Dicas da Lu

domingo, 17 de fevereiro de 2019

FILME DA SEMANA: GREEN BOOK

O último filme que assisti foi 'Green Book' , sendo do meu ponto de vista um dos melhores que visualizei nos últimos tempos, pela história leve a ao mesmo tempo com um profundo significado, pelos figurinos, fotografia, reconstituição histórica, bem como pelo desempenho dos atores.
A história foi baseada em factos e personagens reais: passa-se nos anos 60 e baseia-se numa tournée que o pianista clássico Don Shirley  efetuou pelos estados do sul da América (Carolina do Sul, Mississippi, Flórida, Alabama, Geórgia, Louisiana e Texas) conjuntamente com o seu motorista e segurança Tony Vallelonga com origens italianas.
O argumento terá sido escrito conjuntamente com Nick Vallelonga, filho de Tony Vallelonga, baseado nas entrevistas de Don e Tony, bem como nas cartas que Tony enviou à esposa durante a tournée.
Outro facto histórico relevante é o Green Book, o livro que Tony vai folheando ao longo da viagem e que constituía um guia para os viajante afro-americanos pernoitarem e frequentarem sítios seguros no Sul da América, então muito segregacionista.
As diferenças culturais e educacionais são grandes entre Don e Tony, a par dos episódios segregacionistas com que ambos se deparam tornam a história com uma pontada de boa disposição pela forma como tudo é ultrapassado.
Tony, com uma personalidade assertiva, simples, sem estudos, procura a cada dia o sustento para a família e manifesta também ele, de forma subtil, comportamentos discriminatórios em relação aos afro-americanos.
Vendo-se na circunstância de trabalhar como motorista e segurança para para Don, afro-americano,  depara-se com um verdadeiro desafio.
Don, afro-americano, estudou música clássica no Leste Europeu, tem uma educação refinada, deparando-se ao longo da viagem com as maneiras mais rudes de Tony, liando de uma forma inteligente com a discriminação, apesar de Tony o livrar de situações complicadas.
Ao longo da história, os personagens, apesar das suas diferenças, vão-se aproximando numa entreajuda que é mútua mesmo nas situações mais delicadas.
Don a determinada altura chega a ajudar Tony a escrever as cartas para a sua esposa tornando-as mais românticas e emotivas.
Até Tony por ser italo-americano chega a ser confrontado por discriminação.
Don prossegue um sonho: fazer o que ama e tocar música clássica, embora se tenha que adaptar de algum modo aos gostos populares.
No final todos ganham devido a esta aventura: o carácter de Tony ganha respeito pela comunidade afro-americana e Don começa a integrar-se melhor a nível social.
Um filme que efetua uma interessante reconstituição histórica da época, sobre amizade, respeito, entreajuda e solidariedade.
Don e Tony terão mantido a amizade até o final das suas vidas.


Título original:Green Book
De:Peter Farrelly
Com:Viggo Mortensen, Mahershala Ali, Linda Cardellini
Género:Comédia Dramática
Classificação:M/12
Outros dados:EUA, 2018, Cores, 130 min.

EUA, 1962. Desempregado desde o encerramento da discoteca onde trabalhava como segurança, Tony Lip (Viggo Mortensen) está disposto a aceitar qualquer trabalho. Um dia, conhece Don Shirley (Mahershala Ali), um famoso pianista negro que procura alguém que, durante a digressão de oito semanas que está prestes a fazer pelo Sul do país, ocupe simultaneamente os cargos de motorista e de segurança. Mas o temperamento de cada um, diametralmente oposto, vai transformar aquela viagem num verdadeiro desafio.
Com assinatura de Peter Farrelly ("Doidos por Mary"), uma comédia dramática estreada internacionalmente no Festival de Cinema de Toronto (Canadá), onde recebeu o People's Choice Award. Escolhido pelo National Board of Review como Melhor Filme, foi também nomeado para cinco Globos de Ouro, arrecadando três: Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Actor Secundário (Ali) e Melhor Argumento Original.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

JAMES ARTHUR e ANNE MARIE, REWRITE THE STARS


You know I want you
It's not a secret I try to hide
You know you want me
So don’t keep saying our hands are tied
You claim it's not in the cards
And fate is pulling you miles away
And out of a reach from me
But you're here in my heart
So who can stop me if I decide
That you're my destiny?

What if we rewrite the stars?
Say you were made to be mine
Nothing could keep us apart
You'll be the one I was meant to find
It's up to you, and it's up to me
No one could say what we get to be
So why don't we rewrite the stars?
And maybe the world could be ours tonight

You think it's easy
You think I don't want to run to you
But there are mountains (there are mountains)
And there are doors that we can't walk through
I know you’re wondering why
Because we’re able to be just you and me within these walls
But when we go outside
You're gonna wake up and see that it was hopeless after all

No one can rewrite the stars
How can you say you’ll be mine?
Everything keeps us apart
And I'm not the one you were meant to find
(The one you were meant to find)
It's not up to you, it’s not up to me
When everyone tells us what we can be (tells us what we can be)
And how can we rewrite the stars?
Say that the world can be ours tonight (be ours)

All I want is to fly with you
All I want is to fall with you
So just give me all of you
It feels impossible (it's not impossible)
Is it impossible?
Say that it's possible

And how do we rewrite the stars?
Say you were made to be mine
And nothing can keep us apart
'Cause you are the one I was meant to find
It's up to you, and it's up to me
No one could say what we get to be
And why don't we rewrite the stars?
Changing the world to be ours

You know I want you
It's not a secret I try to hide
But I can't have you
We're bound to break, and my hands are tied

sábado, 9 de fevereiro de 2019

O MEDO, DE C. L. TAYLOR, DA TOPSELLER

De volta a este cantinho para deixar o registo da minha última leitura: um triller psicológico, O Medo, de C. L. Taylor, da Topseller editado em Setembro 2018.
Já tinha ouvido falar desta autora mas não tinha lido nada ainda.
A história de ficção passa-se em apenas 2 meses de 2007 e é contada na primeira pessoa da personagem principal Lou. A Narrativa vai depois oscilando entre as outras duas personagens determinantes da história: Wendy e Chloe.
O antagonista da história é Mike.
À medida que a leitura avança vamos percebendo os contornos psicológicos das personagens e as suas motivações, sempre com suspense e muitas surpresas e reviravoltas.
Lou sai de Londres incapaz de prosseguir com um relacionamento, sendo que essa espécie de fuga encerra um passado com uma experiência atroz quando tinha apenas 14 anos. Volta à sua terra natal onde tudo se iniciou, com o propósito de localizar Mike. Para o efeito, muda de emprego e vai viver sozinha para a casa desocupada dos seus pais.
Wendy parece ter uma obsessão com a vida de Lou escrutinando as suas redes sociais.
Ao longo da história percebemos as motivações de Wendy.
Chloe uma jovem com 13 anos com problemas familiares sente na amizade de Mike, amigo do seu pai, um conforto, uma ilusão.
Só que Mike revela-se um manipulador, aliciando Chloe.
Lou, Wendy e Chloe são vítimas de Mike ficando com as suas vidas marcadas  para sempre.
Ao longo da história vamos lendo flashes do diário de Lou que nos revela o que sucedeu no passado.
Esta história de ficção fala-nos sobre a pedofilia e as consequências devastadoras para as vítimas e para os familiares das vítimas e dos agressores, cujas vidas ficam irremediavelmente alteradas. Psicologicamente as marcas ficam em todos os que rodeiam este tipo de agressão e ainda que tudo tenha sido aparentemente ultrapassado, as cicatrizes na alma persistem sempre subtilmente afetando sempre o rumo das vidas, as escolhas e relacionamentos.
A história revela como Mike, com um papel ativo na sociedade e ações louváveis reconhecidas por todos, encerra um comportamento perverso que culmina com a manipulação da justiça, da família e da sociedade.
As revelações são sucessivas ao longo da história.
O final do livro é surpreendente e justifica a leitura que nos revela os contornos psicológicos deste tipo de problema.
Uma história de sobrevivência e de coragem.
Conseguirá Lou denunciar Mike e ajudar Chloe?
Wendy, que a determinada altura percebemos ser a mulher de Mike acaba por ter um papel determinante na história.
Mike revela chegar onde ninguém suspeitaria.
Afinal Lou terá sido 'a que escapou'.
Um alerta para o que se pode estar a passar à nossa volta e de quem sofre em silêncio.
Já leram este livro?
Ou outros da autora?


ISBN: 9789898917249
Edição ou reimpressão: 09-2018
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 229 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 320
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Quando Ben, o novo namorado de Louise, a tenta levar numa viagem-surpresa a França, ela entra em pânico, sai do carro e foge. Ben não entende. Não pode entender, porque não sabe o que aconteceu a Louise da última vez que um namorado a levou pelo canal da Mancha. Ela tinha 14 anos. Mike tinha 31. E o que aconteceu deixou marcas em Louise para sempre.
Hoje com 32 anos, Louise nunca conseguiu ter uma relação estável. Guarda o seu segredo inconfessável dentro do peito e, por isso, ninguém a conhece verdadeiramente. Depois do que aconteceu com Ben, decide fugir do mundo e isolar-se. Abandona Londres, deixa os amigos e começa a procurar um novo emprego perto da casa onde cresceu, que agora lhe pertence.
 Ao instalar-se, descobre que Mike, agora com 49 anos, ainda vive e trabalha na vila. Quando o vê a beijar uma rapariga de 13 anos, Louise decide que já chega.
 Está na altura de Mike sentir o medo com que Lou vive desde aquela viagem. 

SOBRE A AUTORA:
 C. L. Taylor é autora bestseller de thrillers psicológicos. Os seus livros venderam para cima de um milhão de exemplares, tendo já sido traduzidos em mais de 20 línguas.
 Nasceu em Worcester, no Reino Unido, e formou-se em Psicologia pela Universidade de Northumbria.
 Dedica-se, desde 2014, à escrita a tempo inteiro.

AO SOL DE TÂNGER, DE CHRISTINE MANGAN, DA EDITORIAL PRESENÇA

A minha última leitura foi um triller psicológico, o primeiro romance de Christina Mangan, da editorial Presença, publicado em Setembro de 2018.
Há algum tempo que não lia este tipo de livros.
A história é contada na primeira pessoa das duas personagens principais Alice e Lucy e transporta-nos para o íntimo e universo pessoal dessas duas personagens.
A história passa-se em Tânger, Marrocos em 1958 e termina em Málaga, Espanha, pouco tempo depois.
Li o livro sem sequer ter lido a sinopse, o que contribuiu para uma grande surpresa na revelação das intenções das personagens e também das reviravoltas e surpresa final
Como fiquei surpreendida, no final da leitura, voltei a ler o prólogo e percebi tudo nas entrelinhas.
A profundidade da psicologia de cada personagem ficou bastante mais clara quando folheei as entradas de Alice até o final do livro, tendo lido de seguida as entradas de Lucy.
Ao longo da história vamos percebendo o background das duas personagens e as suas motivações.
Trata-se de uma história que aborda o impacto psicológico de traumas do passado e de como cada um reage de maneira diferente.
É ainda uma história sobre os limites da amizade e o poder da manipulação para se atingir determinado propósito.
Sobre chantagem emocional e como de forma ardilosa se pode manipular de forma definitiva alguém a ponto de provocar uma confusão tal que o outro passa por louco.
Considerei uma história interessante do ponto de vista literário, pois na vida real seria uma história assombrosa.
Fica-se com a reflexão acerca da manipulação, a que poderemos estar submetidos sem  nos apercebermos, por parte de outras pessoas que apenas pensam nos seus propósitos egoístas.
Sobre dois tipos de perturbação: a de quem acaba por ser manipulado, tem consciência disso e não se consegue libertar e a de quem manipula ultrapassando a liberdade do outro.
A descrição das incursões na cidade de Tânger é muito interessante, transportando-nos para outro lugar como se de uma pequena viagem se tratasse.
O final foi surpreendente.
Já leram este livro?
Qual a vossa opinião?




ISBN: 9789722362641

Edição ou reimpressão: 09-2018
Editor: Editorial Presença
Idioma: Português
Dimensões: 147 x 226 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 288
Tipo de Produto: Livro
Coleção: Grandes Narrativas
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
A última pessoa que Alice espera ver quando chegou a Tânger, com o seu novo marido, é Lucy Mason. Depois de um acidente em Bennington, as duas jovens - outrora colegas de quarto inseparáveis - não se viam há mais de um ano. Mas ali está Lucy, a tentar reparar as coisas e recuperar a cumplicidade de antigamente. Alice talvez devesse sentir algum alívio por ter ali uma amiga, ela ainda não conseguiu adaptar-se à sua vida em Marrocos; tem medo de se aventurar na confusão das medinas e o calor opressivo apavora-a. Lucy, independente e destemida como sempre, ajuda Alice a sair do apartamento e a explorar o país. Porém, Alice depressa dá por si dominada por um sentimento que já conhece: o controlo constante de Lucy.
Para agravar a situação, John, o marido de Alice, desaparece e ela começa a questionar tudo à sua volta: a relação com a sua enigmática amiga, a decisão de se mudar para Tânger e até a sua própria sanidade mental. Uma história afiada como um punhal, numa estreia literária cheia de peripécias, exotismo e charme, escrita com tal mestria, que deixará o leitor arrebatado.

SOBRE A AUTORA:
Christine Mangan tem um doutoramento em Língua e Literatura Inglesa pela University College de Dublin. A sua tese focou-se na Literatura Gótica do século XVIII e possui um mestrado em Escrita de Ficção pela University of Southern Maine. Ao Sol de Tânger é o seu primeiro romance cujos direitos foram vendidos para 22 países.