, jovem e bonita encontrava-se na prisão da Inquisição do Rossio, condenada à morte por imolação. Aterrorizada com o fogo, decide enforcar-se na véspera, na hora exata do terramoto. Margarida encerra alguns segredos.
Hugh Gold, um capitão Inglês, mulherengo, encontra-se em casa perdido nos seus pensamentos acerca de como se poderia livrar de vez da sua esposa, quando ocorre o terramoto.
O rapaz Filipe encontrava-se na igreja de São Vicente de Fora com a sua mãe quando decide regressar a casa para ir buscar a sua irmã gémea que se tinha atrasado. O rapaz estava preocupado com um eventual abuso do padrasto sobre a sua irmã. Mal sai da igreja, acontece o terramoto.
O cão do rapaz acompanha também toda a história e foi determinante para a localização da irmã do rapaz. No meio do caos o rapaz continua determinado e sempre com esperança de resgatar a irmã com vida.
Sebastião de Carvalho e Melo, então ainda Secretário dos Negócios Estrangeiros e Guerra, conhecido pela alcunha 'Carvalhão' dos tempos de juventude, encerra um segredo que o liga ao pirata Santamaria. Para não ver a sua posição melindrada, persegue Santamaria com o objetivo de o condenar à execução.
O Rei D. José e o escrivão Bernardino (que conhecia o Carvalhão e o pirata Santamaria dos tempos de juventude), na altura do terramoto encontravam-se a assistir à missa em Belém, uma zona pouco afetada pelo terramoto.
Bernardino assume sempre uma posição moderada.
A escrava Ester encontrava-se a servir no Paço Real, bem como Abrão, um negro misterioso, tendo sobrevivido ao abalo.
Todas estas personagens cruzam-se ao longo da história, ficando interligadas de forma irremediável.
O livro encontra-se dividido em 4 partes que aludem aos elementos envolvidos na tragédia: terra (alude ao sismo e abalos), água (alude ao tsunami), fogo (em alusão aos incêndios que alastraram de forma descontrolada), ar (alude aos estampidos das armas).
O livro descreve o caos, as perseguições, pilhagens, violações e assassinatos, injustiças, prevalência dos interesses individuais. Em suma, o retrato mais negro do que se pode passar quando reinam a anarquia, a ambição e a fome.
Do meu ponto de vista, as descrições dos pormenores dos mortos foram um pouco repetitivas, embora o que se terá passado terá sido sem dúvida assombroso e generalizado por toda a zona central e oriental de Lisboa.
Enquanto Santamaria, Muhammed e Margarida fogem à justiça, o rapaz tenta resgatar a irmã gêmea que ficou soterrada.
A história relata tentativas desesperadas de sobrevivência dos personagens ao longo das horas e dos dias que se seguiram ao abalo.
O narrador refere na página 107: "aqueles foram dias terríveis, dias em que perdemos os nossos gestos e os nossos pensamentos mais bondosos, dias em que o imperativo da sobrevivência e a presença constante do sofrimento e da morte nos alteravam, nos faziam praticar atos desagradáveis e até injustos ou criminosos; dias em que as regras se suspenderam e vieram ao de cima as vontades mais primitivas de cada um, o seu lado irracional, os seus medos e as suas raivas; dia em que deixámos de ser humanos e nos tornámos praticamente animais, sem razão ou compaixão, onde tido o que queríamos era fugir e viver, e para isso faríamos o que fosse preciso, mesmo que horrível. Apesar de todos falarem de Deus aqueles foram os dias em que Deus abandonou as pessoas e as deixou a sós no confronto com uma natureza brutal."
Entretanto, Sebastião José convence o Rei a retomar a ordem na capital pela força militar e no seu íntimo deseja capturar o pirata.
A estratégia terá sido a de evitar a fuga em massa da população e restaurar a ordem através da força militar, aprisionado os foragidos e os bandos de criminosos que alastraram. Entre relocalizar a cidade para a zona ocidental segura, terá sido decidido reconstruir a cidade na mesma zona deixando a zona segura para a elite. O paço real foi também erigido na ajuda, zona segura, mas em estrutura de madeira, tendo ficado conhecido como a Real Barraca.
O epílogo desvenda o destino do pirata Santamaria revelando que nesta vida as injustiças podem nos surpreender. Mas Santamaria se antes se sentira perdido, percebe a força do amor incondicional.
Este livro é uma espécie de relato autobiográfico do pirata Santamaria que foi uma espécie de vítima do sistema ao não lhe serem salvaguardadas as circunstâncias em que foi feito prisioneiro pelos piratas. Por outro lado, Sebastião José ao prosseguir os seus interesses pessoais ambiciosos, esquece a sua antiga lealdade, preferindo condená-lo à morte.
Uma história de aventura com muita ação, mistérios e algum romance à mistura.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789724619866
Edição ou reimpressão: 09-2010
Editor: Casa das Letras
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 233 x 32 mm
Encadernação: Capa mole 
Páginas: 488
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Lisboa, 1 de Novembro de 1755. A manhã nasce calma na cidade, mas na prisão da Inquisição, no Rossio, irmã Margarida, uma jovem freira condenada a morrer na fogueira, tenta enforcar-se na sua cela. Na sua casa em Santa Catarina, Hugh Gold, um capitão inglês, observa o rio e sonha com os seus tempos de marinheiro. Na Igreja de São Vicente de Fora, antes da missa começar, um rapaz zanga-se com sua mãe porque quer voltar a casa para ir buscar a sua irmã gémea. Em Belém, um ajudante de escrivão assiste à missa, na presença do Rei D. José. E, no Limoeiro, o pirata Santamaria envolve-se numa luta feroz com um gangue de desertores espanhóis.
De repente, às nove e meia da manhã, a cidade começa a tremer. Com uma violência nunca vista, a terra esventra-se, as casa caem, os tetos das igrejas abatem, e o caos gera-se, matando milhares. Nas horas seguintes, uma onda gigante submerge o terreiro do Paço e durante vários dias incêndios colossais vão atemorizar a capital do reino. Perdidos e atordoados, os sobreviventes andam pelas ruas, à procura dos seus destinos. Enquanto Sebastião José de Carvalho e Melo tenta reorganizar a cidade, um pirata e uma freira tentam fugir da justiça, um inglês tenta encontrar o seu dinheiro e um rapaz de doze anos tenta encontrar a sua irmã gémea, soterrada nos escombros.


SOBRE O AUTOR:
Domingos Freitas do Amaral é diretor da revista GQ, e cronista dos jornais Correio da Manhã e Record. Formado em economia, e com Mestrado em Relações Internacionais na Universidade de Columbia em Nova Iorque, iniciou a sua carreira jornalística n’O Independente, tendo depois sido diretor da revista Maxmen

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

CUIDANDO DE LONGE, GAL COSTA ft MARILIA MENDONÇA

 
Amar sozinho também é amor um passarinho me contou
Que você não é só isso que aparenta ser
Sei você não sabe quem sou eu de onde esse amor nasceu
Se nunca perdeu o seu tempo pra me conhecer
Você se olha dentro do espelho
E não enxerga seu avesso sua parte mais bonita
Tenta manter escondida por de trás desse cabelo
Dentro desses olhos negros e da sua vida confusa
Quem sabe um dia isso muda e você pare pra me reparar
Tô te cuidando de longe
Tô te amando no meu canto
Diga que está feliz
Que daqui eu vou me virando
E se eu estiver distante
Não quer dizer que não amo
Tô ensaiando a despedida
Mesmo tendo outros planos
Tô te cuidando de longe
Tô te amando no meu canto
Diga que está feliz
Que daqui eu vou me virando
E se eu estiver distante
Não quer dizer que não amo
Tô ensaiando a despedida
Mesmo tendo outros planos
Você se olha dentro do espelho
E não enxerga seu avesso sua parte mais bonita
Tenta manter escondida por de trás desse cabelo
Dentro desses olhos negros e da sua vida confusa
Quem sabe um dia isso muda e você pare pra me reparar
Tô te cuidando de longe
Tô te amando no meu canto
Diga que está feliz
Que daqui eu vou me virando
E se eu estiver distante
Não quer dizer que não amo
Tô ensaiando a despedida
Mesmo tendo outros planos
Tô te cuidando de longe
Tô te amando no meu canto
Diga que está feliz
Que daqui eu vou me virando
E se eu estiver distante
Não quer dizer que não amo
Tô ensaiando a despedida
Mesmo tendo outros planos
 
Compositores: Juliano Tchula / Marilia Mendonca / Vinicius Poeta / Junior Gomes

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A MULHER NO EXPRESSO DO ORIENTE, DE LINDSAY ASHFORD, CHÁ DAS CINCO

De regresso a este espaço para deixar o registo da minha última leitura: um romance histórico que abraça a biografia dos anos e factos determinantes que marcaram a vida a Agatha Mary Clarissa Cristhie e que até terão originado argumento para publicações da famosa escritora britânica que se destacou pelo subgênero romance policial, como 'o crime no expresso do oriente', 'morte na mesopotânia', 'morte no nilo', 'morte entre ruínas' e 'aventura em bagdad'. 
O Narrador e os diálogos transportam-nos no prólogo e epílogo para agosto de 1963 onde um desconhecido chega pelo rio ao jardim de camélias onde se encontrava Agatha e lhe mostra duas fotografias tiradas em 1928 uma em Veneza e outra junto a um rio próximo de Ûr, onde se situam as ruínas da antiga Suméria, pedindo-lhe para lhe explicar quem são aquelas pessoas.
Agatha dirigindo-se a casa com o desconhecido vai pensando no que decidirá revelar.
De seguida, a história transporta-nos para cerca de 30 anos antes, Outubro de 1928, em Londres, onde vislumbramos o contexto em que se inseriam Agatha, Nancy e Katherine e que levou a que os seus destinos se cruzassem na viagem no comboio expresso do oriente, com destino ao médio oriente.
A verdade é que vamos descobrindo ao longo do livro que a história de cada uma se foi intrincando de tal maneira que os seus destinos ficam irremediavelmente associados.
A própria Agatha tem dificuldade em perceber os segredos que a rodeiam.
No final do livro, no epílogo passado em agosto de 1963, percebemos então quem é o jovem desconhecido e o rumo das vidas durante 1928 e os anos que se seguiram.
Os restantes capítulos do livro mergulham-nos no que se passou na viagem no comboio expresso do oriente de Londres a Paris, de Lausaunne a Milão, de Milão a Veneza, de Veneza a Trieste, de Zagreb a Sófia, de Sófia a Simeonovgrad, de Lyubimets a Istambul, de Istambul a Ulukisla, de Adana a Damasco, de Damasco a Bagdad. Depois a história desenrola-se em Bagdad no Tigris Palace Hotel, em Jebel Sinjar, de Bagdad a Ur, em Ur, de Ur a Ukhaidir.
Uma história de época passada nos anos 30 do século passado constituindo um interessantíssimo roteiro de viagem.
Do que 'fugiriam' as 3 personagens principais tão independentes para a época e que escondem segredos do passado?
O que terá levado Agatha então com 38 anos e uma falsa identidade a embarcar nesta viagem?
Katherine, jovem viúva, dirige-se para as escavações arqueológicas de Ur onde trabalha e com casamento marcado.
Nancy foge do seu marido e está grávida de um misterioso homem casado.
Trata-se de uma história apaixonante e emocionante com muito mistério, intriga e aventura, sobre enganos e desenganos, escolhas, entreajuda, relacionamentos, coragem e esperança, pontuada com com muitas reviravoltas.
Foi uma história que me cativou e que considero que proporcionaria um bom filme.
Um livro que vale a pena reler.
Quem já leu?

ISBN: 9789897103148
Edição ou reimpressão: 05-2018
Editor: Edições Chá das Cinco
Idioma: Português
Dimensões: 157 x 228 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 288
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Depois de um divórcio difícil, Agatha Christie embarca incógnita no famoso Expresso do Oriente. Mas, ao contrário da sua personagem Hercule Poirot, ela não consegue desvendar com clareza os mistérios com que se depara nessa viagem fatal.
Agatha não é a única pessoa a bordo com segredos. O casamento da sua companheira de cabine acabou em tragédia, levando-a a uma segunda relação envolta em engano. Outra, recém-casada mas grávida de um estranho, tenta desesperadamente esconder essa gravidez. Cada mulher oculta ferozmente o seu passado, mas, à medida que o comboio para o Médio Oriente avança, as suas vidas acabam por se cruzar e as repercussões irão mudá-las para sempre.
Recheado de imagens evocativas, suspense e complexidade emocional, A Mulher no Expresso do Oriente explora o laço de irmãs forjado pela partilha da dor e dos segredos.

SOBRE A AUTORA:
Lindsay Jayne Ashford nasceu em Wolverhampton, no Reino Unido, e foi a primeira mulher a licenciar-se no Queens’ College, em Cambridge. É formada em Criminologia e foi repórter na BBC antes de se tornar jornalista freelancer, escrevendo para várias revistas e jornais. Tem quatro filhos e divide o seu tempo entre uma casa onde avista o mar, na costa oeste de Gales, e uma pequena quinta, em Espanha. Quando não está a escrever, é voluntária na instituição de caridade Save the Children.

Também escreveu: Whisper Of The Moon Moth publicado em Outubro 2017, ainda não traduzido em Portugal.

domingo, 20 de janeiro de 2019

RUDIMENTAL, WALK ALONE


Showed up at the right time
In a broke down limousine
All you had was red lights
I went and turned them all to green
I found you in the landslide
And pulled you out again
The hardest conversations
Are the ones you never had
Well you don't have to say it
'Cause you know I understand
Never been the bravest
But if you need a hand
I got two, baby
If you're in trouble I got you, baby
Nothing that I wouldn't do, baby
And you'll know, you'll know
That I am a rock, I am a stone 
I'll be your strength, I'll be your home 
And you may walk a lonely road
But you will never walk, walk, walk alone
You will never walk, walk, walk alone
You will never walk, walk, walk alone, oh, woah
I don't have the answers
But I can listen for a while
Might not understand it
But I can try to make you smile
When you're in a black place
And need a shoulder you can cry on
I got two, baby
If you're in trouble I got you, baby
Nothing that I wouldn't do, baby
And you'll know, you'll know
That I am a rock, I am a stone (Oh, I am a stone)
I'll be your strength, I'll be your home (Oh, I'll be your home)
And you may walk a lonely road
But you will never walk, walk, walk alone
You will never walk, walk, walk alone
You will never walk, walk, walk alone, oh, woah
You know, you know
I am a rock, I am a stone
I'll be your strength, I'll be your home
And you may walk a lonely road
But you will never walk, walk, walk alone
You will never walk, walk, walk alone
You will never walk, walk, walk alone, oh, woah
'Cause I am a rock, I am a stone, oh
And I'll be your strength, I'll be your home
And you may walk a lonely road
But you will never walk, walk, walk alone

sábado, 19 de janeiro de 2019

A LUZ SOBRE AS TREVAS DE ALLISON PATAKI E OWEN PATAKI, DA TOPSELLER

De passagem por este espaço para deixar o testemunho da minha última leitura de mais um romance histórico: A luz sobre as trevas de Allison e Owen Pataki, editado pela Topseller em Novembro de 2017.
Trata-se de uma história de ficção que apresenta uma excelente reconstituição histórica dos anos da Revolução Francesa e que nos capta a atenção com muito drama, suspense e aventura com um pouco de romance à mistura. Um livro marcante que nos consegue também prender as emoções.
O grosso da história passa-se durante apenas 6 anos (entre 1792 e 1792), entre Paris, o Sul de França e o Egipto, transportando-nos no epílogo, para 1804 em Paris.
O Narrador e os diálogos oscilam entre as vidas dos dois personagens principais que a determinada altura se cruzam:
- André Valiére (militar a lutar nas fileiras revolucionárias apesar da ascedência nobre, cujo pai havia sido morto pela guilhotina em 1792) cujo destino se cruza com Sophie de Vicennes (jovem viúva aristrocata a tentar fugir da guilhotina e com um tio de alta patente militar);
- Jean Luc St. Clair (jovem advogado idealista ao serviço do novo governo com origens no sul de França que abraça causas impossíveis e perigosas) casado com Marie St Clair (filha de um advogado do sul de França, cujo papel surpreendente nos ideais se revela só no final do livro) e pai de Mathieu de tenra idade.
Os principais antagonistas da história são:
- Nicolai Murat, tio de Sophie, de linhagem nobre, oficial do exército Francês que participou na Revolução Americana e que encetou uma perseguição a Valiére;
- Guillaume Lazare, reputado e influente advogado ao serviço da Revolução que colocava em prática a reinvindicação do sangue da nobreza e do clero e que a determinada altura dos acontecimentos encontra em Jean Luc um motivo de oposição.
A nível de contexto histórico o livro transporta-nos para um ambiente em que muitas pessoas eram condenadas à morte em circunstâncias duvidosas na Praça da Bastilha (atual Praça de la Concorde). Os Comités de Segurança determinavam os julgamentos. Percebemos que a fome, mais forte que o medo, levou o povo a tomar a Prisão da Bastilha e a marchar sobre Versailhes, conduzindo à prisão do Rei e da Corte.
Toda a história acompanha alguns acontecimentos da época:
- célebre batalha de Valmy que ocorreu nos bosques nos arredores de Paris, contra as forças Prussianas;
- condenação à morte pela guilhotina do Rei Luis XVI e da Rainha Maria de Áustria;
- condenação à morte pela guilhotina do general alsaciano Kellermann, principal herói da batalha de Valmy, denunciado pelo companheiro Murat pela sua relutância em relação às execuções em massa;
- surgimento de Bonaparte um jovem oficial do exército francês e o seu papel na libertação de Toullon ocupada pelas armadas espanhola e britânica, o que o elevou a general;
- marcha das tropas de Napoleão sobre Malta e o Egipto onde após semanas no deserto obtêm uma vitória sobre as tropas de mamelucos junto a Gizé.
- coroação de Napoleão na Catedral Notre-Dame como Imperador.
A determinada altura percebemos os motivos ocultos que levaram Murat a perseguir Valiére e a denunciar Kelermann e que determinam todo o curso da história.
Jean Luc envolve-se ao defender (embora de forma inglória) Kellermann no julgamento onde Valiére foi testemunha e ganha a oposição e rancor de Lazare que ronda perigosamente o seu filho.
Os personagens a todo o momento correm perigo.
Uma história sobre lealdade, convicções, determinação e coragem.
Conseguirão Valiére e Sophie sobreviver?
Conseguirá Jean Luc sobreviver e manter um lar seguro para Marie e Mathiew?
Uma história muito interessante e emotiva.
Já leram?
O que acharam deste livro?


ISBN: 9789898869593
Edição ou reimpressão: 11-2017
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 229 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Três anos após a tomada da Bastilha, as ruas de Paris fervilham com os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Para assegurar os direitos recém-conquistados, o governo revolucionário empreende uma perseguição a todos os inimigos da Revolução, entre os quais se incluem os membros da aristocracia.
Estes são acusados de traição e condenados à guilhotina. Vive-se, assim, o Período do Terror da Revolução Francesa.
Movido por um sentido de dever para com a República, Jean-Luc St. Clair, um jovem advogado idealista, muda-se para Paris com a família. Aí, o seu caminho cruza-se com o de André Valière, um nobre que abdicou do seu título e se alistou no exército para evitar a execução, e o de Sophie de Vincennes, uma bela e jovem viúva aristocrática que embarca numa luta pela sua independência.
À medida que a busca incessante por justiça alimenta a sede de sangue nas ruas, Jean-Luc, André e Sophie são forçados a questionar as decisões de quem detém o poder. Conseguirão eles fazer vingar os ideais da Revolução em que tanto acreditam?
«Os fãs de Alexandre Dumas e de Victor Hugo irão devorar esta história sobre heroísmo, traição e aventura.» - Library Journal


SOBRE OS AUTORES:
Allison Pataki é autora bestseller do New York Times de romances históricos. Formada com distinção na Universidade de Yale, com especialização em Inglês, dedicou-se durante vários anos à escrita para televisão e agências de notícias online. É colaboradora regular do Huffington Post e da FoxNews.com, e é membro da Historical Novel Society, uma associação literária dedicada à promoção e divulgação da ficção histórica. Allison é casada e vive em Chicago.
Owen Pataki é o irmão mais novo de Allison. Formou-se em História na Universidade de Cornell, tendo posteriormente frequentado um Curso de Cinema em Londres. Entre uma formação e outra, serviu o exército americano. Atualmente, vive em Nova Iorque, onde trabalha como argumentista e realizador. A Luz sobre as Trevas é o seu primeiro romance.

domingo, 13 de janeiro de 2019

COLDPLAY, A HEAD FULL OF DREAMS



Oh, I think I landed
In a world I hadn’t seen
When I’m feeling ordinary
When I don’t know what I mean

Oh, I think I landed
Where there are miracles at work
For the thirst and for the hunger
Come the conference of birds

Saying it’s true
It’s not what it seems
Leave your broken windows open
And in the light just streams

And you get a head
A head full of dreams
You can see the change you want to
Be what you want to be

And you get a head
A head full of dreams
It’s a laugh that’s just been spoken
With a head full, a head full of dreams

Oh, I think I landed
Where there are miracles at work
Now you’ve got me open handed
Now you've got me lost for words

I sing oooh
Oooh
Oooh ooh
Oooh ooh

I sing oooh
Oooh
Oooh ooh
Oooh ooh

Oooh
Oooh
Oooh ooh
Oooh ooh

A head full of dreams

Oooh
Oooh
Oooh ooh

Into life I’ve just been woken
With a head full
A head full of dreams